27/11/2011

Pedal João Pessoa-Natal 2011

INTRODUÇÃO:

Alguns chegarão amanhã ao seu local de trabalho e ouvirão as inevitáveis perguntas: como foi o seu final de semana? O que você fez? Alguns responderão que participaram de um churrasco e tomaram todas. Outros dirão que ficaram em casa assistindo um filme. Haverá quem afirmará que passou o final de semana dentro de uma rede, dormindo e sonhando com dias melhores. Existirá, no entanto, quem encherá o peito e dirá com todo orgulho: eu vim pedalando de João Pessoa até Natal, por trilhas e na companhia agradável de pessoas felizes. A reação a tal notícia será inevitalmente  de espanto e incredulidade, pois pouca gente acredita que é possível fazer isso que fizemos hoje. Diante de tal situação só tenho uma coisa a dizer: tá duvidando vá conhecer a galera do Rapadura Biker e se mesmo assim ainda tiver dúvida é só conferir as fotos no Facebook (http://www.facebook.com/media/set/?set=a.181995378559720.41932.104784642947461&type=1).
Com essas palavras é que abro a postagem de hoje para dizer que foi a minha terceira vez fazendo esse trajeto. Foram três caminhos distintos e cada um com suas nuances e encantos. Ouso dizer que dos três esse último foi o melhor de todos. As coisas funcionaram quase que com total sintonia e a energia que moveu o grupo foi muito boa.

1º  e 2º Dias - 25 e 26/11/2011: de carro até João Pessoa-PB:

Necessário explicar antes de tudo por qual motivo seguimos de carro até João Pessoa e somente de lá é que partimos até Natal. O principal é o fator vento, pois em tese pedalamos quase todo o tempo com ele ao nosso favor. O segundo motivo é que o destino final já é nosso local de residência, de forma que chegamos cansados e queremos, via de regra, o aconchego do lar e o nosso cantinho para descansar.
Desta feita 17 pessoas participaram diretamente do percurso, sem falar dos participantes indiretos (esposas chorosas que passaram o final de semana sem os seus amados; filhos manhosos que acham que o(a) pai/mãe são propriedades exclusivas deles; namoradas(o) enfurecidos(a) que pensavam em assistir um show do seu cantor favorito na companhia do escolhido(a), enfim, todos aqueles que de algum modo entenderam as razões dos ciclistas e acabaram concordando que participar do pedal seria algo importante). Os 17 foram: Benilton, Celita, Edgar, Eduardo Campos (carro de apoio), Evandro, Fabiano Lago, Helena, Izabella, Marcelo, Mari, Milton, Neto (carro de apoio), Othon, Roberto Bruno, Serginho, Shirley e Vanda.
O primeiro grupo saiu de Natal às 16h00min, o segundo e o terceiro um pouco mais tarde. Dois integrantes já nos esperavam na cidade. Por volta das 23h00min todo mundo já estava em João Pessoa.
Como no ano de 2009 optamos pela Pousada Manaíra, que é muito simples, mas apta a nos acolher por uma noite e possibilitar um café da manhã regular (www.pousadamanaira.com.br). Quem for esperando luxo é melhor procurar a casa da mamãe.
Por conta de uma falta de precisão no horário do café da manhã tivemos um atraso na saída. O nosso plano era sair às 06h15min para assim embarcarmos na balsa das 07h00min (Cabedelo-Lucena). Não deu certo. Quando deixamos a pousada já passava das 06h30min e mesmo forçando o ritmo, perdemos a balsa. Tivemos que esperar o próximo horário (08h00min).
Em razão do atraso resolvemos não subir no Santuário da Guia, o que acabou sendo uma boa opção, pois certamente a beleza e o visual do local iriam propiciar muitas fotografias e um aumento do atraso já consolidado.
Passamos direto pelo asfalto e logo adiante avistamos os canaviais, que seria a paisagem a nos acompanhar no final de semana.
A primeira entrada no canavial já demonstrou o quão necessário seria o carro de apoio. Era um mormaço só. Paramos numa sombra e abastecemos nossas garrafinhas e mochilas de hidratação. As frutas já começaram a ser devoradas.
Seguimos entre canaviais e em pouco tempo atingimos a comunidade de Pacaré e ali encontramos um pequeno rio com uma ponte no meio. De um lado mulheres lavando roupa e crianças brincando. Do outro lado um rapaz tomando banho solitário. Olhei para Serginho e perguntei: banho? o cabra já foi jogando a bicicleta no chão e deu um tibum na água. Não demorou muito e o rio já estava tomado de ciclistas. Em pouco tempo a água que no início estava bem geladinha ficou quentinha. São duas as versões: a) temperatura elevada dos ciclistas, sendo absorvida pela água do rio: b) mijadeiro dentro da água. Prefiro acreditar na segunda tese.
Refrescados seguimos o pedal e encontramos diversos ciclistas fazendo o trajeto inverso ao nosso. Soubemos que naquela mesma manhã um grupo de aproximadamente 150 ciclistas saiu de João Pessoa com destino ao paraíso da Pipa. Uma ótima iniciativa de uma loja de bicicletas de João Pessoa. Soubemos inclusive que essa é a quinta versão do passeio. Apenas um ponto negativo: acho que em razão do elevado número de participantes muita gente ainda não tem a devida consciência ecológica, pois o rastro de lixo no caminho estava grande. Basta dizer que se alguém não conhecesse o trajeto ou não tivesse gps bastava seguir as garrafas de energéticos, os saquinhos de gel, as latinhas de refrigerantes e outras coisitas mais deixadas na estrada. Estou até agora arrependido de não ter recolhido todo aquele lixo, colocado numa caixa e enviado via Sedex (a cobrar) para os organizadores do evento.
Por volta de 11h00min alcançamos a Praia de Campina. Fomos ao Mercadinho de Júnior e fizemos um lanche rápido. Seguimos até o embarque no barco que faria a travessia da Barra de Mamanguape. No caminho já encontramos o proprietário do barco (Joelson) que nos transportaria. Tudo ocorreu normalmente e com a maré baixa a travessia foi tranquila e sem estresse. Conforme combinado seguimos para a Aldeia Tramataia de barco ao passo que Eduardo e Neto seguiram nos carros de apoio por uma trilha.
