28/03/2011
Natal/RN-Vera Cruz/RN: pense num café da manhã longe...
No sábado passado (26/03/2011) fizemos mais um passeio da agenda do Rapadura Biker para o primeiro semestre de 2011.
Na hora marcada onze ciclistas (Artur Martins, Bené, Benilton, Carol, Flávio, Gilmar, Janilson, Júnior B, Neto, Othon e Raimundo) saíram de Nova Parnamirim em busca de trilhas.
Já na saída o colega Neto, também conhecido como o "Papa do Rapadura", talvez emocionado pelo fato de passarmos nas proximidades do Colégio Salesiano, ensaiou beijar o chão, mas uma manobra ninja evitou a queda.
No caminho, após a "travessia" da BR 101, mais três colegas (Janiara, Milton e Serginho) integraram o grupo.
Chegamos em Vera Cruz às 08h40min. Tomamos o tradicional café da manhã no antigo restaurante de Dona Diva, agora sob nova direção. Tudo muito gostoso e com preço justo. Para ter direito ao café da manhã cada ciclista teve que vencer 41 Km.
Voltamos por um caminho diferente para não ficar enfadonho e chegamos em casa às 12h30min.
Durante todo o trajeto o clima estava meio maluco: apesar de nublado, tinha um mormaço que tornava a respiração difícil. Bastava ver uma sombra e todo mundo já parava para hidratar:
Hoje foi o retorno de Janiara, pois a mulher depois que se formou Enfermeira vive agora nos plantões. Pegou logo uma pauleira na sua volta, mas se saiu muito bem. Desta feita ela soube distinguir um galo de um jumento e por incrível que pareça conseguiu identificar uma rarissíma espécie de nossa flora: um coqueiro, também conhecido pelo vulgo de "pé de côco".
Mas quem se lascou mesmo foi Júnior B. Foi a primeira trilha do homem e pegou logo 80 Km. Apesar das reclamações a sua desenvoltura foi muito boa e segundo Bené o momento de maior alegria foi quando ele encontrou essa ambulância:
Enfim, entre mortos e feridos escaparam todos.
Circuito Cultural da Ribeira: Pedal histórico dia 03 de abril de 2011
Programação – 03 de abril
Segue programação completa da 2ª Etapa do Circuito Cultural Ribeira. Faça seu roteiro, lembrando que todas asatividades são gratuitas.
PASSEIO CICLÍSTICO
16h – Passeio ciclístico histórico no bairro, visitando principais pontos.
CENTRO CULTURAL DOSOL
RUA CHILE
15h – Exibição do “Filme Flight 666 – Iron Maiden”
15h – Abertura do bazar de cds, dvds e compra, venda e troca de euipamentos
17h – Dr. Carnage
17h40 – Monster Coyote
18h20 – Calistoga,
19h – Digital Groove (PE)
20h – Amp (PE)
CENTRAL RIBEIRA
RUA CHILE
19h – Camila Masiso (samba&jazz)
BURACO DA CATITA
RUA CÂMARA CASCUDO
18h – Catita Choro e Gafieira
GALPÃO GIRA DANÇA
RUA FREI MIGUELINHO
16h – Abertura da Loja Mundo Gira
16h30 – Fulan? Performance da bailarina Jaquelene Linhares
17h – Companhia Gira Dança – Fragmento do espetáculo Corpo Estranho
18h – Procura-se Cia de Dança – Fragmento do espetáculo SOBRE O QUE RESTOU
ATELIER FLÁVIO FREITAS
RUA CÂMARA CASCUDO
16h – Atelier aberto a visitação
18h – Bate-papo sobre artes plásticas com Flávio Freitas
CASA DA RIBEIRA
RUA FREI MIGUELINHO
17h – Teatro com Fluvio e o Mar – Coletivo Atores à Deriva
18h30 – Poesia Esporte Clube
20h – Heliana Pinheiro e Joca costa – música
ESPAÇO A DERIVA
RUA FREI MIGUELINHO
20h – “De Passagem” – Música e Te
27/03/2011
Pedalar é sexy!!!
Artigo interessante que recebi na minha lista de discussão:
a bike é hype, pedalar é sexy!
sejamos claros, pedalar é sexy. queiramos ou não.
ontem, no intervalo da aula, as alunas tiveram coragem de vir me perguntar sobre minhas pernas. dou aulas engravatado (uso calças largas), mas vou de bicicleta à faculdade, o que sempre gera muitos comentários. saí de lado da conversa, depois “ancorei-me” numa aluna mais velha (uns 70 anos de idade), que depois me contou:
- mas claro, professor, que as meninas estão ouriçadas! nesse mundo de gente barriguda de perna fina, quem tem pernão é rei!
e começou a reclamar de como estão as pessoas hoje em dia, que antes as pessoas eram enérgicas, fortes, vigorosas! olhinhos brilhando em direção a mim.
claro, saí lindo e gostoso da situação. e claro, sou um tipo tão bonito, alto e garboso que um dos meus apelidos é… danny devitto!
pára, gente! pra um ogrinho que nem eu fazer sucesso, só no campo da fantasia desse povo de mente desocupada. mas dá a medida do como muitas vezes os ciclistas são vistos. é fato que o ser humano, com a crescente sedentarização da vida contemporânea, ficou amolecido, flácido. escadas rolantes, controles remotos, elevadores…. não importa se gordas ou magras, as pessoas estão amolecidas. arfam ao subir uma escada, enquanto o ciclista a sobe de dois em dois degraus sem fazer força. as pessoas escorregam e caem, e o ciclista escorrega e recupera o equilíbrio. o ciclista urbano passa a imagem de poder, de ser muito corajoso ao enfrentar o trânsito, muito seguro, muito firme, num mundo de pessoas assustadiças com coelhinhos…
é fato, impera o medo na sociedade, as cercas elétricas, carros blindados e outros estão aí para provar. e, no entanto, nós temos a “coragem” de pedalar de noite, na madrugada, pelo centro de são paulo….. eu sei que deixo as pessoas (não-ciclistas, obviamente) meio assustadas quando descrevo como se passa em rotatórias como a da praça campo de bagatelle, ou como pedalar em grandes avenidas: apenas pedale rápido… faça força, acelere quando tiver que ser. conhecemos o mundo “lá de fora”, e nos sentimos bem nele.
eu não pedalo diferente dos demais ciclistas. não sou especial, sou apenas um humano que pedala, e como qualquer outro ciclista, o meu corpo funciona.
não há nada de surpreendente em pedalar 300 ou 400 kms direto. de fato, nós somos o único mamífero adaptado ao exercício de longa duração: por isso suamos às bicas, somos de longe o mamífero mais fedido (que precisa de banho diário, aliás). cavalos não são capazes de galopar o dia inteiro, mas humanos são capazes de pedalar ou correr por 24 horas ou até mais. basta ter um certo preparo, o equipamento certo, a alimentação certa. por isso vemos pessoas de idade avançada temirnando a modalidade mais extenuante de triathlon: o ironman. seus tempos podem não ser os melhores, mas eles chegam ao final.
mexer-se é da nossa natureza. e, portanto, é belo, pois o belo e atraente é o que a natureza nos ensinou a procurar e amar: o saudável. não necessariamente jovem, não necessariamente apolíneo, mas saudável.
é fato, o ciclista é sexy: a pele de boa qualidade malgrado a poluição, o corpo ereto, o andar desenvolto e rijo, o humor muito melhor (irrigado pela endorfina), o raciocínio rápido em razão da farta irrigação sangüínea no cérebro….
não há ciclista, homem ou mulher, que não tenha sido nunca assediado no trânsito. assédios muitas vezes agressivos, extremamente agressivos. as meninas conhecem muito bem essa realidade (ser chamada de gostosa no meio da avenida é a menos grave das situações…), e os homens muitas vezes passam por outras semelhantes. buzinadinhas de mulheres motoristas, mão boba de coleguinhas de trabalho no elevador (como elas batem com as mãos sem querer nas nossas coxas? incrível, né?) .
claro, toda essa soma de fatores (o corpo saudável, o saber viver, o olhar diferente sobre a cidade e o mundo), nos transforma em objeto de fascínio. não importa a idade, o sexo, se gordo ou magro, se homem ou mulher, se adolescente ou adulto, se jovem ou velho, querendo ou não, o ciclista é sempre objeto de desejo de alguém. é fato, é dado objetivo. e motivo de muita inveja também. muuuuita inveja….
ainda mais inveja ao saberem que a gente não pára no meio do sexo depois de 3 minutos por falta de ar… pra descansar…. hehehehe, e nem precisamos comprar um carro caro pra “catar” alguém… e que a vida tem outro gosto, muito mais colorido, do lado de cá.
pedalar é sexy. acostumemos com isso. noblesse oblige.
ontem, no intervalo da aula, as alunas tiveram coragem de vir me perguntar sobre minhas pernas. dou aulas engravatado (uso calças largas), mas vou de bicicleta à faculdade, o que sempre gera muitos comentários. saí de lado da conversa, depois “ancorei-me” numa aluna mais velha (uns 70 anos de idade), que depois me contou:
- mas claro, professor, que as meninas estão ouriçadas! nesse mundo de gente barriguda de perna fina, quem tem pernão é rei!
e começou a reclamar de como estão as pessoas hoje em dia, que antes as pessoas eram enérgicas, fortes, vigorosas! olhinhos brilhando em direção a mim.
claro, saí lindo e gostoso da situação. e claro, sou um tipo tão bonito, alto e garboso que um dos meus apelidos é… danny devitto!
pára, gente! pra um ogrinho que nem eu fazer sucesso, só no campo da fantasia desse povo de mente desocupada. mas dá a medida do como muitas vezes os ciclistas são vistos. é fato que o ser humano, com a crescente sedentarização da vida contemporânea, ficou amolecido, flácido. escadas rolantes, controles remotos, elevadores…. não importa se gordas ou magras, as pessoas estão amolecidas. arfam ao subir uma escada, enquanto o ciclista a sobe de dois em dois degraus sem fazer força. as pessoas escorregam e caem, e o ciclista escorrega e recupera o equilíbrio. o ciclista urbano passa a imagem de poder, de ser muito corajoso ao enfrentar o trânsito, muito seguro, muito firme, num mundo de pessoas assustadiças com coelhinhos…
é fato, impera o medo na sociedade, as cercas elétricas, carros blindados e outros estão aí para provar. e, no entanto, nós temos a “coragem” de pedalar de noite, na madrugada, pelo centro de são paulo….. eu sei que deixo as pessoas (não-ciclistas, obviamente) meio assustadas quando descrevo como se passa em rotatórias como a da praça campo de bagatelle, ou como pedalar em grandes avenidas: apenas pedale rápido… faça força, acelere quando tiver que ser. conhecemos o mundo “lá de fora”, e nos sentimos bem nele.
eu não pedalo diferente dos demais ciclistas. não sou especial, sou apenas um humano que pedala, e como qualquer outro ciclista, o meu corpo funciona.
não há nada de surpreendente em pedalar 300 ou 400 kms direto. de fato, nós somos o único mamífero adaptado ao exercício de longa duração: por isso suamos às bicas, somos de longe o mamífero mais fedido (que precisa de banho diário, aliás). cavalos não são capazes de galopar o dia inteiro, mas humanos são capazes de pedalar ou correr por 24 horas ou até mais. basta ter um certo preparo, o equipamento certo, a alimentação certa. por isso vemos pessoas de idade avançada temirnando a modalidade mais extenuante de triathlon: o ironman. seus tempos podem não ser os melhores, mas eles chegam ao final.
mexer-se é da nossa natureza. e, portanto, é belo, pois o belo e atraente é o que a natureza nos ensinou a procurar e amar: o saudável. não necessariamente jovem, não necessariamente apolíneo, mas saudável.
