A Viagem do Elefante: Plano de pedal.
Conforme já mencionei em outra oportunidade a “Viagem do Elefante” é antes de tudo um projeto de satisfação, um verdadeiro circuito do prazer.
Visando responder aos que perguntam como vai ser o trajeto é que elaborei o seguinte cronograma, que desde já informo não é fechado, podendo ser alterado de acordo com a necessidade.
Primeiro dia: 06/01/2011 - quinta-feira (feriado em Natal - Dia de Santos Reis) Natal-Touros: Saída: 06h00min, Local: Estacionamento do Plano 100 da Avenida Ayrton Senna. Trajeto: Cidade Verde, Rota do Sol, Via Costeira, Ponte de Todos, RN 304 (Avenida Moema Tinôco da Cunha Lima, RN 307, Estivas, BR 101, Touros. TOTAL APROXIMADO: 90 km. Previsão de chegada: 15h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as várias existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: o marco zero da BR 101, o farol de Touros a praça dos canhões e a igreja matriz.
Segundo dia: 07/01/2011 - sexta-feira - Touros-João Câmara: Saída: após o café da manhã. Trajeto: RN 023. TOTAL APROXIMADO: 60 Km. Previsão de chegada: 15h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: qualquer coisa relativa aos terremotos no lugar e o local onde funcionou o meu primeiro escritório de advocacia.
Terceiro dia: 08/01/2011 - sábado - João Câmara-Macau: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 406. TOTAL APROXIMADO: 104 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: salinas e nova ponte. Cidades no caminho: Jandaira e Baixa do Meio.
Quarto dia: 09/01/2011 - domingo - Macau-Areia Branca: Saída: após o café da manhã. Trajeto: RN 118, RN 404 e BR 110. TOTAL APROXIMADO: 115 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: a costa branca. Cidades nos caminho: Pendências e Porto do Mangue (entrada da cidade).
Quinto dia: 10/01/2011 - segunda-feira - Areia-Branca- Mossoró: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 110. TOTAL APROXIMADO: 52 Km. Previsão de chegada: 15h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: a igreja de São Vicente, as diversas casas em que morei, o colégio que estudei grande parte da minha vida e a praça de eventos nas proximidades da estação ferroviária.
Sexto dia: 11/01/2011 - terça-feira - Mossoró-Apodi: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 405. TOTAL APROXIMADO: 80 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: O lajedo de soledade.
Sétimo dia: 12/01/2011 - quarta-feira - reservado ao descanso. Pois até o Criador descansou no sétimo dia.
Oitavo dia: 13/01/2011 - quinta-feira - Apodi-Pau dos Ferros: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 405. TOTAL APROXIMADO: 75 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: o centro da cidade e a barragem. Cidades no caminho: Severiano Melo (entrada da cidade), Itau e São Francisco do Oeste.
Nono dia: 14/01/2011 - sexta-feira - Pau dos Ferros-Patu: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 405, RN 079, RN 117 e RN 078). TOTAL APROXIMADO: 107 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: Santuário do Lima. Cidades no caminho: Rafael Godeiro, Marcelino Vieira, Alexandria, Antonio Martins, Frutuoso Gomes e Almino Afonso.
Décimo dia: 15/01/2011 - sábado - Patu-Caicó: Saída: após o café da manhã. Trajeto: RN 501, PB 321, PB 323 e RN 288. TOTAL APROXIMADO: 86 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: açude Itans. Cidades no caminho: Belém do Brejo do Cruz/PB, Brejo do Cruz/PB, Jardim de Piranha e São Fernando (entrada da cidade).
Décimo primeiro dia: 16/01/2011 - domingo - Caicó-Acari: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 427. TOTAL APROXIMADO: 69 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: na casa de Pedrinho do Cartório. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: Gargalheiras, inclusive a ciclovia. Cidades no caminho: Jardim do Seridó.
Décimo segundo dia: 17/01/2011 - segunda-feira - Acari-Santa Cruz: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 427 e BR 226. TOTAL APROXIMADO: 97 Km. Previsão de chegada: 6h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: o santuário de Santa Rita de Cássia. Cidades no caminho: Currais Novos e Campo Redondo (entrada da cidade).
