"Inicialmente povoada por índios
Potiguares às margens do rio pequeno, posteriormente rio Ceará-Mirim. Os Potiguares fizeram seus primeiros contatos com o mundo ocidental através do comércio de
pau-brasil com
franceses e
espanhóis. Posteriormente, com a consolidação da colonização do
Brasil, foi ocupada pelos
portugueses.
O acervo de construções históricas é imensa, porém, a cidade não explora a cultura como meio turístico. Exemplos de desse desleixo são construções do século passado que estão em ruínas: engenhos de cana de açúcar, o túmulo do Barão de Ceará-Mirim, museus, entre outros.
Os
jesuitas fundam um convento na localidade conhecida como Guajiru, dando início à construção das primeiras edificações públicas.
O município foi criado em
1767.
Desde sua criação, o múnicipio mudou de nomes algumas vezes, inicialmente le se chamava Vila do Ceará-Mirim, depois, com o tempo passou a se chamar Ceará-Mirim." (fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Cear%C3%A1-Mirim).
Foi esse o cenário escolhido pelos Rapaduras para iniciar o fim de semana. A previsão de chuva existia, mas saímos de casa sabendo que pedalaríamos com chuva ou sol.
No horário marcado os vinte e sete ciclistas estavam prontos para iniciar o passeio. Assim que iniciamos as pedaladas a chuva chegou, tal e qual o ano passado quando fizemos esse trajeto. Os primeiros quilômetros foram de asfalto, servindo para esquentar e afastar o frio trazido pela chuva torrencial.
Esse ano seguimos pelo povoado de Araçá e dali seguimos pela esquerda no rumo de Massangana. A forte chuva tinha deixado seu rastro no barro vermelho e logo as nossas roupas ficaram todas marcadas. O interessante é que gostamos dessa "sujeira", bastando ver as expressões nos rostos dos colegas e os gritos de euforia a cada passagem em cima das poças.
Novamente no asfalto foi a hora do Sargento Josias, substituto do Cabo Dantas, adestrar o Pelotão, entoando um verdadeiro mantra pelo radio: "mantenham-se à direita...carro à esquerda...carro na contramão...moto em alta velocidade...mantenham-se à direita...". O homem estava inspirado e desempenhou sua missão com esmero.
Já um pouco "adestrados" deixamos o asfalto para encarar novamente o barro, passando pelas ruínas do antigo Engenho Timbó, atravessando a ponte sobre o rio Ceará-Mirim, enfrentando o solo escuro dos canaviais e fazendo a travessia do já mencionado rio. Nesse ponto tivemos a oportunidade de ver a perícia de Claudia Celi dirigindo o carro de apoio e já pensando em mandar o carro para lavagem quando chegasse em casa. Atravessamos a linha do trem e por muito pouco não encontramos o trem do grude.
De volta ao asfalto seguimos pela direita e em pouco tempo alcançamos o centro de Ceará-Mirim. A cidade estava bastante movimentada, principalmente por ser dia de feira. Nos dirigimos ao Mercado Público para o desjejum e chamou atenção a mistura de sons na cidade: de um lado os evangélicos arrebanhando ovelhas, de outro o vendedor de cds e dvds piratas, mais adiante um carro de som anunciando as promoções de um supermercado e no canto direito do mercado um bêbado reclamando que era perseguido pelo governo. Isso nada mais é do que a feira.
O café da manhã não fugiu ao regramento. O destaque desse ano foi o guisado servido ao casal Abeane e Juliana, pois na falta de carne a mulherzinha do estabelecimento complementou com sal. Também digno de nota foi o queijo de coalho, sutilmente preparado com meio pote de margarina. Aproveitei o ensejo e lembrei do nosso colega Rochinha, tratando imediatamente de encomendar uma quentinha de cuscuz para ele comer no jantar, pois sei o quanto ele aprecia aquela iguaria. O detalhe é que esqueci o troço embaixo do banco do carro e quando fui abrir ainda pouco o bicho só faltou explodir. Saiu um gás de dentro da quentinha que mais parecia uma bufa de cachorro. Achei melhor não congelar o troço e fui jogar no lixo, mas até os gatos cheiraram e rejeitaram.