é fato, o ciclista é sexy: a pele de boa qualidade malgrado a poluição, o corpo ereto, o andar desenvolto e rijo, o humor muito melhor (irrigado pela endorfina), o raciocínio rápido em razão da farta irrigação sangüínea no cérebro….
não há ciclista, homem ou mulher, que não tenha sido nunca assediado no trânsito. assédios muitas vezes agressivos, extremamente agressivos. as meninas conhecem muito bem essa realidade (ser chamada de gostosa no meio da avenida é a menos grave das situações…), e os homens muitas vezes passam por outras semelhantes. buzinadinhas de mulheres motoristas, mão boba de coleguinhas de trabalho no elevador (como elas batem com as mãos sem querer nas nossas coxas? incrível, né?) .
claro, toda essa soma de fatores (o corpo saudável, o saber viver, o olhar diferente sobre a cidade e o mundo), nos transforma em objeto de fascínio. não importa a idade, o sexo, se gordo ou magro, se homem ou mulher, se adolescente ou adulto, se jovem ou velho, querendo ou não, o ciclista é sempre objeto de desejo de alguém. é fato, é dado objetivo. e motivo de muita inveja também. muuuuita inveja….
ainda mais inveja ao saberem que a gente não pára no meio do sexo depois de 3 minutos por falta de ar… pra descansar…. hehehehe, e nem precisamos comprar um carro caro pra “catar” alguém… e que a vida tem outro gosto, muito mais colorido, do lado de cá.
pedalar é sexy. acostumemos com isso. noblesse oblige.
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Alteração no Calendário de Trilhas e Viagens
Como foi dito desde sua elaboração o calendário de trilhas e viagens do Rapadura Biker não é inflexível, podendo sofrer alterações, de acordo com as necessidades. Foi o que aconteceu no mês de abril, tanto para não colidir com a III Trilha Bike em Florânia, com o evento promovido em prol do Bairro da Ribeira, por questões relativas ao meu trabalho e para aproveitar o feriado de Tiradentes com a Semana Santa em um só local. Assim sendo, segue o calendário atualizado:
30 (sábado) – Macaiba-Solar do Ferreiro Torto-Trilha das Frutas e Lamarão. Aproximadamente 60 Km de asfalto e trilha.
02 (sábado) – Estarei de plantão, portanto, não poderei sair da cidade.
03 (domingo) – Pedalada pelo Circuito Histórico de Natal. Concentração às 15h30min, na Praça André de Albuquerque, percorrendo o circuito histórico e terminando na Rua Chile, na Ribeira, com um bicicletário disponível no Armazém Hall.
09 (sábado) - Nísia Floresta-Georgino Avelino-Arez. Aproximadamente 60 Km, quase todo na areia e barro, passando entre canaviais e visualizando a Lagoa de Guaraíras e as Prais de Malembá e Tibau do Sul de cima do Bar da Ostra.
16 e 17 (sábado e domingo) – Florânia-RN. III Trilha Bike. Vide detalhe em tópico específico na comunidade.
21, 22 e 23 – Feriado de Tiradentes e Semana Santa: Bananeira/PB, Pedal para o Santuário de Frei Damião, em Guarabira-PB.16 e 17 (sábado e domingo) – Florânia-RN. III Trilha Bike. Vide detalhe em tópico específico na comunidade.
30 (sábado) – Macaiba-Solar do Ferreiro Torto-Trilha das Frutas e Lamarão. Aproximadamente 60 Km de asfalto e trilha.
23/03/2011
Sekiji Yoshida: um japonês pedalando pelo mundo
Em outubro de 2009 estava fuçando em um grupo de discussão sobre cicloturismo quando me deparei com um pedido de apoio a um ciclista japonês que passaria por nossa cidade. De imediato disponibilizei o meu e-mail, bem como telefone para contato. Não demorou muito e chegou na minha caixa postal uma mensagem em português do japonês Sekiji Yoshida, indagando se poderia conseguir hospedagem para ele por aproximadamente quatro dias. Confirmei e pedi apenas que ele me mantivesse informado. A partir de então as mensagens foram constantes.
No dia 1º de novembro Sekiji informou que estava em João Pessoa-PB e estava saindo com destino a Natal-RN, pelo litoral. Quando fui dizer o melhor modo de chegar em minha residência o japonês interrompeu educadamente e disse: você poderia passar as coordenadas (latitude e longitude) de sua casa? Respondi que sim e enviei as informações solicitadas.
Não demorou muito e no dia 03 de novembro recebo uma ligação no celular. Era Sekiji e disse que chegaria provavelmente no final da tarde. Fiquei em casa esperando novo telefonema, pois na minha cabeça o cara ia ter dificuldade de encontrar meu antigo endereço, pois tudo que é carteiro e entregador de pizza da cidade cansou de reclamar de como era difícil chegar lá em casa. Às 18h00min o meu telefone tocou: "Benilton, é Sekiji". Fala cara, onde você está? É só dizer que eu vou ao seu encontro. Resposta: estou na calçada de sua casa, você pode abrir o portão. Corri pra fora e quando acionei o controle remoto o homem estava sentado na calçada e a sua bicicleta devidamente estacionada. Entramos e fomos tratar de coisas úteis e provavelmente esperadas por ele: banho e jantar.
Enquanto o japonês fazia o seu asseio e já aproveitava para lavar a roupa suja eu fui afastar um pouco a bicicleta dele para deixá-la melhor estacionada. Qual não foi a minha surpresa, pois o peso era incrível: aproximadamente 65 Kg, mas também tinha todo tipo de tranqueira em cima da bicicleta, a saber: fogareiro, barraca, painel de energia solar, porta garrafas de dois litros, alforges na frente e na traseira, bandeira, comida, notebook, gps, máquina fotográfica profissional, roupas, ferramentas e muitas outras coisas que não lembro. Fiquei imaginando como um cabra daquele tamanho (aproximadamente 1,50 mt) e tão magro (uns 50 Kg) conseguia pedalar tanto com aquilo tudo.
Fomos jantar e descobri que o danado do japonês come mais do que Well de Shirley. Além de comer muito, ele come devagar. Queria experimentar de tudo e o que não conhecia perguntava o que era e depois mandava pra dentro.
Outra surpresa foi com a fluência dele na língua portuguesa. A explicação: saiu do Japão e ao entrar nos Estados Unidos aprendeu o inglês, mas não fala muito bem. Ao chegar ao México aprendeu o espanhol, que foi uma porta de acesso ao português. Ele prestava muita atenção ao que nós falávamos e às vezes pedia para repetir uma palavra. Não demorava muito e ele já estava usando aquela palavra.
Por opção nossa e para deixá-lo mais à vontade preparamos a casa na praia de Cotovelo para hospedá-lo. Claudia foi logo cedo e tratou de tudo: faxina geral, roupa de cama e banho limpas, geladeira abastecida e papel higiênico suficiente pra limpar até a bunda da mulher melancia, o que dizer então da bunda xoxa do japa.
Fui deixá-lo à noite, com o compromisso de buscá-lo no dia seguinte para procurarmos conserto para uma das coroas de sua bicicleta. Cheguei na hora marcada e o japonês já estava pronto. Começamos um périplo por todas as lojas de bicicleta de Natal e depois de muita luta quem resolveu o problema foi Rogério Miséria, cabra muito simpático, que tem uma bicicletaria na Zona Norte.
Quando anoiteceu levamos o japa para pedalar na Rota do Sol e conhecer os demais integrantes do Rapadura Biker.
No dia seguinte começaram os preparativos para a continuidade da viagem: Sekiji senta na frente do notebook e revisa toda sua rota. Faz algumas perguntas sobre o melhor caminho, mas mesmo diante dos meus conselhos acerca de qual a melhor opção ele resolve seguir o seu planejamento.
Conversamos muito sobre suas experiências de viagem e para nós foi muito gratificante.
No dia marcado para a saída de Sekiji sugeri a ele que dormisse em Natal, pois assim ele já ganharia tempo, evitando ter que passar novamente pela Rota do Sol, por onde ele chegou. Depois de muita hesitação ele concordou em dormir lá em casa, porém com uma condição: não dormiria dentro de casa para não tirar o conforto de ninguém da casa, nem tampouco para não incomodar na hora que acordasse logo cedo. Insisti, Claudia insistiu, os meninos insistiram e até Ana Lúcia que trabalhava aqui em casa também insistiu, mas o japonês fincou o pé e somente sossegou quando em armei uma rede no alpendre. Respeitei e admirei.
Às 06h00min da manhã Sekiji estava pronto para partir. Ofereci-me para deixá-lo fora dos limites da cidade, evitando assim o trânsito intenso na Zona Norte. A resposta foi: obrigado, mas eu cheguei pedalando e vou sair pedalando. Mais uma vez respeitei e admirei.
Fiquei acompanhando a sua saga pela Internet e quando ele chegou nas proximidades da Venezuela eu perdi o contato.
Com os recentes acontecimentos do Japão comentamos aqui em casa sobre Sekiji e hoje ao abrir minha caixa postal recebi notícias dele. Tá tudo bem e a viagem continua, desta feita na África.
Vai com Deus Japonês!!! Espero um dia fazer algo parecido.
Segue a mensagem recebida hoje:
No dia 1º de novembro Sekiji informou que estava em João Pessoa-PB e estava saindo com destino a Natal-RN, pelo litoral. Quando fui dizer o melhor modo de chegar em minha residência o japonês interrompeu educadamente e disse: você poderia passar as coordenadas (latitude e longitude) de sua casa? Respondi que sim e enviei as informações solicitadas.
Não demorou muito e no dia 03 de novembro recebo uma ligação no celular. Era Sekiji e disse que chegaria provavelmente no final da tarde. Fiquei em casa esperando novo telefonema, pois na minha cabeça o cara ia ter dificuldade de encontrar meu antigo endereço, pois tudo que é carteiro e entregador de pizza da cidade cansou de reclamar de como era difícil chegar lá em casa. Às 18h00min o meu telefone tocou: "Benilton, é Sekiji". Fala cara, onde você está? É só dizer que eu vou ao seu encontro. Resposta: estou na calçada de sua casa, você pode abrir o portão. Corri pra fora e quando acionei o controle remoto o homem estava sentado na calçada e a sua bicicleta devidamente estacionada. Entramos e fomos tratar de coisas úteis e provavelmente esperadas por ele: banho e jantar.
Enquanto o japonês fazia o seu asseio e já aproveitava para lavar a roupa suja eu fui afastar um pouco a bicicleta dele para deixá-la melhor estacionada. Qual não foi a minha surpresa, pois o peso era incrível: aproximadamente 65 Kg, mas também tinha todo tipo de tranqueira em cima da bicicleta, a saber: fogareiro, barraca, painel de energia solar, porta garrafas de dois litros, alforges na frente e na traseira, bandeira, comida, notebook, gps, máquina fotográfica profissional, roupas, ferramentas e muitas outras coisas que não lembro. Fiquei imaginando como um cabra daquele tamanho (aproximadamente 1,50 mt) e tão magro (uns 50 Kg) conseguia pedalar tanto com aquilo tudo.
