28/02/2013
Pedal do Sábado (02/03/13) - Roteiro dos Engenhos (Ceará-Mirim).
Caros Rapaduras: No próximo sábado o nosso destino é o Roteiro dos Engenhos, percorrendo de bicicleta o vale do Ceará-Mirim. Serão aproximadamente 55 Km de asfalto, estrada de barro e trilha, com possibilidade de lama se tiver chovido na região.SAÍDA: 06h30min.LOCAL: Posto de combustíveis localizado na comunidade de Estivas, às margens da BR 101 (norte), no entroncamento da RN 307 (acesso a Genipabu e Barra do Rio). Quando passar da Zona Norte e chegar no trevo para Ceará-Mirim entre à direita no sentido de Touros e o posto referido fica a aproximados 12 Km.
25/02/2013
Trilhas no Agreste - Parte I: Monte Alegre e São José de Mipibu.
Tem uma conversa popular que diz: "rapadura é dura, mas é feita com açúcar e derrete na água e ao sol".
Pelo jeito quem inventou essa conversa não conhece o pessoal do Rapadura Biker, pois comprovamos no último sábado justamente o contrário, enfrentando água bem acima das canelas e sol suficiente para esquentar o toitiço e derreter a moleira.
Saímos da bifurcação entre as rodovias RN 315 e 316 por volta das 06h20min, estando o grupo composto por vinte e sete ciclistas, sendo alguns já com tempo de serviço suficiente para aposentadoria e outros iniciando o estágio probatório. Além dos ciclistas contamos com a presença de Ivo PVC em sua intrépida motocicleta, fotografando durante a trilha.
Para aquecer seguimos pelo asfalto na direção do Arenã e o tempo estava incrivelmente agradável, totalmente diferente da temperatura em Riachuelo. Assim que chegamos ao "Forró do Touro" deixamos a estrada de piche e seguimos pela esquerda, iniciando uma descida por estrada de terra, passando no frontal da Fazenda Nossa Senhora Aparecida e descendo para encarar a primeira travessia do Rio Trairi. O nível estava muito baixo e permitiu uma travessia tranquila. Lembrei de imediato que em outros anos ao chegar naquele ponto juntamente com Carlos Florânia tivemos que abrir o caminho na "marra" para alcançar a RN 316, pouco antes da ponte.
Chegamos em Monte Alegre e paramos na Lagoa do Quirambu para reagrupar. Em seguida fomos tomar água de coco, comer umas carambolas e chupar as mangas recolhidas por seu Antônio, caseiro da granja de Júnior Verona, que levou falta hoje para cantar os parabéns da netinha. Sem medo de errar contei aproximadamente umas 850 carambolas, umas 750 mangas e uma caçamba de coco. Para nossa sorte o Exército Brasileiro tinha enviado o Sargento Josias, recém chegado de um curso de descascamento de cocos feito na Polinésia. A habilidade do infante é tamanha que ele aplicava apenas um golpe em cada coco e o bicho já vinha servido gelado, com canudinho e a polpa cortada à francesa. Continuando desse jeito o sargento logo chega a "majó".
Aproveitamos o ensejo do local e relembramos da festa de São João dos Rapaduras ali realizada, com certeza uma das melhores que já fizemos. Quando dei por mim Claudia Celi (PHD em serviço de Alcoviteira pela Universidade de Burkina Faso) já tinha arrastado Abeane (conhecido no submundo pelo vulgo de Flavinho) e Juliana Cantero para o frontispício da capelinha, fazendo com que fossem abençoados pelo Bispo Raimundão Bezerra, provável sucessor de Bento XVI. O negócio parecia brincadeira, mas é muito sério, muito embora a figa que Abeane manteve durante toda a cerimônia.
Deixamos a cidade e fomos na direção do Sítio Santa Luzia e de Caeira. No caminho encontramos uma fazenda com uma placa bastante interessante. Fiz questão de tirar uma foto para entregar ao síndico do meu condomínio.
Alcançamos então a RN 317, passamos por Manimbu e logo deixamos novamente o asfalto para acessar a trilha entre canaviais que nos levaria ao Engenho Olho D´água. Nesse ponto tivemos duas surpresas: a porteira foi substituída por uma cerca e um canal foi escavado para impedir a passagem de automóveis e motocicletas. Analisamos a situação e resolvemos encarar o desafio da travessia, o que foi uma medida acertada, pois a água não chegou aos nossos umbigos (exceto no caso de Marquinhos, pois passou com água no pescoço) e a trilha pelos canaviais estava excelente.
