II
VOLTA DE SANTUMÉ – outubro de 2012
por
FABIANO SILVA
RELATOS:
Primeiro
dia: Formado o grupo com 9 Bikers: André, Adeilton, Bob, Diego,
Fabiano, Ferreira, Francisco, Jadson e Toinho, intitulados
“completadores”, com meta de cumprir todo o roteiro determinado,
seja com sol ou com neve. No moto apoio, Franknildo, que se perdeu.
Saímos
tarde, só pra variar, com as justificativas de que o amigo Diego
Borges que veio de Caicó, foi colocado de propósito na péssima
estrada de Cerro Corá a São Tomé com seu veiculo rebaixado com
rodão daqueles de filme americano, tendo como saldo duas rodas
dianteiras amassadas, mas o homi chegou sorridente todo. Além
disso, teve o velho “remancho” do André dizendo que tava muito
frio pra sair cedo e quanto mais próximo do meio dia, mais
deixaríamos a neve diluir ao sol e evitar derrapagens no gelo.
Tomamos
um café reforçado, preparado por Verônica (esse ano saiu Régia e
entrou a mana), então saímos em direção a Serra da Gameleira, com
subidas leves e terreno tranquilo. Subimos avistando São Tome ao
fundo distanciando-se, chegamos a casa do Seu Tota que mais uma vez
deu claras demonstrações de amor ao próximo, foi um problema pra
sair de lá, o homi queria nos dar almoço, janta, lanche,
água, eitcha vei danado. Chegamos a Serra da Gameleira com um
sol belo na nuca, pretendendo passar no olheiro d’água, ponto
turístico do local, mas ficamos sabendo que devido aos problemas com
a seca intensa, o olho secou, estando apenas gotejando um pingo ao
dia. A coisa tava feia, os velhos dindins da serra haviam derretido
junto com a geladeira na ultima semana. Seguimos para as serras que
serviriam como pequeno aquecimento para a “Serra do Tigre”.
Vencemos todas com tranquilidade. De repente, em um local inóspito,
no meio do nada, perto num sei de onde, nos deparamos com uma casa
onde havia uma festa com cervejas, buchada, rabada, bode guisado,
vaca atolada e outros pratos. Diego que conferiu todo o cardápio
chega lambeu os beiços e já estava pronto para atacar, mas eu
cortei o barato do homi dizendo ; “Só se for os pratos.
Vamo simbora”. Ainda nesse local um ciclista inventou de distribuir
uma balinhas pra uma criança, sendo imediatamente cercado por uns
300 “mininos”. Quem apartou o furdunço foi seu Chico, nos
encaminhando a casa dele e assim como no ano passado nos forneceu
aquela água gelada de trincar os dentes, Enquanto isso, pelas horas
e pela quentura, o nosso moto apoio Franknildo já deveria ter
chegado, entretanto, nem sinal de moto no horizonte.
Entre
o tal inóspito local e o meio do nada ocorreu uma das maiores
manobras de mountain bike já vistas. Bob fechou a
porteira para Adeilton. Até ai tudo bem. Só que Adeilton quis
vingar-se no próximo e sobrou pra Jadson “Homi Doido” que vinha
vedado, deu uma freada espetacular com um cangapé “encarpado” e
parou a um centímetro da porteira, levantando um poeirão que mais
parecia um furacão de areia. Se fosse nos Estados Unidos com certeza
iam colocar o nome do furacão de “Crazy Man”.
Na
casa do seu Chico, o tal do Inóspito é apelido, entramos numa serra
muito além do inóspito quando de repente fomos recepcionados por um
tigre. Momento de tensão! Imediatamente ciclistas se agarraram com o
primeiro pau (de madeira) que viram, ainda dando tempo tirar uns
retratos dos ciclistas atrepados e o tigre agarrado com a bicicleta
de Diego. Eu que não sou bobo me maloquei debaixo de uma pedra.
Passado o alvoroço fizemos um acordo com o bicho para levá-lo ao
seu habitat, a serra dos Tigres, logo ali na frente, pois lá ele
teria sombra e água fresca. Quem tiver dúvida acerca da existência
do tigre tem que ir ao local ou então conferir nas fotos.
Ainda na serra, que não é a do tigre, ciclistas discutiam
intensamente o nome do novo grupo mais comentado nas paradas de
sucesso, o “Unidos pelo Aro” já tem até gente querendo formar a
diretoria do tal grupo no RN, não sei porquê, o assunto ecoou por
um bom tempo no mei das serras.
Chegamos ao pé da
Serra do Tigre, sendo recepcionados, pelo perdido e moto apoio
Franknildo, acompanhado de Verônica, a nossa grande salvadora. A
mulher trouxe muita comida, sucos, refrigerantes e frutas, sendo
aplaudida e muito abraçada pelo Bikers. Franknildo explicou que
havia dito que conhecia toda região desde pequeno, o que realmente
constatamos, o homi se perdeu por que ali andou quando
pequeno, numa monareta de pneu slick, por isso cometeu esse pequeno
erro, tendo visitado as cidades circunvizinhas e afirmou que agora
conhece tuuudo, fiquem despreocupados.
Saímos
a enfrentar o nosso destino. Deixamos o tigre com as crianças e
subimos, subimos e subimos, momento em que detectamos um erro: comer
e enfrentar um serra tão pesada, foi “floyd”. Jadson e Diego
relataram que por inúmeras vezes na subida deu retorno de almoço,
de forma que tecnicamente tiveram que almoçar duas vezes, causando
nos ouvintes após o relato a mesma vontade, eeeeca. Depois da subida
da íngreme serra foi só descida, acabando com as pastilhas de
freios de alguns ciclistas. Chegamos a bela escola e logo em seguida
encostou o moto apoio com bastante comida e pronto para dormir
conosco. Ali aproveitamos para lavar as roupas, enquanto alguns
ciclistas saíram para a balada noturna do “Calangos club”,
chegando somente de madrugada, quase na hora de sair. Nomes
censurados a pedido.
Continua...
II Volta do Santumé: |
Guerreiros da Serra |
A neve chegando. |
Momento de tensão. |
Ciclistas "atrepados" no pau. |
O tigre surgindo. |
Close do Tigre. |
Devolvendo o tigre ao seu habitat. |
Será algum teste do "Unidos pelo Aro"? |
Um comentário:
Essa foto do unidos pelo aro não tava previsto no texto, isso é sabotagem!
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