Décimo terceiro dia: 18/01/2011 - terça-feira: Santa Cruz-Passa e Fica: Saída: após o café da manhã. Trajeto: BR 226 e RN 093. TOTAL APROXIMADO: 63 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: ou na Pousada Pedra da Boca, de Dona Neide ou no alpendre de Seu Tico. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: a Pedra da Boca. Cidades no caminho: Tangará e São José do Campestre.
Décimo quarto dia: 19/01/2011 - quarta-feira - descanso em Passa e Fica.
Décimo quinto dia: 20/01/2011 - quinta-feira - Passa e Fica-Barra de Cunhaú: Saída: após o café da manhã. Trajeto: RN 269. TOTAL APROXIMADO: 79 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: em casa de amigos ou pousada dentre as existentes na cidade. Local de refeições: a ser definido. O que não pode deixar de ser registrado: a praia de Barra de Cunhaú. Cidades no caminho: Nova Cruz, Montanhas, Pedro Velho, Canguaretama e Vila Flor (entrada da cidade).
Décimo sexto dia: 21/01/2011 - sexta-feira - Barra de Cunhaú-Natal: Saída: após o café da manhã. Trajeto: litoral e Rota do Sol. TOTAL APROXIMADO: 70 Km. Previsão de chegada: 16h00min. Hospedagem: dormir em casa. O que não pode deixar de ser registrado: o chapadão de Pipa, o mirante dos golfinhos em Tabatinga, o maior cajueiro do mundo e a Rota do Sol, onde tudo começou. Cidades no caminho: Tibau do Sul.
TOTAL GERAL APROXIMADO: 1.147 Km.
27/11/2010
Causos Ciclísticos IV: O táxi maluco e de carona com Júnior Verona.
Na abertura do verão de 2009 o roteiro escolhido foi a deliciosa praia de Caraúbas, localizada no litoral norte do nosso Estado e distante aproximadamente 50 Km da Capital.
O grupo foi bastante significativo e lá fomos recepcionados pelo ilustre Professor Ceará, pai do nosso colega Alexandre, que à época pedalava conosco. O homem cozinha muito bem e nos recebeu com muita comida e simpatia.
Pois bem, o causo se deu quando todo mundo já tinha pedalado, colocado a comida no bucho, tomado umas cervejas e dançado muito ao som de "Fada" da dupla Victor e Leo.
Na hora de voltar para casa a nossa colega Verônica ligou para o motorista da van previamente apalavrada para conduzir alguns ciclistas de volta para casa. O homem atendeu do outro lado e disse que estava chegando. O tempo foi passando e a van não apareceu. Nova ligação e mais uma vez a confirmação: estou chegando, já estou pertinho...já estou na estrada de barro. Depois de inúmeras ligações e de bastante evasivas do motorista da van é que concluímos que o cara não vinha.
Hora de acionar o plano "B": dividir os ciclistas nos poucos carros de familiares que estavam no evento, pois já se aproximava das 18h00min e não tinha mais ônibus de volta para Natal. Assim foi feito: uma parte veio no meu carro, outra no carro de Neto e Virgínia, mais alguns no carro de Júnior Verona e o restante em um táxi a ser fretado.
Foi nessa arrumação de retorno que duas coisas aconteceram:
A primeira foi que na hora de escolher entre vir no meu carro (à época uma Doblô) e o carro de Júnior Verona (à época uma Hilux) teve um ciclista que pela primeira e última vez pedalou conosco, disse: "Ah, eu vou no carro de Verona, pois tenho um compromisso em Natal às 19h00min e certamente chegaremos mais cedo nesse carrão". Basta dizer que até a bike do cidadão já estava arrumada no meu carro, mas Jadson foi pacientemente e arrumou a bike no suntuoso carro do Verona.
Pois bem, saímos por volta de 18h00min e quando já estávamos em Natal recebemos uma ligação de Naldo Bananeiras informando que sequer tinham chegado em Pitangui, pois o carro de Júnior Verona não podia ver uma placa de bar que logo encostava. O cabra não conhecia a fama de Juninho, mas nesse dia ficou conhecendo. Resultado: o ciclista que tanta pressa tinha para chegar em casa somente adentrou em Natal por volta das 21h00min, quando eu já estava em casa fazia muito tempo, tinha feito o meu escalda pés e já estava no décimo terceiro sono.