A nossa próxima parada foi em Baia da Traição. Paramos num mercardinho e fizemos uma sessão de hidratação. Nesse ponto lembrei que Cláudia Celi tinha preparado uma paçoca para comermos na viagem. Fui vasculhar no local guardado e quando procurei não encontrei nada. Indaguei dos presentes se alguém tinha notícias da paçoca. De início foi silêncio total, mas logo surgiram versões: uma delas atribuiu a Eduardo Campos a façanha de ter comido sozinho o acepipe. A outra disse que foi Helena do Pinto a responsável pelo paçoquicídio (ato de devorar uma paçoca sem dividir com ninguém). A terceira garantia que a paçoca estava dentro do carro, bastava uma boa equipe de busca para fazer um trabalho de garimpagem. Fiquei com a última versão e após vários minutos encontrei o pote com a paçoca guardado dentro de um tênis. Logicamente que essa é uma informação confidencial e que por razões óbvias somente agora pode ser publicada.
Cheguei com o pote de paçoca e algumas colheres descartáveis. Se existisse medalha para a modalidade devoradores de paçoca podem ter certeza que o nosso grupo tinha ficado com o ouro. Marquei no relógio: foram 2min25segundos o tempo que durou o troço na vasilha. Se eu não fosse tão rápido tinham comido até as colheres descartáveis. Para encurtar o assunto suficiente dizer que Eduardo Campos tinha saído para comprar um pão doce e quando voltou somente encontrou o cheiro da paçoca no ar.
Depois da sessão paçoca seguimos por dentro da cidade de Baia da Traição. Enquanto o terreno era calçamento tudo estava uma maravilha. Não demorou muito e começou uma areia mais fofa do que criança da propaganda da Parmalat. Não bastasse isso o relógio apontava para às 13h30min, ou seja, o calor tava quem nem índio aguentava.
Depois da tempestade vem a bonança: deixamos as areias fofas e entramos na Trilha das Fazendas (caminhos das vagens) que vai nos deixar bem pertinho de Mataraca. É um single-track incrível, passando dentro da mata, de um pequeno rio, por três porteiras e uma bela paisagem. Recompensou todo o esforço anterior.
Saímos da trilha e logo adiante encontramos os valentes colegas dos carros de apoio. Não demorou muito e Mataraca já estava na nossa frente. Para entrar na cidade uma ponte com duas traves. Fizemos literalmente um gol de bicicleta. Assim que entramos encontramos uma ladeira que parece coisa de baiano. No meio do caminho encontramos um grupo de biriteiros sentados em torno de uma mesinha com duas garrafinhas (uma de cana e uma de vodka) e um tira gosto estranho. Não sei por qual motivo os caras olharam para mim e ofereceram uma dose. Pra não fazer feio, nem pra ser deselegante, aceitei o convite. Saquei o meu copinho da bolsa e fui agraciado com uma dose gigante de aguardente São Paulo. A danada desceu que parecia desemtupidor de pia. Não tive nem tempo de fechar os olhos e já tinha um pedaço do tira gosto na minha cara. Meti pra dentro e somente nesse  momento descobri que se tratava de kitut de boi, que segundo Professor Raimundo é uma comida inesquecível. De fato ele tem razão, pois são 20h54min do dia 27 de novembro e até agora estou arrotando o danado. Impossível esquecê-lo.
Deixamos Mataraca e seguimos entre canaviais no rumo de Sagi. Às 05h45min entramos na Praia e para não fugir ao regramento fomos recepcionados com uma ladeira que mais parecia uma plataforma de nave espacial americana, de tão alta.
No caminho para o local de hospedagem encontramos Alexandre Pinto (Helena) no Bar de Toreba e o homem me deu um abraço e uma excelente notícia: a vitória do ABC. Disse ainda que estava tomando uma para ter que enfrentar os 103 degraus de acesso ao seu local de hospedagem. Quando ele falou isso eu cansei só de imaginar a subida.
Chegamos no local de pouso (Condomínio Praia do Sagi - Paulo - 843244-5055/353434-1155/359184-7997) e fomos muito bem recebidos. Uma enorme piscina nos aguardava e depois de uma rápida lavagem nas bicicletas fomos tomar um merecido banho e esperar o jantar. Enquanto aguardava a mesa ser posta resolvi fazer uma ligação pra casa. Recebi a informação que o sinal da TIM era imprestável (grande novidade!!!) e que para obter o sinal da OI teria que escalar uma duna situada ao lado da pousada. Tomei um banho e fui encarar a duna. Enchi os pés de areia e depois de 16min consegui um sinal, no entanto, não podia em nenhum momento tirar os pés do chão, sob pena de perder o sinal. Foi a ligação telefônica mais difícil da minha vida, mas valeu à pena. Voltei com os pés sujos e o povo já estava devorando uma deliciosa macarronada à bolonhesa. Soube depois que na preparação foram utilizados 15 pacotes de macarrão, três quilos de queijo parmesão, 117 pães (um para cada quilômetro pedalado) e 17 litros de molho (um litro por ciclista). Quem certamente ficará feliz com essa notícia é Neide de Seu Kuka, pois segundo consta é a pessoa que mais utiliza pacotes de macarrão no Rio Grande do Norte. Acho que agora ela ficou com a medalha de prata.
Depois da ceia o silêncio reinou em Sagi e somente não foi profundo por dois motivos que vou me recusar a comentar: uma parte do grupo roncava mais do que a cachoeira que tem em Pirpirituba; outra parte flatulava (peidava) em diversas tonalidades. Uma verdadeira sinfonia peidorreira.
Finalmente fez-se o silêncio e a paz voltou a reinar.
As mulheres que pedalaram.