Por volta de 09h00min entramos no Engenho Olho D´água e ali tivemos a oportunidade de conhecer e fotografar o lugar. Rumamos em direção ao centro de São José de Mipibu e a feira ainda estava a todo vapor. A grande maioria do grupo foi lanchar no Marrom Glacê (lanchonete que fica em frente ao prédio da Câmara Municipal), ao passo que outros preferiram comer um bode com macaxeira em um bar nas proximidades.
Depois de abastecidos deixamos a cidade por sua principal avenida, passamos ao lado do cemitério e seguimos pela Rua do Padre, enfrentando aproximadamente 8 Km de estrada de barro até o nosso destino.
Quando tudo indicava o fim do pedal eis que surge um convite de Raira Leite e Emanoel para tomarmos um banho de piscina na granja de familiares ali perto. A grande maioria do grupo assentiu e foi uma ótima opção, pois além do maravilhoso banho ainda tivemos um carregamento de cocos devidamente descascados por seu Zuca, o caseiro do lugar.
Achava eu que tinha terminado tudo e agora realmente tomaria o rumo de casa. Ah, ledo engano: o tal do Emanoel Leite já tinha um plano em mente e tratamos imediatamente de executá-lo. Fomos até o Bar do Suvaco, em Nova Parnamirim, ficando ali até o final da tarde.
Foi mais uma trilha para entrar no calendário do Rapadura Biker, sendo excelente para quem está iniciando. Seguem algumas fotos para provar que nada do que foi dito aqui é mentira, servindo também para deixar com água na boca aos que perderam o pedal.
O trajeto. |
Altimetria. |
Parte do grupo na concentração. |
Sargento Josias em ação. |
Compromisso selado pelo Bispo: detalhe na mão direita do noivo. |
Claro e objetivo. |
Marquinhos na travessia. |
A expressão de Eduardo resume o que foi nosso pedal. |
Raimundão pensando em mudar o andamento da bike. |
Olho D´água. |
Escolhendo a perua para o café da manhã. |
21/02/2013
Pedal Sábado - 23/02/2013 - Monte Alegre e São José de Mipibu.
Caros Rapaduras:
Nosso
destino sábado é região rural entre os Municípios acima
referidos, atravessando o rio Trairi em dois momentos, passando nas
proximidades do engenho Olho D´água e na feira livre de São José.
CONCENTRAÇÃO/SAÍDA:
06h15min. LOCAL: Posto e Churrascaria Nael, na bifurcação de acesso
aos Municípios de Vera Cruz e Monte Alegre (ao lado do Posto da
Polícia Rodoviária Estadual na RN 316). Indo pela BR 101 no sentido
Natal-João Pessoa, entrar à direita na RN de acesso a Monte Alegre
e seguir por aproximados 7 Km.
CAFÉ DA MANHÃ: Em
alguma birosca na cidade de Monte Alegre.
TRAJETO DE
APROXIMADAMENTE 40 Km: RN 315, 1ª travessia do Trairi, Monte Alegre,
Manimbu, 2ª travessia do Trairi, Olho D´água, São José de
Mipibu, Pau Brasil e RN 315.
O QUE LEVAR:
equipamento de uso obrigatório (capacete e luvas), camisa manga
longa ou manguito, protetor solar, kit remendo ou câmara de ar
reserva, água, barrinhas, rapadura, uns trocados para café da manhã
e outras despesas.
CARRO DE APOIO: em
princípio não teremos, entretanto, quem quiser disponibilizar fique
à vontade.
PREVISÃO DE RETORNO AO
LOCAL DE CONCENTRAÇÃO: 11h30min.
TIPO DO TERRENO:
pequenos trechos de asfalto e calçamento, estradão, canavial e
areia fofa, com possibilidade de lama se as chuvas continuarem
caindo.
OBSERVAÇÃO: O trajeto
poderá ser alterado em razão da impossibilidade de travessia(s) do
rio.
18/02/2013
Serra da Formiga 2013
A Serra da Formiga fica localizada no Município de Riachuelo, distante aproximadamente 70 Km da nossa Capital. Todos os anos logo após o carnaval o nosso grupo vai pedalar no lugar, aproveitando a íngreme subida para esquecer um pouco dos excessos cometidos nos festejos de momo.
A região é repleta de opções de trilhas, bastando dizer que estamos sempre modificando o trajeto, possibilitando assim a visualização de paisagens diferentes e o experimento de novos desafios.
Saímos de Natal às 05h35min em um enorme comboio de carros. Às 06h45min chegamos ao nosso destino - Fazenda Divisão - local que sempre nos acolhe e permite o estacionamento dos carros em seu amplo pátio.