A segunda resenha foi com o pessoal que fretou o táxi: Antonino, Poly, Federal e Luciano Cambraia. Começou que o taxista tava mais melado que chão de oficina. Não bastasse isso o carro estava com a suspensão toda arrebentada e sempre que passava numa lombada os farois apagavam. Por fim, quando passavam na linha do trem em Extremoz o carro "deu um prego" e o aperreio foi grande dentro do veículo. Enfim, entre mortos e feridos escaparam todos, inclusive o motorista. Diz a lenda que até hoje ele não consequiu chegar em Caraúbas.
O grupo foi bastante significativo e lá fomos recepcionados pelo ilustre Professor Ceará, pai do nosso colega Alexandre, que à época pedalava conosco. O homem cozinha muito bem e nos recebeu com muita comida e simpatia.
Pois bem, o causo se deu quando todo mundo já tinha pedalado, colocado a comida no bucho, tomado umas cervejas e dançado muito ao som de "Fada" da dupla Victor e Leo.
Na hora de voltar para casa a nossa colega Verônica ligou para o motorista da van previamente apalavrada para conduzir alguns ciclistas de volta para casa. O homem atendeu do outro lado e disse que estava chegando. O tempo foi passando e a van não apareceu. Nova ligação e mais uma vez a confirmação: estou chegando, já estou pertinho...já estou na estrada de barro. Depois de inúmeras ligações e de bastante evasivas do motorista da van é que concluímos que o cara não vinha.
Hora de acionar o plano "B": dividir os ciclistas nos poucos carros de familiares que estavam no evento, pois já se aproximava das 18h00min e não tinha mais ônibus de volta para Natal. Assim foi feito: uma parte veio no meu carro, outra no carro de Neto e Virgínia, mais alguns no carro de Júnior Verona e o restante em um táxi a ser fretado.
Foi nessa arrumação de retorno que duas coisas aconteceram:
A primeira foi que na hora de escolher entre vir no meu carro (à época uma Doblô) e o carro de Júnior Verona (à época uma Hilux) teve um ciclista que pela primeira e última vez pedalou conosco, disse: "Ah, eu vou no carro de Verona, pois tenho um compromisso em Natal às 19h00min e certamente chegaremos mais cedo nesse carrão". Basta dizer que até a bike do cidadão já estava arrumada no meu carro, mas Jadson foi pacientemente e arrumou a bike no suntuoso carro do Verona.
Pois bem, saímos por volta de 18h00min e quando já estávamos em Natal recebemos uma ligação de Naldo Bananeiras informando que sequer tinham chegado em Pitangui, pois o carro de Júnior Verona não podia ver uma placa de bar que logo encostava. O cabra não conhecia a fama de Juninho, mas nesse dia ficou conhecendo. Resultado: o ciclista que tanta pressa tinha para chegar em casa somente adentrou em Natal por volta das 21h00min, quando eu já estava em casa fazia muito tempo, tinha feito o meu escalda pés e já estava no décimo terceiro sono.
A segunda resenha foi com o pessoal que fretou o táxi: Antonino, Poly, Federal e Luciano Cambraia. Começou que o taxista tava mais melado que chão de oficina. Não bastasse isso o carro estava com a suspensão toda arrebentada e sempre que passava numa lombada os farois apagavam. Por fim, quando passavam na linha do trem em Extremoz o carro "deu um prego" e o aperreio foi grande dentro do veículo. Enfim, entre mortos e feridos escaparam todos, inclusive o motorista. Diz a lenda que até hoje ele não consequiu chegar em Caraúbas.
A "ciclovia" da Via Costeira de Natal/RN
No último dia 25 de novembro de 2010 o Grupo de Ciclismo Rapadura Biker, juntamente com o pessoal da ACIRN e do Grupo Bike Tirol, resolveu conferir como ficou a intitulada "ciclovia" da Via Costeira.
De início é necessário dizer que segundo o site do Governo do Estado do Rio Grande (http://www.rn.gov.br/imprensa/noticias/duplicacao-da-via-costeira-estara-concluida-em-maio-deste-ano/335/) as obras de duplicação da Via Costeira importaram na cifra de 11 milhões de reais, sendo que 3 milhões somente para urbanização e calçadão, ou seja, a "ciclovia".
Ao entrarmos na "ciclovia" a expectativa era grande, pois passando de carro tive a impressão que seria bom pedalar ali.