Fomos jantar e descobri que o danado do japonês come mais do que Well de Shirley. Além de comer muito, ele come devagar. Queria experimentar de tudo e o que não conhecia perguntava o que era e depois mandava pra dentro.
Outra surpresa foi com a fluência dele na língua portuguesa. A explicação: saiu do Japão e ao entrar nos Estados Unidos aprendeu o inglês, mas não fala muito bem. Ao chegar ao México aprendeu o espanhol, que foi uma porta de acesso ao português. Ele prestava muita atenção ao que nós falávamos e às vezes pedia para repetir uma palavra. Não demorava muito e ele já estava usando aquela palavra.
Por opção nossa e para deixá-lo mais à vontade preparamos a casa na praia de Cotovelo para hospedá-lo. Claudia foi logo cedo e tratou de tudo: faxina geral, roupa de cama e banho limpas, geladeira abastecida e papel higiênico suficiente pra limpar até a bunda da mulher melancia, o que dizer então da bunda xoxa do japa.
Fui deixá-lo à noite, com o compromisso de buscá-lo no dia seguinte para procurarmos conserto para uma das coroas de sua bicicleta. Cheguei na hora marcada e o japonês já estava pronto. Começamos um périplo por todas as lojas de bicicleta de Natal e depois de muita luta quem resolveu o problema foi Rogério Miséria, cabra muito simpático, que tem uma bicicletaria na Zona Norte.
Quando anoiteceu levamos o japa para pedalar na Rota do Sol e conhecer os demais integrantes do Rapadura Biker.
No dia seguinte começaram os preparativos para a continuidade da viagem: Sekiji senta na frente do notebook e revisa toda sua rota. Faz algumas perguntas sobre o melhor caminho, mas mesmo diante dos meus conselhos acerca de qual a melhor opção ele resolve seguir o seu planejamento.
Conversamos muito sobre suas experiências de viagem e para nós foi muito gratificante.
No dia marcado para a saída de Sekiji sugeri a ele que dormisse em Natal, pois assim ele já ganharia tempo, evitando ter que passar novamente pela Rota do Sol, por onde ele chegou. Depois de muita hesitação ele concordou em dormir lá em casa, porém com uma condição: não dormiria dentro de casa para não tirar o conforto de ninguém da casa, nem tampouco para não incomodar na hora que acordasse logo cedo. Insisti, Claudia insistiu, os meninos insistiram e até Ana Lúcia que trabalhava aqui em casa também insistiu, mas o japonês fincou o pé e somente sossegou quando em armei uma rede no alpendre. Respeitei e admirei.
Às 06h00min da manhã Sekiji estava pronto para partir. Ofereci-me para deixá-lo fora dos limites da cidade, evitando assim o trânsito intenso na Zona Norte. A resposta foi: obrigado, mas eu cheguei pedalando e vou sair pedalando. Mais uma vez respeitei e admirei.
Fiquei acompanhando a sua saga pela Internet e quando ele chegou nas proximidades da Venezuela eu perdi o contato.
Com os recentes acontecimentos do Japão comentamos aqui em casa sobre Sekiji e hoje ao abrir minha caixa postal recebi notícias dele. Tá tudo bem e a viagem continua, desta feita na África.
Vai com Deus Japonês!!! Espero um dia fazer algo parecido.
Segue a mensagem recebida hoje:
Oi a todos! Perdoe-me por não escrever ou responder-lhes muito tempo. Eu estava psicologicamente mal e queria ficar sozinho, sinto muito. Primeiro acima de tudo tenho que fazer claro de que eu e toda minha família está bem no Japão e graças a Deus não temos qualquer inconveniente nem estamos em perigo de desastre do terremoto que ocorreu. Eu voei a Europa no final do ano e eu estou fazendo jornada na África neste momento. Tinha perdido a paixão original, mas eu vou ficar na estrada um pouco mais tempo. Então, visite-me a minha página para você saber onde anda eu ainda que eu imagino que não será capaz de atualizar com freqüência. Meus melhores desejos a todos! Por favor não me envie mensagem nem fazer pedido de amizade em qualquer SNS como Facebook, Orkut, etc ... Eu não consigo transar com eles, não posso ter boa conexão de Internet em aqui. Obrigado por sua cooperação. Video Letter from Sekiji vol.1 [HD] http://www.youtube.com/watch?v=ZTBdJI1oNjA&hd=1
21/03/2011
Reunião da ACIRN do dia 21/03/2011: síntese
Caro ciclista da rua, do campo ou da lua: Você sabia que dispõe de uma associação para defender os seus interesses. Hoje tivemos mais uma reunião e aqui você pode acompanhar uma síntese do que foi discutido. Espero você na próxima:
Realizou-se hoje às 19h20min, no auditório do Supermercado Nordestão da Avenida Salgado Filho, mais uma reunião da Associação dos Ciclistas do Rio Grande do Norte - ACIRN. Assinaram o livro de presença vinte e um associados. Segue a síntese da reunião:
- Abertura dos trabalhos pelo Presidente Haroldo Motta cumprimentando todos os presentes e fazendo a apresentação do senhor Erly Bastos Monteiro Segundo, Superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU - no Estado do Rio Grande do Norte.
- Com a palavra o senhor Erly Bastos prestou informações básicas sobre o sistema CBTU no Estado e enfatizou que são 56,2 Km de percurso atualmente em atividade. Prestou informações sobre o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos. Mencionou a atual situação das locomotivas existentes, todas da década de 50 e movidas a biodíesel, representando um acentuado consumo de combustível. Enfatizou sobre a necessidade de uma política imediata para diminuir as agruras do trânsito na Capital, esclarecendo que Natal possui 380 mil véiculos nas ruas. Falou sobre o projeto de transporte suspenso.
- Em seguida o Presidente da ACIRN esclareceu que por meio de parceria com a CBTU será colocado em prática em datas futuras o "Projeto Trem Bike", compreendendo a disponibilização de um vagão de trem exclusivamente para ciclistas e suas bicicletas. A composição sairá nos sábados, às 06h50min com destino ao Município de Ceará-Mirim. Foram idealizados três circuitos: 1º) Circuito interno na sede da cidade, com visita aos pontos históricos e café da manhã no Mercado Público; 2º) Circuito Pureza: deslocamento de trem até Ceará-Mirim e passeio de bicicleta até a vizinha cidade de Pureza; e 3º) Circuito Taipu: deslocamento de trem até Ceará-Mirim e passeio de bicicleta até a vizinha cidade de Taipu. O aluguel do vagão foi orçado em R$ 200,00 (duzentos reais) e a previsão é de que comporte aproximadamente 40 ciclistas e bicicletas. Trata-se de um projeto pioneiro que objetiva integrar os ciclistas com o transporte ferroviário, possibilitando também visitação aos Municipios vizinhos, mostrando a importância do transporte ferroviário.
- Pediu a palavra o senhor Renato, representante do Movimento Cultural em prol do Bairro da Ribeira, sugerindo que seja feito um abaixo-assinado com o objetivo de trazer de volta ao nosso Estado o pequeno trem movido à lenha, denominado "Catita", que hoje está no Estado de Pernambuco.
- Ainda com a palavra o senhor Renato ressaltou a realização do Circuito Cultural da Ribeira, previsto para o dia 03/04/2011 o passeio ciclístico pelos locais históricos das cidade. Concentração às 15h30min, na Praça Andre de Albuquerque, saindo pelo trajeto histórico e terminando na Rua Chile, contando inclusive com um bicicletário no Armazém Hall. Informou que o material impresso será entregue ao Presidente da ACIRN para que os ciclistas se encarreguem da divulgação junto aos lojistas e pontos de encontros dos diversos grupos de ciclistas. Comprometeu-se, ainda, de enviar o folder eletrônico por e-mail. Haverá distribuição de água mineral e sorteio de brindes.
- Salvador pediu a palavra e sugeriu que em homenagem ao Dia Internacional da Floresta, seja efetuado contato com algum morador da Ribeira para realização de plantio de árvore no dia do passeio.
- Carteira dos associados da ACIRN: Angelike fez a apresentação da carteira da ACIRN feita em material plástico, trazendo informações sobre o ciclista. O material será digitalizado e disponibilizado para o conhecimento de todos. O custo de cada carteira é de R$ 5,00 (cinco reais).
- Blog da ACIRN: O Presidente informou que disponibilizou ao associado Benilton a senha do blog para que seja atualizado.
- Diretoria da ACIRN: O Presidente fez ver aos presentes que a associação foi criada em 10 de outubro de 2010 e naquela oportunidade teve a devida composição de sua diretoria e registro em cartório. Adiantou que alguns membros da Diretoria estão impossibilitados de exercerem suas atividades e que manterá contato com estes para saber se persiste o interesse em continuar com o encargo. Na oportunidade o Presidente informou que existe Conselho Fiscal formado, inclusive com suplentes.
- Discussão acerca do papel da Diretoria: Vários associados apresentaram manifestações, especialmente sobre a necessidade de descentralização, de forma que o Presidente não fique sobrecarregado. Foi unânime a necessidade de divisão de tarefas e delegação de funções.
- Fernando pediu a palavra e manifestou a sua insatisfação no tocante aos comentários feitos pelo associado Fabiano na reunião passada, segundo ele "colocando em cheque a lisura das contas da ACIRN". O assunto foi amplamente debatido, inclusive com direito de réplica do associado Fabiano.
- A reunião foi encerrada às 22h10min e pelo Presidente foi informado que a data da próxima reunião será oportunamente anunciada.
Realizou-se hoje às 19h20min, no auditório do Supermercado Nordestão da Avenida Salgado Filho, mais uma reunião da Associação dos Ciclistas do Rio Grande do Norte - ACIRN. Assinaram o livro de presença vinte e um associados. Segue a síntese da reunião:
- Abertura dos trabalhos pelo Presidente Haroldo Motta cumprimentando todos os presentes e fazendo a apresentação do senhor Erly Bastos Monteiro Segundo, Superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU - no Estado do Rio Grande do Norte.
- Com a palavra o senhor Erly Bastos prestou informações básicas sobre o sistema CBTU no Estado e enfatizou que são 56,2 Km de percurso atualmente em atividade. Prestou informações sobre o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos. Mencionou a atual situação das locomotivas existentes, todas da década de 50 e movidas a biodíesel, representando um acentuado consumo de combustível. Enfatizou sobre a necessidade de uma política imediata para diminuir as agruras do trânsito na Capital, esclarecendo que Natal possui 380 mil véiculos nas ruas. Falou sobre o projeto de transporte suspenso.
- Em seguida o Presidente da ACIRN esclareceu que por meio de parceria com a CBTU será colocado em prática em datas futuras o "Projeto Trem Bike", compreendendo a disponibilização de um vagão de trem exclusivamente para ciclistas e suas bicicletas. A composição sairá nos sábados, às 06h50min com destino ao Município de Ceará-Mirim. Foram idealizados três circuitos: 1º) Circuito interno na sede da cidade, com visita aos pontos históricos e café da manhã no Mercado Público; 2º) Circuito Pureza: deslocamento de trem até Ceará-Mirim e passeio de bicicleta até a vizinha cidade de Pureza; e 3º) Circuito Taipu: deslocamento de trem até Ceará-Mirim e passeio de bicicleta até a vizinha cidade de Taipu. O aluguel do vagão foi orçado em R$ 200,00 (duzentos reais) e a previsão é de que comporte aproximadamente 40 ciclistas e bicicletas. Trata-se de um projeto pioneiro que objetiva integrar os ciclistas com o transporte ferroviário, possibilitando também visitação aos Municipios vizinhos, mostrando a importância do transporte ferroviário.