Aguardando a balsa: Cabedelo-Lucena

Canaviais

Banho em Pacaré

Barra de Mamanguape.

Travessia da Barra de Mamanguape

Nossa bandeira.

Baia da Traição-PB.

O pão doce que custou uma paçoca.

Trilha das Fazendas.

Single Track na Trilha das Fazendas.

Gol de bicicleta.

Mataraca.

Perto de Sagi.

23/11/2011

Confraternização do Rapadura Biker 2011

Caros Rapaduras: Mais um ano acabando e o rastro de nossas pedaladas tá ficando maior ainda. Vamos comemorar tudo de bom que tivemos, as novas amizades surgidas e traçar os rumos para o novo ano que se aproxima.
DATA: 18 de dezembro de 2011.
LOCAL: Associação dos Servidores do TRT em Pium (indo pela Rota do Sol entre à direita antes da Feirinha de Pium e siga pelo asfalto. Passe a primeira ponte, passe a segunda ponte, após uns trezentos metros você encontrará a associação do seu lado direito).
HORA: 11h00min às 15h00min.
SERVIÇO: Churrasco rodado durante 04 (quatro) horas, incluso refrigerante e buffet fixo. Banho de piscina, ducha, banheiros e salão de jogos.
VALOR: R$ 25,00 (vinte e cinco reais) por pessoa.
OBSERVAÇÃO: Criança até 06 (seis) anos de idade não paga. Entre 07 (sete) e 12 (doze) anos paga a metade.
OBSERVAÇÃO  1: Quem quiser levar sua bebida alcoólica fique à vontade. Quem preferir poderá adquirir no local, pois haverá serviço de bar.
OBSERVAÇÃO  2: Se dirigir não beba (pedale), se beber (pedalar) não dirija.
SORTEIO DE BRINDES, RESENHAS E DESCONTRAÇÃO.
PEDAL OPCIONAL: Para quem preferir haverá um pedal saindo do local de concentração às 08h00min e retornando às 11h00min. O trajeto será na região de Pium é será de nível iniciante, possibilitando assim a participação de quem nunca fez uma trilha.
AÇÃO SOCIAL OPCIONAL: Quem desejar contribuir com a AMICO (associação sem fins lucrativos que cuida da saúde da criança cardiopata) poderá levar uma quantia em dinheiro de no mínimo R$ 5,00 (para aquisição de medicamentos) ; contribuir com fraldas descartáveis tamanho M; material de limpeza (sabão em pó, sabão em barra, detergente líquido, água sanitária, desinfentante - exceto eucalipto - sacos para lixo de 15 lts; ou roupas, sapatos, acessórios usados em bom estado para serem vendidos no bazar da instituição.
CONFIRMAÇÃO: Até o dia 10 de dezembro de 2011, com Cláudia Celi (9406-4211 - TIM ou 8840-4211 - OI/ Benilton (9982-8905 - TIM ou 8755-0705 - OI).