Ah, ledo engano! Tão logo adentramos na "ciclovia" os problemas começaram a ser detectados, de forma que são facilmente enumerados: a) não existe nenhuma sinalização indicando que ali tem uma ciclovia, nem tampouco distâncias; b)as árvores invadem o trecho destinado aos ciclistas; c) as paradas de ônibus foram colocadas no meio da ciclovia; d) em alguns setores não existe proteção do lado direito e qualquer descuido pode proporcionar um acidente sério, pois o barranco é grande; e) algumas plantas são espinhosas e pontiagudas e ficam esperando uma queda para encher o ciclista de furos; f) tem um local que tem uma espécie de exaustor, trazendo um calor horrível de dentro de um dos hoteis, jogando toda a "quentura" no ciclista; g) péssima iluminação em alguns trechos; h) falta de placas nas entradas dos hoteis; i) carros estacionados no meio da ciclovia. Enfim, uma demonstração clara de como queimar o dinheiro público. Perguntei ao policial militar que estava de serviço no posto se era comum o fluxo de ciclistas e ele disse que "muito raramente" passava alguém de bicicleta.
De tudo isso resta um sentimento de incompreensão e algumas perguntas: Como é que uma cidade que tem um espaço daquele não tem ninguém qualificado a fazer um projeto digno e totalmente adequado aos conceitos mais básicos de mobilidade urbana? Como uma cidade que pretende sediar jogos da Copa do Mundo não atentou para o fato de que ali é um dos cartões postais de Natal, sendo a inevitável via de acesso para todos que vierem nos visitar?
A inferência que se apresenta é que o projeto foi feito por alguém que nunca pedalou na vida, ou se pedalou, tem profunda raiva dos ciclistas.
Percebi na maioria dos colegas o mesmo sentimento, mas também ouvi de alguns que não mais utilizariam a "ciclovia" da Via Costeira.
Penso diferente. Pessoalmente não vou desistir da Via Costeira. Vou continuar pedalando por lá e fazendo de tudo para chamar a atenção para que algo seja feito, ao menos para amenizar o problema.
De início é necessário dizer que segundo o site do Governo do Estado do Rio Grande (http://www.rn.gov.br/imprensa/noticias/duplicacao-da-via-costeira-estara-concluida-em-maio-deste-ano/335/) as obras de duplicação da Via Costeira importaram na cifra de 11 milhões de reais, sendo que 3 milhões somente para urbanização e calçadão, ou seja, a "ciclovia".
Ao entrarmos na "ciclovia" a expectativa era grande, pois passando de carro tive a impressão que seria bom pedalar ali.
Ah, ledo engano! Tão logo adentramos na "ciclovia" os problemas começaram a ser detectados, de forma que são facilmente enumerados: a) não existe nenhuma sinalização indicando que ali tem uma ciclovia, nem tampouco distâncias; b)as árvores invadem o trecho destinado aos ciclistas; c) as paradas de ônibus foram colocadas no meio da ciclovia; d) em alguns setores não existe proteção do lado direito e qualquer descuido pode proporcionar um acidente sério, pois o barranco é grande; e) algumas plantas são espinhosas e pontiagudas e ficam esperando uma queda para encher o ciclista de furos; f) tem um local que tem uma espécie de exaustor, trazendo um calor horrível de dentro de um dos hoteis, jogando toda a "quentura" no ciclista; g) péssima iluminação em alguns trechos; h) falta de placas nas entradas dos hoteis; i) carros estacionados no meio da ciclovia. Enfim, uma demonstração clara de como queimar o dinheiro público. Perguntei ao policial militar que estava de serviço no posto se era comum o fluxo de ciclistas e ele disse que "muito raramente" passava alguém de bicicleta.
De tudo isso resta um sentimento de incompreensão e algumas perguntas: Como é que uma cidade que tem um espaço daquele não tem ninguém qualificado a fazer um projeto digno e totalmente adequado aos conceitos mais básicos de mobilidade urbana? Como uma cidade que pretende sediar jogos da Copa do Mundo não atentou para o fato de que ali é um dos cartões postais de Natal, sendo a inevitável via de acesso para todos que vierem nos visitar?
A inferência que se apresenta é que o projeto foi feito por alguém que nunca pedalou na vida, ou se pedalou, tem profunda raiva dos ciclistas.