Já na chegada tivemos a grata surpresa de encontrar seu Francisco, ciclista bastante experiente que saiu de Barcelona-RN às 04h00min (pedalando) e veio juntar-se ao grupo. O homem é a humildade em pessoa. Um sexagenário que parece um menino. Não sei qual alegria era maior: a nossa em reencotrá-lo ou a dele de pedalar com um grupo tão grande. Com muito orgulho, porém discreto, fez questão de mostrar sua nova bicicleta, fruto de um presente do colega Diego (Tanuki Bike), do nosso querido Caicó.
Fizemos o tradicional "retrato" na saída e era fácil perceber no ar um "cheiro forte de adrenalina", se é que essa coisa tem aroma.
Saímos às 07h05min e logo no início percebemos o que nos esperava pela frente. Com cinco minutos de pedal o calor estava insuportável e mas uma vez fiquei feliz em bater o pé em começar o pedal cedo, pois assim cumpriríamos o nosso cronograma, chegando antes de meio dia e, portanto, sofrendo menos com a quentura e a fome.
Os 5 Km iniciais serviram de aquecimento e também possibilitaram uma visão da serra a ser enfrentada. A seca castiga de um lado e do outro, sendo raro encontrar sombra. Uma subidinha de terra e uma descidinha para animar, surgindo logo a seguir o calçamento que anuncia a ladeira tão esperada por todos. Alguns mais afoitos assumiram a dianteira e enfrentaram a serra de peito aberto. Outros mais comedidos preferiram seguir "moendo", estudando o terreno e vencendo a subida palmo a palmo. Alguns optaram por intercalar entre pedalar e empurrar a bicicleta, parando para admirar a paisagem, fotografar e agoar o juremal. Enfim, não importa como você sobe, mas sim que estamos juntos e no final no reuniremos no topo.
Após a chegada do último grupo é hora de descansar um pouco, admirar a bela paisagem e ouvir as conversas: "Subi sem tirar os pés do chão" (deve ter vindo voando!!!); "Ah, subi somente no coroão e nem percebi" (me engana que eu gosto!!!); "Pensei que fosse mais íngreme, acho que vou lá em baixo somente pra ver como é a descida (calma valente!!!).
Já no "prano", como disse um senhor que ficava mangando da gente na subida, é hora de adotar providências urgentes: buscar um ponto para hidratação. Na primeira bodega constatamos a felicidade da proprietária em ter vendido praticamente todo seu estoque de água mineral e refrigerante. Mais adiante, um grupo que passou o carnaval em total abstinência (de água) já tomava assento no bar mais famoso da Serra da Formiga - o Ponto da Galera - e foram buscar o proprietário dentro da rede para que esse vendesse umas cervejas geladinhas.
Depois de abastecidos e hidratados seguimos na chã da serra e logo iniciamos a descida. Desta feita optamos por um trajeto diferente, com incríveis subidas e descidas, parando na sombra de um imenso umbuzeiro, abrindo porteiras, passando por dentro de propriedades rurais e chegando na comunidade de Castro, praticamente ligada ao Município de Rui Barbosa.
Dentro da cidade seguimos para o lanche e ficamos felizes em contribuir para a economia da cidade, pois nunca a senhorinha do mercadinho vendeu tanto salgadinho, refrigerante e água. Desnecessário dizer que um grupo dissidente foi em busca do Mercado Público e ali trataram de ingerir comidas leves (guisado, bode e cuscuz), acompanhados de cerveja estupidamente gelada. Por uma qustão diplomática eu visitei os dois grupos.
Às 10h20min deixamos Rui Barbosa, atravessando o Rio Potengi que estava mais seco do que bolacha sete-capas. O sol estava no seu volume máximo e o único vento que se viu durante todo o trajeto foi um peido atribuído a um cabra com a camisa dos Mungangas, cujo nome prometi a Neto Mola que não revelaria nem debaixo de porrada.
Após uma duas paradas para reagrupar e aproveitar as poucas sombras disponíveis conseguimos chegar por volta de 11h30min ao nosso destino. Aguardamos o último grupo, fizemos os tradicionais agradecimentos pela companhia, nos despedimos e voltamos cada um para suas casas com a certeza de que somos RAPADURAS, mas não tememos FORMIGA.
P.S.: Se você quer receber por e-mail o trajeto no formato KMZ ou KML basta solicitar: rapadurabiker@gmail.com
A região é repleta de opções de trilhas, bastando dizer que estamos sempre modificando o trajeto, possibilitando assim a visualização de paisagens diferentes e o experimento de novos desafios.
Saímos de Natal às 05h35min em um enorme comboio de carros. Às 06h45min chegamos ao nosso destino - Fazenda Divisão - local que sempre nos acolhe e permite o estacionamento dos carros em seu amplo pátio.