16/11/2011

Pedal do Rio do Fogo: 3º ano

Dentre os diversos pedais que realizamos durante o ano alguns são emblemáticos e fazem parte do nosso calendário. São por assim dizer "pedais obrigatórios".
O de Rio do Fogo é um deles. Quem o idealizou foi o colega Bezerrão, à época ainda solteiro, mas já com uma galega na sua cola.
A ideia principal é pedalar por parte do nosso litoral norte e ao final participar de um almoço feito com carinho pelas maricultoras da praia de Rio do Fogo.
Esse ano trinta e um ciclistas toparam o desafio, pois afinal são 77 Km para quem sai do ponto de concentração (praça Augusto Leite) e para aqueles que moram mais distante o trajeto aproxima-se dos 87 Km.
Saímos com apenas quinze minutos de atraso, o que pode ser considerado razoável, tendo em conta a quantidade e a heterogeneidade de pessoas.
Acordamos com a cidade, que apesar de comemorar um feriado nacional estava bastante movimentada. Passamos na Praia do Forte e encontramos muitas pessoas fazendo atividade física, o que somente reforça a constatação de que existe uma preocupação maior com a saúde.
Subimos e descemos a Ponte Newton Navarro (nossa ponte) e por mais que eu faça aquele trajeto é sempre como se fosse a primeira vez. Sempre tem uma beleza diferente a ser apreciada.
Seguimos pela Redinha, Santa Rita e Genipabu, sentindo de perto a brisa do mar. É incrível como uma fila de ciclistas atrai a atenção das pessoas e como todo mundo acha que estamos participando de uma competição.
Atravessamos Barra do Rio e o pessoal da balsa como sempre muito atencioso. Pela quantidade de ciclistas tivemos que utilizar duas balsas e eu fui na última, passando por um momento de tensão. Explico: Todo mundo começou a ocupar o seu espaço na balsa e quem ficou por último foi Fabiano GG. O nome já diz tudo. O cara quando colocou os pés na balsa a danada deu uma empinada que mais parecia com lancha do programa "Miami Vice". O coitado do rapaz da balsa comentou comigo que era preferível transportar três carros de uma vez do que levar aquele ciclista tamanho família. Recomendou inclusive que da próxima vez reservasse uma balsa somente para Fabiano GG.
Passado o susto e novamente com os pés no chão seguimos o trajeto passando por Graçandu e chegando finalmente a Pitangui, local do tradicional café da manhã de Dona Biluca. Dessa vez a mulher se superou e assim que adentramos o estabelecimento o café foi servido. Comida boa, preço acessível, simpatia no atendimento e ambiente higienizado. O cardápio foi a base de frutas, macaxeira, ovo, pão, queijo, café, leite e suco. Teve ciclista que levou até um lanche no bolso da camisa já precavendo-se para o que vinha pela frente.
Todo mundo de barriga cheia retomamos o pedal num ritmo mais lento. Devagar vencemos as dunas de Pitangui, passamos por Jacumã e quando chegamos em Porto-Mirim paramos numa sombra de cajueiro bastante agradável. Nesse momento chegou o nosso carro de apoio aos cuidados do Ministro Afonso Severo. Todo mundo na maior expectativa de que o homem trouxesse uma caixinha de isopor cheia de gelo e água. Que nada, a única coisa gelada dentro daquele carro eram as cervejas que Afonso insistia em exibir para cada um dos ciclistas no momento em que passava por eles. O homem era todo pose na direção do "vitarinha" de Bebê e ainda tirava onda com os ciclistas dizendo que somente participava de pedais de mais de 100 Km. É o fraco!!!
Não demorou e chegamos em Muriú. Parada no posto para abastecer com gelo. Aqui tivemos o primeiro e único (segundo soube) pneu furado do trajeto. O problema foi rapidamente resolvido e logo retomamos o caminho.
Em Barra de Maxaranguape soube que houve um grupo que parou para chupar dindins e o desmantelo foi grande. A contabilidade final indicou que cada um chupou cerca de 77 dindins, um pra cada quilômetro rodado. Se alguém duvidar é só conferir com Neide do Gás, pois soube que ela guardou todos os saquinhos pra quando passar novamente no local ver se a mulher da bodega recebe o casco e fornece um desconto.