Percebi na maioria dos colegas o mesmo sentimento, mas também ouvi de alguns que não mais utilizariam a "ciclovia" da Via Costeira.
Penso diferente. Pessoalmente não vou desistir da Via Costeira. Vou continuar pedalando por lá e fazendo de tudo para chamar a atenção para que algo seja feito, ao menos para amenizar o problema.
Causos Ciclísticos III: O galo que rinchava.
A estória seguinte aconteceu na viagem de bicicleta que fizemos em julho de 2009 de João Pessoa/PB até nossa querida cidade do Natal/RN.
Como já foi dito em outra postagem a viagem em questão reuniu um grande número de integrantes do Rapadura Biker, e de todos apenas três já tinham feito o trajeto, de forma que para a maioria esmagadora tudo era novidade.
Foi uma viagem muito cansativa e como se não bastasse o terreno muito arenoso, uma chuva insistiu em nos acompanhar logo nas primeiras horas da manhã, acompanhando-nos por bom período de tempo. Ora, quem pedala sabe que a pior coisa do mundo é levar chuva no cangote logo de saída.
Pois bem! Vamos ao fato em si: Tudo ocorreu quando adentramos nas terras dos índios potiguaras, no Município de Baia da Traição/PB. Apesar de encontrarmos poucos resquícios da cultura indígena pelo caminho, ali inegavelmente paira uma atmosfera diferente. É como se a todo o momento estivéssemos sendo observados.
Em determinado trecho, quando estávamos passando dentro de uma antiga aldeia, a nossa colega Janiara, provavelmente muito cansada da viagem e possivelmente inebriada por conta de uma "agua mineral" ingerida minutos antes no centro da cidade, avisou que estava ouvindo um galor cantar. Todos que estavam pedalando perto da colega começaram a prestar mais atenção ainda na paisagem e buscavam com seus olhos cansados o sobredito "galo". Pedalamos mais alguns metros e nada do galináceo. Vencemos mais alguns pequenos trechos e nada do garnizé. Então..de repente, não mais do que de repente!!! Eis que surge dentro de um cercado, ao lado direito da estrada de barro um enorme jumento acinzentado, que estava "fazendo a corte" a uma jumentinha marron que pastava nas proximidades. Naquele momento o nosso eminente Ministro das Coisas Feitas e Por Fazer, Afonso Severo, disparou a sua verve categórica: "Eis o galo de Janiara!!!".
O resto da viagem foi somente resenha, pois sempre que um jumento surgia no caminho de imediato alguém dizia: "Olha o galo!!!".
Diz a lenda que a nossa querida amiga Janiara talvez tenha sido enfeitiçada pelas "águas minerais" de Baia Traição/PB ou como defendem outros a aura que envolve a região, por sinal próximo a um cemitério indígena, talvez tenha lhe possibilitado uma viagem astral, fazendo com que ela tenha visto "crista em cabeça de burro".
Da minha parte eu morro dizendo que aquele troço era um jumento, mas se Janiara disse que era um galo, então era um galo e acabou-se.
Como já foi dito em outra postagem a viagem em questão reuniu um grande número de integrantes do Rapadura Biker, e de todos apenas três já tinham feito o trajeto, de forma que para a maioria esmagadora tudo era novidade.
Foi uma viagem muito cansativa e como se não bastasse o terreno muito arenoso, uma chuva insistiu em nos acompanhar logo nas primeiras horas da manhã, acompanhando-nos por bom período de tempo. Ora, quem pedala sabe que a pior coisa do mundo é levar chuva no cangote logo de saída.
Pois bem! Vamos ao fato em si: Tudo ocorreu quando adentramos nas terras dos índios potiguaras, no Município de Baia da Traição/PB. Apesar de encontrarmos poucos resquícios da cultura indígena pelo caminho, ali inegavelmente paira uma atmosfera diferente. É como se a todo o momento estivéssemos sendo observados.