Já na chegada tivemos a grata surpresa de encontrar seu Francisco, ciclista bastante experiente que saiu de Barcelona-RN às 04h00min (pedalando) e veio juntar-se ao grupo. O homem é a humildade em pessoa. Um sexagenário que parece um menino. Não sei qual alegria era maior: a nossa em reencotrá-lo ou a dele de pedalar com um grupo tão grande. Com muito orgulho, porém discreto, fez questão de mostrar sua nova bicicleta, fruto de um presente do colega Diego (Tanuki Bike), do nosso querido Caicó.
Fizemos o tradicional "retrato" na saída e era fácil perceber no ar um "cheiro forte de adrenalina", se é que essa coisa tem aroma.
Saímos às 07h05min e logo no início percebemos o que nos esperava pela frente. Com cinco minutos de pedal o calor estava insuportável e mas uma vez fiquei feliz em bater o pé em começar o pedal cedo, pois assim cumpriríamos o nosso cronograma, chegando antes de meio dia e, portanto, sofrendo menos com a quentura e a fome.
Os 5 Km iniciais serviram de aquecimento e também possibilitaram uma visão da serra a ser enfrentada. A seca castiga de um lado e do outro, sendo raro encontrar sombra. Uma subidinha de terra e uma descidinha para animar, surgindo logo a seguir o calçamento que anuncia a ladeira tão esperada por todos. Alguns mais afoitos assumiram a dianteira e enfrentaram a serra de peito aberto. Outros mais comedidos preferiram seguir "moendo", estudando o terreno e vencendo a subida palmo a palmo. Alguns optaram por intercalar entre pedalar e empurrar a bicicleta, parando para admirar a paisagem, fotografar e agoar o juremal. Enfim, não importa como você sobe, mas sim que estamos juntos e no final no reuniremos no topo.
Após a chegada do último grupo é hora de descansar um pouco, admirar a bela paisagem e ouvir as conversas: "Subi sem tirar os pés do chão" (deve ter vindo voando!!!); "Ah, subi somente no coroão e nem percebi" (me engana que eu gosto!!!); "Pensei que fosse mais íngreme, acho que vou lá em baixo somente pra ver como é a descida (calma valente!!!).
Já no "prano", como disse um senhor que ficava mangando da gente na subida, é hora de adotar providências urgentes: buscar um ponto para hidratação. Na primeira bodega constatamos a felicidade da proprietária em ter vendido praticamente todo seu estoque de água mineral e refrigerante. Mais adiante, um grupo que passou o carnaval em total abstinência (de água) já tomava assento no bar mais famoso da Serra da Formiga - o Ponto da Galera - e foram buscar o proprietário dentro da rede para que esse vendesse umas cervejas geladinhas.
Depois de abastecidos e hidratados seguimos na chã da serra e logo iniciamos a descida. Desta feita optamos por um trajeto diferente, com incríveis subidas e descidas, parando na sombra de um imenso umbuzeiro, abrindo porteiras, passando por dentro de propriedades rurais e chegando na comunidade de Castro, praticamente ligada ao Município de Rui Barbosa.
Dentro da cidade seguimos para o lanche e ficamos felizes em contribuir para a economia da cidade, pois nunca a senhorinha do mercadinho vendeu tanto salgadinho, refrigerante e água. Desnecessário dizer que um grupo dissidente foi em busca do Mercado Público e ali trataram de ingerir comidas leves (guisado, bode e cuscuz), acompanhados de cerveja estupidamente gelada. Por uma qustão diplomática eu visitei os dois grupos.
Às 10h20min deixamos Rui Barbosa, atravessando o Rio Potengi que estava mais seco do que bolacha sete-capas. O sol estava no seu volume máximo e o único vento que se viu durante todo o trajeto foi um peido atribuído a um cabra com a camisa dos Mungangas, cujo nome prometi a Neto Mola que não revelaria nem debaixo de porrada.
Após uma duas paradas para reagrupar e aproveitar as poucas sombras disponíveis conseguimos chegar por volta de 11h30min ao nosso destino. Aguardamos o último grupo, fizemos os tradicionais agradecimentos pela companhia, nos despedimos e voltamos cada um para suas casas com a certeza de que somos RAPADURAS, mas não tememos FORMIGA.
P.S.: Se você quer receber por e-mail o trajeto no formato KMZ ou KML basta solicitar: rapadurabiker@gmail.com
O trajeto. |
Perfil altimétrico. |
Galera na Fazenda Divisão. |
Sombra do Umbuzeiro. |
Um cabra com a camisa dos Mungangas. |
Hidatrando no maior bar da Serra da Formiga. |
Rapaduretes no Umbuzeiro. |
Assinar:
Postagens (Atom)