Depois de abastecidos iniciamos a segunda parte do nosso passeio, seguindo pela RN 064, depois entrando à direita (copiou Claudia Celi!!!!) na RN 160, passando pelos engenhos localizados em ambos lados das vias. Deixamos o asfalto e seguimos por trilha, passando bem próximo do Banho das Escravas e seguindo no rumo de Rio dos Índios. No meio da trilha fizemos uma parada para hidratação e ali tivemos a oportunidade de experimentar um sachê de açaí (novidade fornecida por Cinthia e Rodolfo da Universidade do Açai -36450986 - http://www.facebook.com/universidade.doacai?fref=ts), revelando-se uma excelente alternativa para energizar no meio do percurso. Nessa parada tivemos também uma sessão de terapia holística patrocinada pela galera dos Mungangas, tendo Bruno como instrutor e Teco como vítima. Quem assistiu a massagem achou que Bruno estava preparando uma milanesa com Teco, pois virava o homem pra um lado e pra outro, com movimentos enérgicos. Parece que o troço deu certo, pois Teco chegou no Posto e ainda queria voltar pedalando pra Natal.
De volta ao asfalto fizemos uma pequena alteração no trajeto para visitarmos a fazenda dos amigos Dequinha e Graça, em Rio dos Índios de Cima. Foi uma ótima opção pois ali fomos recebidos pelo caseiro Lucas e seu filho, proporcionando um excelente banho de ducha, água de coco e sucos gelados.
Depois de nos banharmos e lavarmos as bicicletas pegamos novamente a estrada. Não demorou e depois da comunidade de Coqueiros chegou o tão temido trecho de calçamento que nos faria alcançar novamente a BR 101 Norte. A cada ano que passa o calçamento fica pior. É como se o ciclista fosse milho dentro de uma panela de pipoca no fogo. Pra completar esse ano tivemos o acréscimo de um vento de proa de arrasar. O relativo percurso de 15 Km transformou-se em 30. Nesse ponto o carro de apoio revelou-se mais uma vez de acentuada importância.
Por volta das 13h10min chegamos ao nosso objetivo e ali encontramos Arilson e Hiram que resolveram ir na frente para garantir a cerveja gelada na nossa chegada.
Foi mais um pedal sensacional e diferente. Sensacional pelas companhias e momentos de alegria que tivemos. Diferente pelo fato de que nossos passeios sempre possuem uma novidade, de modo que um não é igual ao outro.
Agradeço a todos que compareceram e para os que perderam resta o consolo dos registros fotográficos.
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Trajeto de 62 Km. |
Altimetria leve.
Concentração no Posto em Estivas.
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Travessia da ponte sobre o rio Ceará-Mirim. |
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Travessia do rio Ceará-Mirim. |
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Raimundão esperando o trem. |
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Galera tomando café da manhã no Mercado. |
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Mais café. |
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Na falta de bicicletário. |
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Praça Barão de Ceará-Mirim. |
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Carro de apoio essencial na trilha. |
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Bruno aplicando uma "massagem" em Teco: por trás da moita. |
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O açaí em sachê. |
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Banho na Fazenda de Dequinha e Graça. |
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Arilson e Hiram garantindo a cerveja gelada. |
Um comentário:
Os cabras e as mulheres guerreiras do rapadura e alguns companheiros dos mugangas, demonstraram que sao arrochados, pois no ultimo sabado, sairam dos seus aconchegos, e partiram motivados pela amizade e espirito aventureiro, sairam em direção ao infinito em busca de aventura, para fazer a rota dos engenhos, foi mais um sucesso esse pedal, pois foi recheado de chuva,lama e desejo de se melar, o espetaculo continuou, com um catar realizado pelo teco da arte marcial japonesa, ai-ki-dor, sendo o eu assistente o bruno, ainda posso lembrar do cremosinho oferecido no meio do percurso, bem geladinho pela claudia, PARABENS AMIGOS, VAMOS AGUARDAR PROXIMA SENA DO FILME.KKKKK
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