Em determinado trecho, quando estávamos passando dentro de uma antiga aldeia, a nossa colega Janiara, provavelmente muito cansada da viagem e possivelmente inebriada por conta de uma "agua mineral" ingerida minutos antes no centro da cidade, avisou que estava ouvindo um galor cantar. Todos que estavam pedalando perto da colega começaram a prestar mais atenção ainda na paisagem e buscavam com seus olhos cansados o sobredito "galo". Pedalamos mais alguns metros e nada do galináceo. Vencemos mais alguns pequenos trechos e nada do garnizé. Então..de repente, não mais do que de repente!!! Eis que surge dentro de um cercado, ao lado direito da estrada de barro um enorme jumento acinzentado, que estava "fazendo a corte" a uma jumentinha marron que pastava nas proximidades. Naquele momento o nosso eminente Ministro das Coisas Feitas e Por Fazer, Afonso Severo, disparou a sua verve categórica: "Eis o galo de Janiara!!!".
O resto da viagem foi somente resenha, pois sempre que um jumento surgia no caminho de imediato alguém dizia: "Olha o galo!!!".
Diz a lenda que a nossa querida amiga Janiara talvez tenha sido enfeitiçada pelas "águas minerais" de Baia Traição/PB ou como defendem outros a aura que envolve a região, por sinal próximo a um cemitério indígena, talvez tenha lhe possibilitado uma viagem astral, fazendo com que ela tenha visto "crista em cabeça de burro".
Da minha parte eu morro dizendo que aquele troço era um jumento, mas se Janiara disse que era um galo, então era um galo e acabou-se.
04/11/2010
Causos Ciclísticos II: Professor Raimundo e sua vasta rede de alunos.
O Rapadura Biker tem se mantido vivo muito embora a grande diversidade dos seus membros, graças ao espírito de corpo que demonstram. Temos um pouco de tudo: os que pedalam e não admitem tomar sequer uma gota de cerveja após a atividade; os que adoram uma "hidratação com cevada" após o pedal; e os que se pudessem encheriam a caramanhola com cerveja para não faltar durante o pedal. Todos são respeitados da mesma forma.
Temos estudantes, professores, funcionários públicos, profissionais liberais, empresários, donas de casas, enfim, todos os segmentos do mercado interagindo de maneira harmônica, sem qualquer atitude discriminatória.
Dentre os valorosos Rapaduras um deles é conhecido internacionalmente, quiçá não o seja intergalaticamente. Refiro-me ao Professor Raimundo.
É muito comum pedalar com Raimundo e no meio da estrada ou da trilha passar alguém de carro, motocicleta, a pé ou de bicicleta e gritar: "Professor Raimundo". A resposta é imediata: "Ô meu fi...esse(a) já foi meu(minha) aluno(a)...".
Dentre tantas experiências de reencontros com o Professor Raimundo a que considero mais incrível foi em Bananeiras/PB, creio que no ano passado. Fizemos um pedal diurno e quando anoiteceu nos reunimos na Pousada da Estação para "resenhar". Ali fomos muito bem atendidos por um garçom cujo nome não me recordo. Até então Raimundo não estava presente, mas assim que o mestre adentrou o recinto já foi recebido com a seguinte frase: "O senhor já foi meu professor...". Seguiu-se então a entrevista para identificar a escola e o ano em que discípulo e mestre estiveram juntos.
Pois é, o homem é "soda". Valeu Raimundão.
Causos Ciclísticos I: O "bebum" solidário, o rei dos leds e o ciclista dorminhoco.
Em outubro de 2009 fizemos um pedal noturno e novamente o destino foi o Parque Estadual da Pedra da Boca.
O grupo foi muito bom (Naldo, Serginho, Milton, Raimundo, Leonardo, Maninho, Evandro, Antonino, Bené e eu).
A concepção original era que fosse um "pedal sob a luz do luar", entretanto, a tal da lua insistiu em ficar escondida entre as nuvens, nos deixando em um tremendo breu.
Quando saímos da BR 101 e entramos na rodovia de acesso a Monte Alegre/RN observamos que um veículo (acho que era um Gol branco) nos seguia lentamente e muito próximo. No primeiro momento não interpretamos nenhuma situação de perigo, pois ainda era muito cedo e o local era povoado. O tempo foi passando e resolvemos parar no acostamento para avaliar a situação, pois o veículo continuava nos seguindo e pior: utilizava as duas mãos da rodovia, pondo em risco a integridade de todos que por ali passavam.
Assim que encostamos o veículo parou na nossa retaguarda e constatamos que no seu interior vinha um motorista completamente embriagado, dizendo: "Pode seguir companheiros...pode deixar que eu vou aqui fazendo a segurança...". O cara tava mais melado do que fralda de menino novo, mas mesmo assim teve a "solidariedade" com os ciclistas. Agradecemos o seu "apoio" e pedimos que ele seguisse viagem. Esperamos um pouco até que as luzes do seu veículo sumissem na estrada e somente então seguimos o nosso rumo.