De Barra até Caraúbas foram 8 Km bem rapidinhos. Ali tivemos o excelente ponto de apoio na casa do nosso amigo Evandro (Bebê). O homem parece que fez mestrado em ser anfitrião e quando chegamos lá já encontramos uma mesa posta com melancia cortada, um garrafão de água mineral e um isopor com gelo. Não bastasse isso ainda tivemos uma excelente ducha e um maravilhoso banho de piscina. O detalhe é que a piscina não era das maiores, de forma que só cabia um pé de cada vez. Teve um momento que contei dez pessoas dentro da piscina e mesmo assim ainda tinha lugar para Hiram Lima e para Fabiano GG.
Todo mundo tomado banho chegou a hora de continuar o caminho. Passamos em frente ao Ma-noa Park e deu uma vontade enorme de comprar um passaporte e passar o resto do dia mijando dentro daquelas piscinas, mas lembrei que não chegam nem aos pés da piscina da casa de Evandro e Celita.
Alcançamos Pititinga e desta vez não tivemos nenhuma parada no cabaré. Não foi por falta de vontade, mas pelo fato de que as "meninas da casa" estavam comemorando a proclamação da República e pelo que soube foram visitar os parentes em Brasília.
No trecho entre Pititinga e Punaú tivemos um episódio interessante. O nosso amigo Rochinha, que segundo Afonso estava tão cansado que merecia ser chamado de pedregulho, resolveu lembrar o seu ofício de aviador e fez uma aterrisagem forçada. Desequilibrou da bicicleta e beijou o solo de Punaú e achou de encontrar um cardeiro para apoiar suas mãos. Quem viu o movimento disse que se a luva não fosse boa ele estaria até agora arrancando espinhos.
Mais adiante encontramos a ponte do rio Punaú e justamente embaixo da ponte seu Osvaldo achou de instalar um bar. A mesa do "bar molhado" é uma porta e segundo Helena do Pinto foi ali que tomamos a cerveja mais gelada da vida dela. Segundo seu Cuca (Kuka) Helena ficou tão satisfeita que sacou do bolso uma nota de cinco contos e pagou a conta sozinha. A grande luta foi tirar Júnior Verona de dentro do bar.
Passamos por Zumbi e em pouco tempo encontramos o asfalto de acesso a Rio do Fogo.
Seguimos direto para o local do almoço, um bar na beira da praia. A comida era franca e de boa qualidade. A simpatia das maricultoras, tendo a frente Luzia, fez com que o cansaço fosse esquecido na hora.
Como das outras vezes procuramos um contato com o Prefeito de Rio do Fogo para fazermos uma ação social na cidade, mas diferentemente dos outros ele sequer quis ouvir nossa proposta, não sendo assim possível sortear bicicletas e falar sobre a importância do veículo para uma sociedade equilibrada. No entanto, tivemos um curso básico de dança latina ministrada pelo terceiro bailarino do Ballet de Bolshoi, Erimar (também conhecido por Estive em Marte ou Steve Martin dos pobres) e uma demonstração de como reciclar sandália japonesa, cujo ministrante foi um bebum da cidade que se intitulou de papel higiênico, dizendo-se bastante desenrolado.
Outra novidade desse ano foi a presença da SAMU, representada por Roberto Bruno e Mari. Sobre o primeiro não ouvi muita conversa, mas percebi que o cabra é sangue bom. Sobre a segunda tenho a dizer que é deveras simpática e que tem muito ciclista querendo passar mal pra ser atendido pela ambulância dela.
Depois do almoço um bom banho e uma roupa limpa. Arrumamos as bicicletas nos carros, nos despedimos e voltamos já pensando no próximo ano.
Concentração na Praça Augusto Leite
Nas ruas de Natal.
As Guerreiras do Fogo em Genipabu.
Na balsa empinada: o ângulo da foto não mostra muito, mas que empinou, empinou.
Café da manhã em Dona Biluca - Pitangui.
Não é a piscina que é pequena, o povo é que é muito.
Bar Molhado do Osvaldo - Punaú.
Erimar (Estive em Marte) dançando com uma aluna.
O desenroaldo.