- Pediu a palavra o senhor Renato, representante do Movimento Cultural em prol do Bairro da Ribeira, sugerindo que seja feito um abaixo-assinado com o objetivo de trazer de volta ao nosso Estado o pequeno trem movido à lenha, denominado "Catita", que hoje está no Estado de Pernambuco.
- Ainda com a palavra o senhor Renato ressaltou a realização do Circuito Cultural da Ribeira, previsto para o dia 03/04/2011 o passeio ciclístico pelos locais históricos das cidade. Concentração às 15h30min, na Praça Andre de Albuquerque, saindo pelo trajeto histórico e terminando na Rua Chile, contando inclusive com um bicicletário no Armazém Hall. Informou que o material impresso será entregue ao Presidente da ACIRN para que os ciclistas se encarreguem da divulgação junto aos lojistas e pontos de encontros dos diversos grupos de ciclistas. Comprometeu-se, ainda, de enviar o folder eletrônico por e-mail. Haverá distribuição de água mineral e sorteio de brindes.
- Salvador pediu a palavra e sugeriu que em homenagem ao Dia Internacional da Floresta, seja efetuado contato com algum morador da Ribeira para realização de plantio de árvore no dia do passeio.
- Carteira dos associados da ACIRN: Angelike fez a apresentação da carteira da ACIRN feita em material plástico, trazendo informações sobre o ciclista. O material será digitalizado e disponibilizado para o conhecimento de todos. O custo de cada carteira é de R$ 5,00 (cinco reais).
- Blog da ACIRN: O Presidente informou que disponibilizou ao associado Benilton a senha do blog para que seja atualizado.
- Diretoria da ACIRN: O Presidente fez ver aos presentes que a associação foi criada em 10 de outubro de 2010 e naquela oportunidade teve a devida composição de sua diretoria e registro em cartório. Adiantou que alguns membros da Diretoria estão impossibilitados de exercerem suas atividades e que manterá contato com estes para saber se persiste o interesse em continuar com o encargo. Na oportunidade o Presidente informou que existe Conselho Fiscal formado, inclusive com suplentes.
- Discussão acerca do papel da Diretoria: Vários associados apresentaram manifestações, especialmente sobre a necessidade de descentralização, de forma que o Presidente não fique sobrecarregado. Foi unânime a necessidade de divisão de tarefas e delegação de funções.
- Fernando pediu a palavra e manifestou a sua insatisfação no tocante aos comentários feitos pelo associado Fabiano na reunião passada, segundo ele "colocando em cheque a lisura das contas da ACIRN". O assunto foi amplamente debatido, inclusive com direito de réplica do associado Fabiano.
- A reunião foi encerrada às 22h10min e pelo Presidente foi informado que a data da próxima reunião será oportunamente anunciada.
19/03/2011
Pedal de Pitangui: "praeira dos meus amores".
"Praieira, linda entre as flores
Deste jardim potiguar!
Não há mais fundos horrores,
Iguais a este do mar,
Passados a lembrar!
A mais cruel noite escura,
Nortadas e cerração
Não trazem tanta amargura
Como a recordação,
Que aperte o coração!"
Fui buscar na Serenata do Pescador (Praeira) - de Otoniel Menezes - a inspiração para o blog de hoje.
O despertador tocou às 05h00min da manhã e depois de uma semana intensa de trabalho confesso a vocês que foi muito difícil levantar da cama para tomar café longe de casa. Para evitar qualquer dúvida uso uma técnica que é batata, bastante utilizada pelos presidiários de Bangu I: a claridade. Se você tem dificuldade para acordar basta acender as luzes do quarto ou abrir a janela. Comigo funciona muito bem e espero que a receita sirva para alguém.
Já acordado e após constatar que dormia sozinho. Explico: Claudia Celi acordou às 04h00min para deixar nosso Guilherme na escola, pois hoje ele foi conhecer o Lajedo de Soledade, em Apodi-RN (por tal motivo não tirei fotos). Restou-me tão somente tirar as remelas dos olhos e seguir para o local da concentração, pois compromisso é compromisso e afinal de contas eu não tinha nada pra comer em casa (bem explicado: a feira da semana não foi feita).
No caminho sintonizo uma rádio que vai tocando um clássico do cancioneiro: "a dança da galinha". Tive profunda dúvida entre rir ou chorar. Graças ao bom Deus eu não estava de ressaca, pois pense numa música "choca", como diz a minha "adevogada", Doutora Edna.
Ainda no caminho observo diversos ciclistas seguindo o mesmo rumo que eu. Olhei de soslaio e não reconheci ninguém. Pensei: deve ser outra galera que vai para aqueles lados.
Cheguei na praça Augusto Leite quando faltavam dez minutos para o horário de saída. Quando vi a quantidade de pessoas confesso que senti uma emoção muito grande, pois é bom saber que assim como eu muitas pessoas também estão dispostas a acordar cedinho em pleno sábado para cuidar da saúde. Parece besteira, mas é a pura verdade. Já tive oportunidade de marcar trilhas e chegar ao local e não encontrar ninguém. Não contava conversa, ia embora feito um doido, mas não desistia nunca. Que bom que eu não desisti!!!
Vou abrir o primeiro parêntese para tentar ser o mímino justo. O mérito de juntar tanta gente hoje não é meu. Tal ação tem nome e endereço: Carlos Camboim, o multimídia, internacional, arretado, iniludível e acrisolado Presidente do Bike Tirol. O homem é uma verdadeira metralhadora giratória (ponto 50) quando o assunto é divulgação. Basta dizer que uma fonte muito fidedigna me disse mediante segredo de confessionário que ele contratou um carro de som durante toda a semana para divulgar o pedal. É claro que não acredito, mas tenho fortes razões para ao menos duvidar.
Às 06h00min quem encostou ao meu lado foi Márcio Leite, membro do Bike Tirol e da ACIRN, uma pessoa muito simpática e sem nove horas. Assim como eu ele também é pragmático quando o assunto é horário. Não tiro sua razão. Sou da opinião que horário é pra ser cumprido, exceto as justificativas plausíveis.
Seguimos pela Afonso Pena e o trânsito estava muito tranquilo. Alcançamos a orla e cada vez que eu olhava de lado via uma cara nova. Show de bola!!! É esse o nosso objetivo.
No caminho outros ciclistas passaram a integrar o grupo e foi assim que subimos a Ponte Nilton Navarro com aproximadamente 35 pessoas. Pense numa cena bonita!
Chegamos à Redinha e até parece que Haroldo Motta tinha providenciado para que as vias estivessem disponíveis somente para os ciclistas. O movimento de carro foi mínimo.
Ultrapassamos Santa Rita e atingimos Genipabu. Cada vez que passo nas dunas é como se fosse a primeira. É tudo muito lindo. Agradeci a Deus e disse comigo mesmo: moramos no paraíso.
Na balsa de Barra do Rio um dado evidencia o quantitativo de ciclistas: foram três balsas para a travessia.
Ultrapassamos Graçandú e rapidamente chegamos em Dona Biluca. O café da manhã já estava pronto e atendeu aos anseios de todos. O cardápio não fugiu ao regramento da minha nutricionista (tomara que ela continue sem acompanhar o blog): guisado, cuscuz, batata doce, macaxeira (aipim, para os mais frescos), pão francês (ou de sal, alá Mossoró), melância, mamão, o velho ovo, sucos (cajá e tamarindo) e café. Foi um momento de silêncio, parecia até jogo de futebol quando morre um cartola. O povo não falava nada, mas em compensação a zuada de mastigado era grande. Destaques para Angelike, que comeu quinze vezes o seu tamanho; Regina, que segundo Professor Raimundo, não tem pena de comida; Neide, que repetiu dezessete vezes; Naldo, que comeu no balcão do restaurante, ou seja, ficou pastorando a comida passar; Felipe da Centauro, que é magro de ruim e outros cujos nomes ainda não decorei, mas se continuarem conosco serão objeto de comentário.
Vou ter que repetir um nome: a tal da Regina é mais ou menos da altura de um jogador da NBA. A mulher sentou e começou a sua saga gastronômica. Comeu, comeu e comeu. Só de jarra de suco ela tomou trinta e oito. Ovos foram sete e treze rodelas de batata doce. O problema vai ser de quem vai assistir televisão com ela mais tarde, pois quando aquele troço todo começar a fermentar...
Depois de tanta comilança foi a hora fatídica de pagar a conta. A filha de Dona Biluca me chamou no canto e disse que dentre os ciclistas tinham alguns que não tomaram café, apenas suco. Exigiu a Biluca nova que eu especificasse quem tomou o café completo e quem somente deu uma beiçada no suco. Lá vou eu fazer o pregão: quem tomou somente o suco por favor se denuncie. Somente agora é que perçebo como fui ridículo, mas é assim mesmo. No final tudo deu certo, a conta deu mais redonda do que furico de bode.
Hora de voltar. Desfizemos o caminho de ida e para a nossa sorte o vento estava bastante amigável.
Às 10h30min chegamos ao ponto de concentração e todos estavam bem.
Seguem os dados do trajeto:
47,8 Km.
Duração: 4 horas e 29 minutos.
Média: 11 Km/h
Custos: balsa (ida e volta) R$ 2,00; café da manhã R$ 6,00; somente o suco R$ 2,00 e rolo de papel higênico ao chegar em casa R$, 0,78.
Segue a descritiva do trajeto no GPS Garmin Edge Legend H.
P.S.: As brincadeiras constantes do blog não visam de nenhuma forma denegrir a imagem de ninguém. mas tão somente criar um clima de integração.
P.S. 2.: Qualquer coincidências nos nomes citados é mera ficçã ou fruto de mentes impregnadas por sujeiras e pensamentos infames.
P.S. 3.: Durante todo o trajeto Naldo lamentou a ausência de Miltinho, pois é sabedor que esse é o seu pedal favorito.
Deste jardim potiguar!
Não há mais fundos horrores,
Iguais a este do mar,
Passados a lembrar!
A mais cruel noite escura,
Nortadas e cerração
Não trazem tanta amargura
Como a recordação,
Que aperte o coração!"
Fui buscar na Serenata do Pescador (Praeira) - de Otoniel Menezes - a inspiração para o blog de hoje.
O despertador tocou às 05h00min da manhã e depois de uma semana intensa de trabalho confesso a vocês que foi muito difícil levantar da cama para tomar café longe de casa. Para evitar qualquer dúvida uso uma técnica que é batata, bastante utilizada pelos presidiários de Bangu I: a claridade. Se você tem dificuldade para acordar basta acender as luzes do quarto ou abrir a janela. Comigo funciona muito bem e espero que a receita sirva para alguém.
Já acordado e após constatar que dormia sozinho. Explico: Claudia Celi acordou às 04h00min para deixar nosso Guilherme na escola, pois hoje ele foi conhecer o Lajedo de Soledade, em Apodi-RN (por tal motivo não tirei fotos). Restou-me tão somente tirar as remelas dos olhos e seguir para o local da concentração, pois compromisso é compromisso e afinal de contas eu não tinha nada pra comer em casa (bem explicado: a feira da semana não foi feita).
No caminho sintonizo uma rádio que vai tocando um clássico do cancioneiro: "a dança da galinha". Tive profunda dúvida entre rir ou chorar. Graças ao bom Deus eu não estava de ressaca, pois pense numa música "choca", como diz a minha "adevogada", Doutora Edna.
Ainda no caminho observo diversos ciclistas seguindo o mesmo rumo que eu. Olhei de soslaio e não reconheci ninguém. Pensei: deve ser outra galera que vai para aqueles lados.
Cheguei na praça Augusto Leite quando faltavam dez minutos para o horário de saída. Quando vi a quantidade de pessoas confesso que senti uma emoção muito grande, pois é bom saber que assim como eu muitas pessoas também estão dispostas a acordar cedinho em pleno sábado para cuidar da saúde. Parece besteira, mas é a pura verdade. Já tive oportunidade de marcar trilhas e chegar ao local e não encontrar ninguém. Não contava conversa, ia embora feito um doido, mas não desistia nunca. Que bom que eu não desisti!!!
Vou abrir o primeiro parêntese para tentar ser o mímino justo. O mérito de juntar tanta gente hoje não é meu. Tal ação tem nome e endereço: Carlos Camboim, o multimídia, internacional, arretado, iniludível e acrisolado Presidente do Bike Tirol. O homem é uma verdadeira metralhadora giratória (ponto 50) quando o assunto é divulgação. Basta dizer que uma fonte muito fidedigna me disse mediante segredo de confessionário que ele contratou um carro de som durante toda a semana para divulgar o pedal. É claro que não acredito, mas tenho fortes razões para ao menos duvidar.
Às 06h00min quem encostou ao meu lado foi Márcio Leite, membro do Bike Tirol e da ACIRN, uma pessoa muito simpática e sem nove horas. Assim como eu ele também é pragmático quando o assunto é horário. Não tiro sua razão. Sou da opinião que horário é pra ser cumprido, exceto as justificativas plausíveis.
Seguimos pela Afonso Pena e o trânsito estava muito tranquilo. Alcançamos a orla e cada vez que eu olhava de lado via uma cara nova. Show de bola!!! É esse o nosso objetivo.
No caminho outros ciclistas passaram a integrar o grupo e foi assim que subimos a Ponte Nilton Navarro com aproximadamente 35 pessoas. Pense numa cena bonita!
Chegamos à Redinha e até parece que Haroldo Motta tinha providenciado para que as vias estivessem disponíveis somente para os ciclistas. O movimento de carro foi mínimo.
Ultrapassamos Santa Rita e atingimos Genipabu. Cada vez que passo nas dunas é como se fosse a primeira. É tudo muito lindo. Agradeci a Deus e disse comigo mesmo: moramos no paraíso.
Na balsa de Barra do Rio um dado evidencia o quantitativo de ciclistas: foram três balsas para a travessia.
Ultrapassamos Graçandú e rapidamente chegamos em Dona Biluca. O café da manhã já estava pronto e atendeu aos anseios de todos. O cardápio não fugiu ao regramento da minha nutricionista (tomara que ela continue sem acompanhar o blog): guisado, cuscuz, batata doce, macaxeira (aipim, para os mais frescos), pão francês (ou de sal, alá Mossoró), melância, mamão, o velho ovo, sucos (cajá e tamarindo) e café. Foi um momento de silêncio, parecia até jogo de futebol quando morre um cartola. O povo não falava nada, mas em compensação a zuada de mastigado era grande. Destaques para Angelike, que comeu quinze vezes o seu tamanho; Regina, que segundo Professor Raimundo, não tem pena de comida; Neide, que repetiu dezessete vezes; Naldo, que comeu no balcão do restaurante, ou seja, ficou pastorando a comida passar; Felipe da Centauro, que é magro de ruim e outros cujos nomes ainda não decorei, mas se continuarem conosco serão objeto de comentário.
Vou ter que repetir um nome: a tal da Regina é mais ou menos da altura de um jogador da NBA. A mulher sentou e começou a sua saga gastronômica. Comeu, comeu e comeu. Só de jarra de suco ela tomou trinta e oito. Ovos foram sete e treze rodelas de batata doce. O problema vai ser de quem vai assistir televisão com ela mais tarde, pois quando aquele troço todo começar a fermentar...
Depois de tanta comilança foi a hora fatídica de pagar a conta. A filha de Dona Biluca me chamou no canto e disse que dentre os ciclistas tinham alguns que não tomaram café, apenas suco. Exigiu a Biluca nova que eu especificasse quem tomou o café completo e quem somente deu uma beiçada no suco. Lá vou eu fazer o pregão: quem tomou somente o suco por favor se denuncie. Somente agora é que perçebo como fui ridículo, mas é assim mesmo. No final tudo deu certo, a conta deu mais redonda do que furico de bode.
Hora de voltar. Desfizemos o caminho de ida e para a nossa sorte o vento estava bastante amigável.
Às 10h30min chegamos ao ponto de concentração e todos estavam bem.
Seguem os dados do trajeto:
47,8 Km.
Duração: 4 horas e 29 minutos.
Média: 11 Km/h
Custos: balsa (ida e volta) R$ 2,00; café da manhã R$ 6,00; somente o suco R$ 2,00 e rolo de papel higênico ao chegar em casa R$, 0,78.
Segue a descritiva do trajeto no GPS Garmin Edge Legend H.
P.S.: As brincadeiras constantes do blog não visam de nenhuma forma denegrir a imagem de ninguém. mas tão somente criar um clima de integração.
P.S. 2.: Qualquer coincidências nos nomes citados é mera ficçã ou fruto de mentes impregnadas por sujeiras e pensamentos infames.
P.S. 3.: Durante todo o trajeto Naldo lamentou a ausência de Miltinho, pois é sabedor que esse é o seu pedal favorito.
17/03/2011
Onde há vida: bicicletas.
Essa eu tenho o dever de compartilhar com vocês:
Antes de qualquer coisa, preciso dizer que não é o caso aqui de se tratar a bicicleta como objeto sagrado, indestrutível. Depois do terremoto e do tsunami no Japão, assim como há milhares de corpos nos escombros, estão soterradas centenas de bicicletas destruídas, retorcidas.
Nestas situações extremas, porém, a bicicleta mostra-se forte porque é flexível. Assim como o bambu, para lembrar a fábula zen.
As fotos selecionadas a seguir foram divulgadas por grandes agências internacionais de notícias. Que devem ter dezenas de centenas de fotos da trágedia no Japão. Inspirei-me nesta fotoreportagem do Daily Mirror. Palavra chave: struggle to survive.
Imagens valem mais do que mil palavras. E estas imagens aqui dizem que, apesar de tudo o que aconteceu, a vida pode seguir seu rumo. Quando tudo ao redor ruiu e parou, basta ter esperança e usar as ferramentas certas. Usar o que está à mão, aquilo que depende da força humana e de um caminho a seguir.
Talvez a maior qualidade da bicicleta seja estar tão próxima ao que há de mais humano em nós.
Sua funcionalidade depende somente do corpo humano e da energia dos músculos – que é a mesma energia de estarmos vivos.
O espaço de uma bicicleta é a dimensão do corpo humano. Praticamente, onde uma pessoa pode passar caminhando, a bicicleta passa também. Não é preciso pistas de 4m de largura. E não são pequenas fissuras no solo que a impedem de seguir adiante. Porque elas podem ser empurradas ou carregadas nos braços. E depois: seguir em frente.
Fonte: http://biciclotheka.wordpress.com/2011/03/15/onde-ha-vida-bicicletas/
Antes de qualquer coisa, preciso dizer que não é o caso aqui de se tratar a bicicleta como objeto sagrado, indestrutível. Depois do terremoto e do tsunami no Japão, assim como há milhares de corpos nos escombros, estão soterradas centenas de bicicletas destruídas, retorcidas.
Nestas situações extremas, porém, a bicicleta mostra-se forte porque é flexível. Assim como o bambu, para lembrar a fábula zen.
As fotos selecionadas a seguir foram divulgadas por grandes agências internacionais de notícias. Que devem ter dezenas de centenas de fotos da trágedia no Japão. Inspirei-me nesta fotoreportagem do Daily Mirror. Palavra chave: struggle to survive.
Imagens valem mais do que mil palavras. E estas imagens aqui dizem que, apesar de tudo o que aconteceu, a vida pode seguir seu rumo. Quando tudo ao redor ruiu e parou, basta ter esperança e usar as ferramentas certas. Usar o que está à mão, aquilo que depende da força humana e de um caminho a seguir.
Talvez a maior qualidade da bicicleta seja estar tão próxima ao que há de mais humano em nós.
Sua funcionalidade depende somente do corpo humano e da energia dos músculos – que é a mesma energia de estarmos vivos.
O espaço de uma bicicleta é a dimensão do corpo humano. Praticamente, onde uma pessoa pode passar caminhando, a bicicleta passa também. Não é preciso pistas de 4m de largura. E não são pequenas fissuras no solo que a impedem de seguir adiante. Porque elas podem ser empurradas ou carregadas nos braços. E depois: seguir em frente.
Fonte: http://biciclotheka.wordpress.com/2011/03/15/onde-ha-vida-bicicletas/
13/03/2011
127 horas: uma triunfante história real
Para quem além de pedalar também gosta de um bom filme eis mais uma dica: 127 horas - uma triunfante história real.
O filme conta a história de Aron Ralston, praticante de esportes de aventura que, ao se aventurar pelas montanhas do Estado americano de Utah, ficou preso por cinco dias com uma pedra em cima de seu braço. Sem conseguir ajuda em razão de encontrar-se em um local extremamente ermo, aliado ao fato de que não avisou a ninguém qual o seu destino, Aron é obrigado a adotar uma medida drástica para continuar vivo.
Para quem deseja fugir dos clichês dos filmes de aventura americano essa é uma excelente pedida. As cenas iniciais quando o protagonista pedala por aproximadamente 30 Km em sua bike em meio a uma região de cânions é fantástica. Não bastasse isso o momento em que ele encontra uma dupla de garotas fazendo trekking, passando a guiá-las, é também muito interessante, especialmente quando ele as conduz até um banho sensacional.
Dentre as várias lições impregnadas no filme algumas são totalmente aplicáveis a nós que gostamos de esportes em contato com a natureza: nunca vá sozinho; avise sempre qual o seu destino; não poupe dinheiro com material de segunda categoria; e, principalmente, esteja preparado para enfrentar adversidades.
P.S.: Quem não conseguir o filme o meu está disponível para empréstimo.
O filme conta a história de Aron Ralston, praticante de esportes de aventura que, ao se aventurar pelas montanhas do Estado americano de Utah, ficou preso por cinco dias com uma pedra em cima de seu braço. Sem conseguir ajuda em razão de encontrar-se em um local extremamente ermo, aliado ao fato de que não avisou a ninguém qual o seu destino, Aron é obrigado a adotar uma medida drástica para continuar vivo.
Para quem deseja fugir dos clichês dos filmes de aventura americano essa é uma excelente pedida. As cenas iniciais quando o protagonista pedala por aproximadamente 30 Km em sua bike em meio a uma região de cânions é fantástica. Não bastasse isso o momento em que ele encontra uma dupla de garotas fazendo trekking, passando a guiá-las, é também muito interessante, especialmente quando ele as conduz até um banho sensacional.
Dentre as várias lições impregnadas no filme algumas são totalmente aplicáveis a nós que gostamos de esportes em contato com a natureza: nunca vá sozinho; avise sempre qual o seu destino; não poupe dinheiro com material de segunda categoria; e, principalmente, esteja preparado para enfrentar adversidades.
P.S.: Quem não conseguir o filme o meu está disponível para empréstimo.
12/03/2011
Serra da Formiga 2011 ou Serra das 2011 Mutucas
O despertador tocou às 05h15min. Abri a janela e verifiquei como estava o tempo: perfeito. As tranqueiras já estavam separadas desde a noite anterior e agora só restava comer alguma coisa e ir ao local de concentração. Liguei para Bené e ele informou que já estava pertinho aqui de casa. Na saída encontro Jadson e Bené e perdemos alguns minutos arrumando as bikes no carro. Para completar apareceu um vivente mesmo na hora da saída oferecendo uma bicicleta para vender. Olhei de relance a bike e a minha primeira idéia foi oferecer trezentos contos, mas o cara se adiantou e disse que o preço era mil. Deixei de lado o método pedagógico Massaranduba e disse ao cidadão que sempre apareciam pessoas interessadas na Rota do Sol. Anotei o telefone do cara e fomos embora.
Quando chegamos na Maria Lacerda observei que tinha deixado a sapatilha na porta de casa. De imediato Jadson encontrtrou um tênis embaixo do banco do carona: executei então o plano "B", pois afinal de contas quem vive de sapatilha é bailarina e o mais perto que eu já cheguei da arte do "balé" foi executar a famosa coreografia o afogamento do ganso.
Cheguei no posto Emaús atrasado e para minha surpresa tinha muita gente esperando.De imediato a primeira coisa diferente: Artur Federal colocou o carro dele para conduzir bicicletas. Procurei uma justificativa e encontrei: como o veículo é utilizado para transporte escolar, nada mais justo que ele levasse o maior representante da educação do Rapadura Biker: Professor Raimundo.
Olheio de soslaio e tive mais uma surpresa: Naldo Bananeiras estava na concentração. Será que ele olhou errado na programação e achou que o pedal de hoje era para Dona Biluca? (café da manhã em Pitangui).
Refeito das surpresas anunciei a partida.
No caminho o céu sempre nublado. Pelo retrovisor a fila de carros com bicicletas em cima ou na parte de trás. É uma cena bonita de se ver.
Bené tava calado dentro do carro, mas ainda consegui tirar dele algumas informações sobre o carnaval. O homem saiu em quatro bandas de frevo e ainda encarou "As Virgens de Pium", colocando uma peruca preta e sendo confudido com Araci de Almeida. Pela conversa dele vi que não subiria sequer um formigueiro, quanto mais a Serra da Formiga.
No banco de trás Jadson também estava calado, mas ainda falou de uma namorada que arrumou no carnaval de Pirangi.É uma estória longa que se eu for contar aqui vai ser necessário abrir outro blog. Vamos embora!
Chegamos às 07h10min e já tratamos dos últimos preparativos para partir.
Já na concentração de saída do pedal recebemos a visita daquelas que iriam nos acompanhar por todo o percurso: as mutucas. Eram muitas e estavam com sede. Teve uma que chegou a rasgar a calça de Tomaz e teve um momento que atropelei com a bicicleta umas setecentas que estavam reunidas no chão, provavelmente fazendo um plano de ataque ao ciclistas.
Passamos em frente ao bar denominado "Ponto da Galera" e lembrei que ali foi o pit stop da minha primeira trilha. Pra ter idéia de quanto tempo faz, Mauro Diógenes ainda pedalava. Isso é mais antigo do que lavar roupa com pedra de anil, usar o perfume paiol das feiticeiras e usar a logomarca da escola gravada no bolso da camisa.
Pedalamos alguns quilômetros no barro e logo já avistamos o calçamento de acesso à Formiga. Usei a velha técnica das tartarugas: devagar e sempre. Subi pela segunda vez a danada todinha. Não sei se foi impressão minha mas o cheiro de cachaça e cerveja estava no ar. Acho que era a ressaca dos ciclistas sendo colocada pra fora. Alguns não conseguiram passar da primeira subida, enquanto isso Jddson tirava onda: subia e descia e ainda fotograva. Êta magro pra ter disposição!
Entre trancos e barrancos subimos todos. Jogamos um pouco de conversa fora, tiramos uma fotinhas de araque e seguimos o nosso caminho.
Hora de descer. Juntamos a turma e informamos do risco, pois o solo estava molhado e as erosões estavam em maioria. A turma teen do Rapadura foi na frente: Jadson, Tomaz e João Paulo. Os demais foram em seguida. A descida foi sensacional e sem nenhum incidente.
Vencida a descida tínhamos agora 15 Km até Rui Barbosa, local para quem quisesse tomar café. Aqui tive outra surpresa: Naldo não fez questão se ser o primeiro a chegar, mesmo o pessoal tendo repetido diversas vezes as palavras mágicas: guisado, cuscuz, ovo e pão.
Chegamos em Rui Barbosa e fomos direto para o Mercado Público. Na entrada fomos recebidos por um cidadão que se não for doido, tá perto de concluir o curso. O cabra ficou querendo se enturmar e somente sossegou quando o Professor Raimundo deu um aperto na mão dele que chegou a estralhar o segundo quirodáctilo direito. Ele então proferiu algumas palavras elogiosas e seguiu seu caminho.
O café da manhã foi como sempre muito light, tudo em conformidade com as orientações da nutricionista do Rapadura Biker: um balaio de pão, quarenta e cinco ovos de galinha caipira, quatro cocas de dois litros, um caldeirão de guisado e quinze quilos de cuscuz. A conta somou a cifra de R$ 64,00 (sessenta e quatro reais) e importou em R$ 5,33 para cada um. Registro desde já que Artur Federal fez questão de pagar o valor exato e muito embora eu tenha tentado ficar com cinco contos dele, não consegui tal proeza.
Empós o café fizemos uma breve assembléia e olhando os semblantes de alguns pós-carnavalescos decidimos que o trecho voltando por São Paulo do Potengi seria muito desgastante. Decidimos então desfazer o caminho, evitando tão somente a Formiga. Diminuímos o trajeto em 15 Km e acho que foi uma boa estratégia.
Na volta caiu um temporal. Era cada poça de água no caminho que só passava quem sabia nadar ou estava com o kit de mergulhador.
Chegamos finalmente ao nosso destino, todos ensopados, mas felizes.
O pessoal da Fazenda Divisão disponibilizou uma mangueira para lavagem das bikes e todos assim procederam, alguns até aproveitaram e tomaram o primeiro banho após o carnaval.
Despedimo-nos e tratamos de voltar ao lar. Quando passamos de Santa Maria Bené e Jadson observaram que estávamos sendo seguidos. Olhei para trás e vi uma nuvem preta. Eram as 2011 mutucas que ainda não tinha saciado a sede. Acelerei e consegui fugir delas quando chegamos em Macaiba.
Às 13h00min já estávamos em nossas casas.
Total pedalado: 37 Km.
P.S.: O trajeto tá gravado no meu GPS e quem quiser é só entrar em contato.
P.S.2.: Quem não tiver GPS não tem problema. É só entrar em contato que eu forneço todas as informações para você fazer a trilha.
P.S.3.: Tive o prazer de pedalar na companhia de: Antonino Bezerrão, Artur Federal, Bené, Carol, Evandro, Flávio de Carol, Flávio Alemão, Jadson, João Paulo, Naldo, Neto, Othon, Milton, Raimundo, Sérgio e Tomaz.
Quando chegamos na Maria Lacerda observei que tinha deixado a sapatilha na porta de casa. De imediato Jadson encontrtrou um tênis embaixo do banco do carona: executei então o plano "B", pois afinal de contas quem vive de sapatilha é bailarina e o mais perto que eu já cheguei da arte do "balé" foi executar a famosa coreografia o afogamento do ganso.
Cheguei no posto Emaús atrasado e para minha surpresa tinha muita gente esperando.De imediato a primeira coisa diferente: Artur Federal colocou o carro dele para conduzir bicicletas. Procurei uma justificativa e encontrei: como o veículo é utilizado para transporte escolar, nada mais justo que ele levasse o maior representante da educação do Rapadura Biker: Professor Raimundo.
Olheio de soslaio e tive mais uma surpresa: Naldo Bananeiras estava na concentração. Será que ele olhou errado na programação e achou que o pedal de hoje era para Dona Biluca? (café da manhã em Pitangui).
Refeito das surpresas anunciei a partida.
No caminho o céu sempre nublado. Pelo retrovisor a fila de carros com bicicletas em cima ou na parte de trás. É uma cena bonita de se ver.
Bené tava calado dentro do carro, mas ainda consegui tirar dele algumas informações sobre o carnaval. O homem saiu em quatro bandas de frevo e ainda encarou "As Virgens de Pium", colocando uma peruca preta e sendo confudido com Araci de Almeida. Pela conversa dele vi que não subiria sequer um formigueiro, quanto mais a Serra da Formiga.
No banco de trás Jadson também estava calado, mas ainda falou de uma namorada que arrumou no carnaval de Pirangi.É uma estória longa que se eu for contar aqui vai ser necessário abrir outro blog. Vamos embora!
Chegamos às 07h10min e já tratamos dos últimos preparativos para partir.
Já na concentração de saída do pedal recebemos a visita daquelas que iriam nos acompanhar por todo o percurso: as mutucas. Eram muitas e estavam com sede. Teve uma que chegou a rasgar a calça de Tomaz e teve um momento que atropelei com a bicicleta umas setecentas que estavam reunidas no chão, provavelmente fazendo um plano de ataque ao ciclistas.
Passamos em frente ao bar denominado "Ponto da Galera" e lembrei que ali foi o pit stop da minha primeira trilha. Pra ter idéia de quanto tempo faz, Mauro Diógenes ainda pedalava. Isso é mais antigo do que lavar roupa com pedra de anil, usar o perfume paiol das feiticeiras e usar a logomarca da escola gravada no bolso da camisa.
Pedalamos alguns quilômetros no barro e logo já avistamos o calçamento de acesso à Formiga. Usei a velha técnica das tartarugas: devagar e sempre. Subi pela segunda vez a danada todinha. Não sei se foi impressão minha mas o cheiro de cachaça e cerveja estava no ar. Acho que era a ressaca dos ciclistas sendo colocada pra fora. Alguns não conseguiram passar da primeira subida, enquanto isso Jddson tirava onda: subia e descia e ainda fotograva. Êta magro pra ter disposição!
Entre trancos e barrancos subimos todos. Jogamos um pouco de conversa fora, tiramos uma fotinhas de araque e seguimos o nosso caminho.
Hora de descer. Juntamos a turma e informamos do risco, pois o solo estava molhado e as erosões estavam em maioria. A turma teen do Rapadura foi na frente: Jadson, Tomaz e João Paulo. Os demais foram em seguida. A descida foi sensacional e sem nenhum incidente.
Vencida a descida tínhamos agora 15 Km até Rui Barbosa, local para quem quisesse tomar café. Aqui tive outra surpresa: Naldo não fez questão se ser o primeiro a chegar, mesmo o pessoal tendo repetido diversas vezes as palavras mágicas: guisado, cuscuz, ovo e pão.
Chegamos em Rui Barbosa e fomos direto para o Mercado Público. Na entrada fomos recebidos por um cidadão que se não for doido, tá perto de concluir o curso. O cabra ficou querendo se enturmar e somente sossegou quando o Professor Raimundo deu um aperto na mão dele que chegou a estralhar o segundo quirodáctilo direito. Ele então proferiu algumas palavras elogiosas e seguiu seu caminho.
O café da manhã foi como sempre muito light, tudo em conformidade com as orientações da nutricionista do Rapadura Biker: um balaio de pão, quarenta e cinco ovos de galinha caipira, quatro cocas de dois litros, um caldeirão de guisado e quinze quilos de cuscuz. A conta somou a cifra de R$ 64,00 (sessenta e quatro reais) e importou em R$ 5,33 para cada um. Registro desde já que Artur Federal fez questão de pagar o valor exato e muito embora eu tenha tentado ficar com cinco contos dele, não consegui tal proeza.
Empós o café fizemos uma breve assembléia e olhando os semblantes de alguns pós-carnavalescos decidimos que o trecho voltando por São Paulo do Potengi seria muito desgastante. Decidimos então desfazer o caminho, evitando tão somente a Formiga. Diminuímos o trajeto em 15 Km e acho que foi uma boa estratégia.
Na volta caiu um temporal. Era cada poça de água no caminho que só passava quem sabia nadar ou estava com o kit de mergulhador.
Chegamos finalmente ao nosso destino, todos ensopados, mas felizes.
O pessoal da Fazenda Divisão disponibilizou uma mangueira para lavagem das bikes e todos assim procederam, alguns até aproveitaram e tomaram o primeiro banho após o carnaval.
Despedimo-nos e tratamos de voltar ao lar. Quando passamos de Santa Maria Bené e Jadson observaram que estávamos sendo seguidos. Olhei para trás e vi uma nuvem preta. Eram as 2011 mutucas que ainda não tinha saciado a sede. Acelerei e consegui fugir delas quando chegamos em Macaiba.
Às 13h00min já estávamos em nossas casas.
Total pedalado: 37 Km.
P.S.: O trajeto tá gravado no meu GPS e quem quiser é só entrar em contato.
P.S.2.: Quem não tiver GPS não tem problema. É só entrar em contato que eu forneço todas as informações para você fazer a trilha.
P.S.3.: Tive o prazer de pedalar na companhia de: Antonino Bezerrão, Artur Federal, Bené, Carol, Evandro, Flávio de Carol, Flávio Alemão, Jadson, João Paulo, Naldo, Neto, Othon, Milton, Raimundo, Sérgio e Tomaz.
10/03/2011
Serra da Formiga: Riachuelo - sábado 12 de março de 2011.
No próximo sábado o nosso destino será a Serra da Formiga, em Riachuelo-RN, distante 70 Km de Natal.
É um pedal bastante desafiador, pois contém uma intensa subida pelo calçamento e uma eletrizante descida por estrada de barro, com algumas pedras soltas.
Do alto da Serra é possível ver alguns prédios da Capital. Se estiver chovendo na região a paisagem é exuberante. De outro lado, se o sol estiver aberto pode contar com muita água no cantil.
Confira as informações:
Saída: 06h00min, do Posto Emaús, BR 101, Parnamirim/RN (primeiro posto de combustível após a via de acesso ao Cemitério Morada da Paz).
Café da Manhã: Recomenda-se que o ciclista já saia de casa alimentado, seja para não atrasar a saída do pedal em Riachuelo, seja pelo fato de que faremos uma parada para lanche somente em Rui Barbosa-RN (no mercado).
Locomoção: De carro próprio até Riachuelo. Cada ciclista é responsável por seu transporte e de sua bike.
O trajeto: Saindo do pátio da Fazenda Divisão seguiremos por estrada de barro até o sopé da Serra da Formiga. Subiremos por via de calçamento e depois desceremos pelo barro. Chegaremos em Rui Barbosa e de lá voltaremos pelo Povoado Potengi, passaremos em São Paulo do Potengi e voltaremos ao ponto de partida. O total aproximado é de 55 Km.
Previsão de retorno: 12h00min.
O que levar: equipamentos básicos de segurança, água, barrinhas, rapadura, câmara de ar, bomba, máquina fotográfica e força de vontade.
É um pedal bastante desafiador, pois contém uma intensa subida pelo calçamento e uma eletrizante descida por estrada de barro, com algumas pedras soltas.
Do alto da Serra é possível ver alguns prédios da Capital. Se estiver chovendo na região a paisagem é exuberante. De outro lado, se o sol estiver aberto pode contar com muita água no cantil.
Confira as informações:
Saída: 06h00min, do Posto Emaús, BR 101, Parnamirim/RN (primeiro posto de combustível após a via de acesso ao Cemitério Morada da Paz).
Café da Manhã: Recomenda-se que o ciclista já saia de casa alimentado, seja para não atrasar a saída do pedal em Riachuelo, seja pelo fato de que faremos uma parada para lanche somente em Rui Barbosa-RN (no mercado).
Locomoção: De carro próprio até Riachuelo. Cada ciclista é responsável por seu transporte e de sua bike.
O trajeto: Saindo do pátio da Fazenda Divisão seguiremos por estrada de barro até o sopé da Serra da Formiga. Subiremos por via de calçamento e depois desceremos pelo barro. Chegaremos em Rui Barbosa e de lá voltaremos pelo Povoado Potengi, passaremos em São Paulo do Potengi e voltaremos ao ponto de partida. O total aproximado é de 55 Km.
Previsão de retorno: 12h00min.
O que levar: equipamentos básicos de segurança, água, barrinhas, rapadura, câmara de ar, bomba, máquina fotográfica e força de vontade.
Carnaval em Bananeiras: trilhas, diversão e tranquilidade
Saímos de Natal na sexta-feira no final da tarde (04/03/2011) e seguimos no rumo da Chapada da Borborema com as bicicletas devidamente acondicionadas no carro. Chegamos em Bananeiras por volta das 19h00min e após deixar a família em casa fui até a oficina de Robertinho, em Solânea, pois precisava colocar o líquido selante nos pneus da minha bike, já que o produto anteriormente encomendado chegou justamente naquele dia. Descobrimos que a fita de proteção havia sido atingida por um prego enorme no pedal da terça na Rota do Sol e sendo assim resolvemos que melhor seria solucionar o problema no outro dia com mais calma.
Diante de tal situação, já por volta das 21h30min, quando retornei para casa encontrei Vinicius e Juliana, vindos de Petrolina-PE e Antonino e Pollyana, vindos de Natal-RN. Tratei de esquecer o aborrecimento com a bike e resolvi tratar de coisas mais amenas: tomar um delicioso vinho na companhia da família e dos amigos recém chegados. Foi a decisão mais acertada.
No sábado o dia amanheceu meio chuvoso e fui até a Pousada da Estação para verificar se mais alguém tinha chegado. Encontrei de imediato Neide (a mulher do gás), já eletrizada e querendo saber da programação bicicletal. No apartamento estava Seu Cuca (também conhecido como Romualdo) deitado de bucho pra cima, pouco interessado nas pedaladas, mas querendo saber quando começariam os trabalhos de levantamento de copos, especialidade na qual o homem é medalha de ouro, inclusive devendo representar o nosso País nas próximas olímpiadas. Em outro quarto encontrei o simpático casal Flávio e Carol, que iriam visitar Naldo Bananeiras, na casa dos pais deste.
Na companhia de Fernando Amaral segui para o Condomínio objetivando traçar uma estratégia para o dia, pois a minha bike ainda não estava pronta. Como estava meio chuvoso resolvemos fazer um passeio de 4 x 4, seguindo no rumo do Engenho da Rainha, Cruzeiro de Roma, Cachoeiras de Borborema e do Roncador. O engenho estava fechado, mas foi possível visitar a moenda. Em Roma o visual é maravilhoso, permitindo avistar várias cidades da região. A Cachoeira de Borborema tinha pouca água, mas também é uma bela paisagem. Já na Cachoeira do Roncador, que também estava com pouca água, fomos recepcionados por uma legião de maruins que nos atacaram com força, deixando as meninas de pernas brancas como se estivessem com catapora. O pior de tudo é que você não via os danados dos mosquitos, mas as picadas eram sentidas com intensidade. Foi uma verdadeira surra.
Voltamos no final da tarde para Bananeiras e somente recebi minha bike por volta das 18h00min do sábado. Na volta da oficina encontrei Naldo e Adriana que tinham acabado de chegar de uma trilha juntamente com Flávio e Carol.
Por ocasião do jantar combinamos qual seria o passeio do domingo e depois de várias sugestões decidimos que o melhor seria Serraria-RN, via Solânea-PB. Marcamos hora e local de saída e fomos dormir. Shirley e Well também marcaram presença, inclusive com este retomando os pedais.
No domingo a concentração foi na Praça Central de Bananeiras-RN e começamos o dia com uma boa surpresa: André e Fabiano chegaram de Passa e Fica para nos acompanhar na trilha. Serginho também veio de Natal na companhia de Suzy, sendo que ainda não foi desta vez que ela encarou uma trilha conosco, mas acho que isso é só uma questão de tempo. Ciclistas de Bananeiras e Solânea vieram aumentar o grupo e logo no início do trajeto encontramos uma turma de João Pessoa que resolveu nos acompanhar. Formamos assim um pelotão de mais de vinte e cinco ciclistas.
O trajeto total foi de aproximadamente 33 Km, com muita descida e logicamente bastante subida. Quando chegamos em Borborema encontramos outro grupo de ciclistas de Recife que seguia no rumo do Roncador. Paramos para juntar a turma e definimos uma estratégia: uma parte seguiria para Bananeiras pelo asfalto e outra pela Trilha dos Côcos. Fiquei na última hipótese e não me arrependi: a paisagem é muito linda.
Enquanto nós enfrentávamos os Côcos, lá no Condomínio estavam Pollyana, Juliana e Vinícius comendo tripa de porco. Diz a lenda que se emendassem toda a tripa que esse trio comeu dava mais ou menos os 33 Km da trilha que fizemos. O resultado dessa comilança tripal quem sentiu na pele e nas fuças foi Antonino Bezerrão, pois na hora de dormir foi uma peidorança sem igual dentro do quarto, de forma que o cabra somente conseguiu pegar no sono depois de colocar algodão nos ouvidos e na venta, passando a respirar somente pela boca, fazendo uso de uma técnica ninja aprendida com pescadores de lagosta de Rio do Fogo.
Alheio às pedaladas Seu Cuca continuava o seu trabalho de mapeamento dos melhores locais para tomar uma em Bananeiras, mantendo assim o seu treinamento em dia.
Ainda no domingo, no retorno da trilha paramos na Pousada da Estação e Seu Cuca já estava se exercitando. Mais do que imediatamente fomos prestar a nossa solidariedade e o resultado disso tudo foi que rolou banda de frevo e desfile em carro aberto pelas ruas da cidade, dando assim o primeiro sinal de que era carnaval, pois até então nada fazia lembrar a data. Para ilustrar melhor como foi a animação vou destacar dois momentos da festa: o primeiro foi que as passistas da Escola de Samba Unidos do Rapadura Biker (Claudia e Neide) ministraram um curso intensivo para as baianas da Escola de Samba de Bananeiras; o segundo foi quando Vinicius encontrou um bebum (Rogério) que passou a ser o seu segurança na festa, inclusive oferecendo-se para fazer uma faxina na casa dele. Como diz Doutora Vera Lúcia: Pense num carrego grande.
No dia seguinte (segunda-feira) houve uma divisão: Flávio, Carol e Neide foram juntamente com Robertinho de Solânea pedalando até Pilões para deixar André e Fabiano que resolveram seguir viagem até João Pessoa-PB. A galera que estava em minha casa resolveu fazer um trekking na trilha do Condomínio e depois fomos comer uma galinhada na propriedade de amigos. Na volta tivemos ainda uma sessão de churrasco, oportunidade em que Vinicius demonstrou que tá perdendo tempo com a Medicina, pois já tá pronto para abrir uma barraca de espetinhos. Já pode contar com um cliente certo, que sou eu.
Chegou o último dia de carnaval (terça-feira) e resolvemos fazer uma trilha mais amena, desta feita contando com a participação de Pollyana e Juliana, que já tinham se recuperado do efeito colateral das tripas. Fomos com Fernando Amaral e a galera de Solânea (Agnaldo, Wellington, Capa Rosa e outros) no rumo da Trilha da Gamela. Quando chegamos na parte baixa da trilha caiu uma chuva nível 3, ou seja, molha até o pensamento da pessoa. Foi uma dureza enfrentar a subida na chuva, pois o barro além de escorregar muito, também prendia os pneus ao solo. Em determinado momento Juliana pediu arrego e tratou de subir em um caminhão da Energisa, contando com a solidariedade de Polly e Vinicius.
Vou esclarecer desde já que Claudia Celi somente não foi pedalar nesse dia (se eu não colocar isso vai ser a semana toda de reclamação aqui em casa) por ter ficado tomando conta de Guilherme que no dia anterior tinha sofrido uma queda de bicicleta, acrescentando mais uns trófeus a sua galeria de arranhões.
Mais tarde teve frevo no Condomínio, mas a nossa participação foi muito discreta, mas como tava todo mundo desconfiado da tripa de porco resolveram pedir uma comida mais light: um rubacão. O resultado foi que no banheiro social apareceu uma peça de excremento tão volumosa que mesmo após 75 descargas o danado continuava acenando para nós. A solução foi seguir a orientação fornecida por Seu Cuca, lembrando de uma experiência em outro carnaval: engessar os braços com papel higiênico e tirar o bicho lá de dentro da marra. Não sei quem foi o(a) autor(a) da obra, nem tampouco quem fez o transbordo, mas posso afirmar que o danado foi eliminado e a paz voltou a reinar no banheiro social.
Hoje (quarta-feira) chegou o momento de voltar ao lar e a sensação foi muito boa e principalmente, sem ressaca. Resta agora dormir e voltar ao batente amanhã.
P.S.: Sábado tem Serra da Formiga, lá em Riachuelo.
P.S.2.: Lembram que eu mencionei um ciclista de Solânea que atende pelo singelo nome de Capa Rosa. Pois bem, o cabra é tão magro, mais tão magro mesmo, que um dia desses ele passou mal no pedal e levaram ele para o posto de saúde. O médico que atendeu, após realizar um minucioso exame, afirmou que o único lugar possível para aplicar uma injeção era a sandália havaiana do rapaz.
Diante de tal situação, já por volta das 21h30min, quando retornei para casa encontrei Vinicius e Juliana, vindos de Petrolina-PE e Antonino e Pollyana, vindos de Natal-RN. Tratei de esquecer o aborrecimento com a bike e resolvi tratar de coisas mais amenas: tomar um delicioso vinho na companhia da família e dos amigos recém chegados. Foi a decisão mais acertada.
No sábado o dia amanheceu meio chuvoso e fui até a Pousada da Estação para verificar se mais alguém tinha chegado. Encontrei de imediato Neide (a mulher do gás), já eletrizada e querendo saber da programação bicicletal. No apartamento estava Seu Cuca (também conhecido como Romualdo) deitado de bucho pra cima, pouco interessado nas pedaladas, mas querendo saber quando começariam os trabalhos de levantamento de copos, especialidade na qual o homem é medalha de ouro, inclusive devendo representar o nosso País nas próximas olímpiadas. Em outro quarto encontrei o simpático casal Flávio e Carol, que iriam visitar Naldo Bananeiras, na casa dos pais deste.
Na companhia de Fernando Amaral segui para o Condomínio objetivando traçar uma estratégia para o dia, pois a minha bike ainda não estava pronta. Como estava meio chuvoso resolvemos fazer um passeio de 4 x 4, seguindo no rumo do Engenho da Rainha, Cruzeiro de Roma, Cachoeiras de Borborema e do Roncador. O engenho estava fechado, mas foi possível visitar a moenda. Em Roma o visual é maravilhoso, permitindo avistar várias cidades da região. A Cachoeira de Borborema tinha pouca água, mas também é uma bela paisagem. Já na Cachoeira do Roncador, que também estava com pouca água, fomos recepcionados por uma legião de maruins que nos atacaram com força, deixando as meninas de pernas brancas como se estivessem com catapora. O pior de tudo é que você não via os danados dos mosquitos, mas as picadas eram sentidas com intensidade. Foi uma verdadeira surra.
Voltamos no final da tarde para Bananeiras e somente recebi minha bike por volta das 18h00min do sábado. Na volta da oficina encontrei Naldo e Adriana que tinham acabado de chegar de uma trilha juntamente com Flávio e Carol.
Por ocasião do jantar combinamos qual seria o passeio do domingo e depois de várias sugestões decidimos que o melhor seria Serraria-RN, via Solânea-PB. Marcamos hora e local de saída e fomos dormir. Shirley e Well também marcaram presença, inclusive com este retomando os pedais.
No domingo a concentração foi na Praça Central de Bananeiras-RN e começamos o dia com uma boa surpresa: André e Fabiano chegaram de Passa e Fica para nos acompanhar na trilha. Serginho também veio de Natal na companhia de Suzy, sendo que ainda não foi desta vez que ela encarou uma trilha conosco, mas acho que isso é só uma questão de tempo. Ciclistas de Bananeiras e Solânea vieram aumentar o grupo e logo no início do trajeto encontramos uma turma de João Pessoa que resolveu nos acompanhar. Formamos assim um pelotão de mais de vinte e cinco ciclistas.
O trajeto total foi de aproximadamente 33 Km, com muita descida e logicamente bastante subida. Quando chegamos em Borborema encontramos outro grupo de ciclistas de Recife que seguia no rumo do Roncador. Paramos para juntar a turma e definimos uma estratégia: uma parte seguiria para Bananeiras pelo asfalto e outra pela Trilha dos Côcos. Fiquei na última hipótese e não me arrependi: a paisagem é muito linda.
Enquanto nós enfrentávamos os Côcos, lá no Condomínio estavam Pollyana, Juliana e Vinícius comendo tripa de porco. Diz a lenda que se emendassem toda a tripa que esse trio comeu dava mais ou menos os 33 Km da trilha que fizemos. O resultado dessa comilança tripal quem sentiu na pele e nas fuças foi Antonino Bezerrão, pois na hora de dormir foi uma peidorança sem igual dentro do quarto, de forma que o cabra somente conseguiu pegar no sono depois de colocar algodão nos ouvidos e na venta, passando a respirar somente pela boca, fazendo uso de uma técnica ninja aprendida com pescadores de lagosta de Rio do Fogo.
Alheio às pedaladas Seu Cuca continuava o seu trabalho de mapeamento dos melhores locais para tomar uma em Bananeiras, mantendo assim o seu treinamento em dia.
Ainda no domingo, no retorno da trilha paramos na Pousada da Estação e Seu Cuca já estava se exercitando. Mais do que imediatamente fomos prestar a nossa solidariedade e o resultado disso tudo foi que rolou banda de frevo e desfile em carro aberto pelas ruas da cidade, dando assim o primeiro sinal de que era carnaval, pois até então nada fazia lembrar a data. Para ilustrar melhor como foi a animação vou destacar dois momentos da festa: o primeiro foi que as passistas da Escola de Samba Unidos do Rapadura Biker (Claudia e Neide) ministraram um curso intensivo para as baianas da Escola de Samba de Bananeiras; o segundo foi quando Vinicius encontrou um bebum (Rogério) que passou a ser o seu segurança na festa, inclusive oferecendo-se para fazer uma faxina na casa dele. Como diz Doutora Vera Lúcia: Pense num carrego grande.
No dia seguinte (segunda-feira) houve uma divisão: Flávio, Carol e Neide foram juntamente com Robertinho de Solânea pedalando até Pilões para deixar André e Fabiano que resolveram seguir viagem até João Pessoa-PB. A galera que estava em minha casa resolveu fazer um trekking na trilha do Condomínio e depois fomos comer uma galinhada na propriedade de amigos. Na volta tivemos ainda uma sessão de churrasco, oportunidade em que Vinicius demonstrou que tá perdendo tempo com a Medicina, pois já tá pronto para abrir uma barraca de espetinhos. Já pode contar com um cliente certo, que sou eu.
Chegou o último dia de carnaval (terça-feira) e resolvemos fazer uma trilha mais amena, desta feita contando com a participação de Pollyana e Juliana, que já tinham se recuperado do efeito colateral das tripas. Fomos com Fernando Amaral e a galera de Solânea (Agnaldo, Wellington, Capa Rosa e outros) no rumo da Trilha da Gamela. Quando chegamos na parte baixa da trilha caiu uma chuva nível 3, ou seja, molha até o pensamento da pessoa. Foi uma dureza enfrentar a subida na chuva, pois o barro além de escorregar muito, também prendia os pneus ao solo. Em determinado momento Juliana pediu arrego e tratou de subir em um caminhão da Energisa, contando com a solidariedade de Polly e Vinicius.
Vou esclarecer desde já que Claudia Celi somente não foi pedalar nesse dia (se eu não colocar isso vai ser a semana toda de reclamação aqui em casa) por ter ficado tomando conta de Guilherme que no dia anterior tinha sofrido uma queda de bicicleta, acrescentando mais uns trófeus a sua galeria de arranhões.
Mais tarde teve frevo no Condomínio, mas a nossa participação foi muito discreta, mas como tava todo mundo desconfiado da tripa de porco resolveram pedir uma comida mais light: um rubacão. O resultado foi que no banheiro social apareceu uma peça de excremento tão volumosa que mesmo após 75 descargas o danado continuava acenando para nós. A solução foi seguir a orientação fornecida por Seu Cuca, lembrando de uma experiência em outro carnaval: engessar os braços com papel higiênico e tirar o bicho lá de dentro da marra. Não sei quem foi o(a) autor(a) da obra, nem tampouco quem fez o transbordo, mas posso afirmar que o danado foi eliminado e a paz voltou a reinar no banheiro social.
Hoje (quarta-feira) chegou o momento de voltar ao lar e a sensação foi muito boa e principalmente, sem ressaca. Resta agora dormir e voltar ao batente amanhã.
P.S.: Sábado tem Serra da Formiga, lá em Riachuelo.
P.S.2.: Lembram que eu mencionei um ciclista de Solânea que atende pelo singelo nome de Capa Rosa. Pois bem, o cabra é tão magro, mais tão magro mesmo, que um dia desses ele passou mal no pedal e levaram ele para o posto de saúde. O médico que atendeu, após realizar um minucioso exame, afirmou que o único lugar possível para aplicar uma injeção era a sandália havaiana do rapaz.
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