Mais adiante outro fato inusitado: Naldo Bananeiras estava numa agonia para inaugurar um farol de 80 leds que tinha recebido em consignação na loja Terral do nosso amigo Sebastião, que disse: "Leve o farol e use na viagem, se prestar você compra".
Pois bem, quando passamos de Brejinho o asfalto simplesmente desapareceu. Era como se estívessemos em solo lunar. Cada buraco maior do que abraço de mãe gorda. Nesse exato momento Naldo resolveu testar o farol e no primeiro buraco o "bicho" soltou do guidão e foi ao chão, espalhando leds em toda região Agreste. Diz a lenda que até hoje quem passa de madrugada naquele lugar ainda ver umas luzes estranhas brilhando no asfalto.
Como se não bastasse tudo isso outra surpresa ainda estava por vir: Antonino, também conhecido como "Bezerrão" ou "Gianequinho do Rio do Fogo" conseguiu uma proeza digna do livro dos recordes. O homem pedalou dormindo. É isso mesmo. O cabra tava com tanto sono que pedalou alguns metros dormindo e não conseguiu cair. Como se deu tal proeza eu não sei, mas tenho certeza que aconteceu.
O resto da viagem foi no estilo Bené: "Só alegria!!!".
A Viagem do Elefante: Touros/RN é a primeira parada...
Pelo jeito vamos necessitar de uma licença do IBAMA para implementar nossa viagem. Senão, vejamos: o nosso trajeto será em torno de um elefante e a primeira parada é em Touros!
Que seja. Nada melhor do que os animais para nos acompanhar em tão gostosa aventura.
Deixando um pouco de lado os bichos passei por aqui para registrar a importância da cidade de Touros em minha vida. Foi lá que ainda acadêmico de Direito participei de minha primeira audiência; ali também passei uma temporada de veraneio no maior liseu do mundo, mas extremamente feliz; e foi ali que passei a minha lua de mel, jantando na beira da praia, ouvindo o barulho das ondas e sendo iluminado pela lua e estrelas.
Pedrinho Mendes imortalizou o lugar com uma canção maravilhosa: "praia de Touros ponta do calcanhar...". Até hoje quando escuto essa música é como se estivesse em Touros...
Em janeiro de 2011 entraremos na cidade alimentados por tão boas lembranças. Registraremos o marco zero da BR 101; veremos, nem que seja de longe, o maior farol da América Latina e o segundo do mundo, projetado pelo gênio brasileiro Oscar Niemeyer; visitaremos os canhões da praça perto do rio e da igreja católica; e, principalmente, conversaremos com o povo do lugar.
Ah, se tivermos sorte encontraremos o meu amigo de longa data "Carlinhos Canalha", uma figura inoxidável, irreprochável e pinoquiana.
Que venha Touros!!!
Que seja. Nada melhor do que os animais para nos acompanhar em tão gostosa aventura.
Deixando um pouco de lado os bichos passei por aqui para registrar a importância da cidade de Touros em minha vida. Foi lá que ainda acadêmico de Direito participei de minha primeira audiência; ali também passei uma temporada de veraneio no maior liseu do mundo, mas extremamente feliz; e foi ali que passei a minha lua de mel, jantando na beira da praia, ouvindo o barulho das ondas e sendo iluminado pela lua e estrelas.
Pedrinho Mendes imortalizou o lugar com uma canção maravilhosa: "praia de Touros ponta do calcanhar...". Até hoje quando escuto essa música é como se estivesse em Touros...
Em janeiro de 2011 entraremos na cidade alimentados por tão boas lembranças. Registraremos o marco zero da BR 101; veremos, nem que seja de longe, o maior farol da América Latina e o segundo do mundo, projetado pelo gênio brasileiro Oscar Niemeyer; visitaremos os canhões da praça perto do rio e da igreja católica; e, principalmente, conversaremos com o povo do lugar.
Ah, se tivermos sorte encontraremos o meu amigo de longa data "Carlinhos Canalha", uma figura inoxidável, irreprochável e pinoquiana.
Que venha Touros!!!
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