13/11/2011

Pedal Livre na Avenida Afonso Pena

Hoje fui finalmente conhecer o Projeto Pedal Livre realizado aos domingos na Avenida Afonso Penal, no trecho entre a Ceará-Mirim e Potengi, das 07h00min às 11h00min.
Levei Guilherme Lima comigo e gostei da experiência. É uma sensação muito boa pedalar sem o risco de encontrar um motorista mal humorado e que não respeita o ciclista.
Acho que falta divulgação ou não sei se por conta do feriado que se aproxima mas vi pouca gente utilizando o espaço. Os "amarelinhos" da SEMOB estavam presentes e atentos.
Antes de chegar na Potengi tem um senhor que vende água de côco bem geladinha: parada obrigatória para espantar o calor.
É uma excelente oportunidade para quem deseja levar os filhos para pedalar. Fica aqui a dica.








07/11/2011

Aniversário do Blog do Rapadura Biker

Caros Rapaduras:
No mês passado comemoramos o primeiro ano do nosso blog e gostaria de homenagear todos aqueles que se atreveram em passar por aqui ou então os que foram mais ousados e resolveram segui-lo.
Já disse e repito que manter um blog não é tarefa das mais simples, pois o responsável pela ferramenta é antes de tudo um formador de opinião e tem que ter bastante cuidado com o material postado.
Tenho tentado imprimir uma linguagem simples e uma tônica engraçada nas postagens, pois acredito que assim vou atrair mais pessoas para o nosso principal objetivo: divulgar a bicicleta como veículo viável.
Sem mais delongas, informo que para comemorar o primeiro ano do blog vou presentear com uma camiseta casual do Rapadura Biker (vide foto adiante) aquele que fizer o melhor comentário de qualquer postagem até o dia 30 de novembro de 2011. A escolha será feita por uma comissão de membros do Rapadura.
Vamos lá!!! Começou!!!
A camiseta a ser entregue ao vencedor da promoção é igual a usada  por mim e Cláudia Celi na foto.

06/11/2011

1º Pedal da Serra - Solânea e Bananeiras-PB - 04/12/2011

Caros Rapaduras:
Se você, assim como eu, aproveita o período de Carnatal para sair da cidade, eis uma boa opção para pedalar e aproveitar para conhecer um dos meus locais preferidos para praticar o "mountain bike".
As duas cidades possuem várias opções de hospedagem com preços bastante convidativos.
Maiores informações podem ser obtidas diretamente com o organizador do evento, Agnaldo, nos seguintes telefones: (83) 8866-5146 e (83)9372-6566.

Japonês pedalando pelo mundo: Na África

Caros Rapaduras:
O japonês Sekiji continua sua jornada de bicicleta pelo mundo.
Recebi as últimas notícias dele e compartilho com vocês, inclusive mais um vídeo dessa impressionante viagem:

"Eu estava tratando de aplicar o visto para DR Congo e Angola no 
Brazzaville (o capital do Congo) quase um mês mas no pôde tirar nem uma 
de eles. O visto para Angola foi muito complicado como sempre e o de DR 
Congo estava parado de emitir pela eleição presidencial que vem no 
novembro. Pois eu tinha que renunciar de seguir pela terra porque no há 
mais opção.
Eu estava esperando conhecer a Angola desde sempre porque eles falam 
português, mas não há como fazer mais  :(
Pois eu peguei um vôo ate aqui a Uganda, então eu continuarei pelo sul 
neste lado de África..."

Caros Rapaduras:

Segue mais uma "carta" de Sekiji, ainda na África:

"Pela gripe e um furúnculo que saio onde toca a cadeira da bici, foi incapaz de avançar bem como sempre, mas estes dias no Zimbábue estou pedalando muito bem.São sós 3,000km mais ou menos ate chegar a Cape Town na África do Sul.
Já falta pouco!"

Nova camisa do Rapadura Biker

Caros Rapaduras:
Aproxima-se um novo ano e mantendo a tradição estamos criando mais uma camisa que identifica o nosso grupo.
Mais uma vez contamos com a colaboração dos membros da comunidade na crianção do vestuário. Coube a Arthur Carneiro o lindo desenho da camisa, ousando mais uma vez e demonstrando que tem futuro. Realizamos uma campanha na comunidade do Orkut e mais de 40 frases foram sugeridas para integrar a parte traseira da camisa. A frase vencedora foi a sugerida pelo ciclista André: "Viva com equilíbrio, pedale".
O preço da camisa (manga curta ou longa) será o mesmo dos anos anteriores (R$ 35,00) e quem tiver interesse é só entrar na comunidade do Orkut, procurar o tópico específico (Nova camisa do Rapadura  Biker - http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=52577748&tid=5529450036299313594&start=1 - ) e indicar o tamanho e quantidade.
O sistema de pagamento será definido em breve.
Seguem uma imagem para que tenham uma ideia de como ficará a camisa: