28/02/2016

Pedal em Urucará

"Denominação de `Urucará`, provém da fusão de dois vocábulos indígenas:`Uru` e `Cará`, que significam respectivamente `cesto de palha` e `inhame`. (extraído do Wilkipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Urucara).

Fugindo à regra de pedalar sempre na parte da manhã resolvemos iniciar o "pedal" do sábado (27/02/2016) após o almoço. O trajeto escolhido para a grande maioria do grupo foi inédito, apesar de localizado nas proximidades da nossa Capital.

A comunidade de Urucará fica localizada no Município de Arez e tem como principal características os extensos canaviais, trechos de matas e a represa como o mesmo nome do lugar. 
Para evitar pedalar durante a noite optamos por deixar os carros em São José de Mipibu, nas proximidades da Pousada do Macedo (84-32732325) e saímos às 14h15min pelo acostamento da BR 101, sentido sul. Logo na subida situada na altura do acesso ao Município de Georgino Avelino recebemos pelo rádio a informação do Cabo Dantas acerca de um caminhão bitrem (Trans Rock Stone) que estava subindo e deixando no ar um fedor intenso de gás metano. Para nossa sorte o caminhão parou antes e não fomos afetados, exceto o Cabo que ao alcançar o grupo estava mais amarelo do que chinês após doação de sangue. 
Percorridos uns 8 Km de asfalto, entramos à direita por dentro dos canaviais e logo encontramos um pequeno trecho de areia solta, momento em que minha genitora foi muita referida por alguns ciclistas. Chegamos então a uma pequena pista de pouso de aviões agrícolas, percorrendo-a integralmente, até uma pequena trilha que nos levou à parede da represa de Urucará. No local algumas pessoas da comunidade estavam tomando banho e outras coisas. Fizemos a tradicional foto do grupo e saímos do outro lado da represa, enfrentando uma subidinha que exigiu um pouco de esforço. Não demorou e chegamos ao povoado de Urucará, fazendo uma parada técnica para hidratação na bodega de um senhor bastante "simpático", lembrando um pouco o estilo de seu Lunga. Do lado de fora fiquei conversando com um ciclista da região, Erasmo Carlos, lamentando-se pelo fato de ter caído na tentação de "encher a cara", quando deveria tá pedalando conosco. 


Deixamos Urucará e pedalamos entre a mata e o canavial, desta feita com a areia mais firme. A próxima parada foi na comunidade de Nascença e aqui a hidratação foi com "cremosinho". Descemos por estrada de barro, atravessamos Rio do Meio e chegamos em Dendê, encontrando umas cadeiras e uma churrasqueira debaixo de uma enorme mangueira, local escolhido para reagrupar.
Na saída de Dendê até a BR 101 o trecho permite um downhill espetacular, daqueles que você percebe as vantagens de ter uma bicicleta com suspensão e freios em ordem.



Novamente no asfalto e agora com o vento nas costas. Chegando nas proximidades de São José de Mipibu o sol estava se pondo, proporcionando um visual magnífico, fazendo valer cada metro pedalado naquela tarde.
Na minha opinião o pedal vespertino deve ocorrer mais vezes. Aguardemos agora as manifestações do grupo.
Trajeto total: 37 Km, 2m e 3 palmos. Tempo aproximado 3 horas e 30 minutos.
Quem desejar receber o arquivo do trajeto de hoje é só solicitar via e-mail: rapadurabiker@gmail.com

 






24/02/2016

Rapaduras na Patagônia em 2016

Caros Rapaduras:

De 06 a 16 de março estaremos pedalando na Patagônia (Argentina e Chile), desfrutando de belas paisagens e companhias agradáveis. O grupo é composto em sua maioria por cicloturistas aqui do RN e seremos conduzidos pela Logística Aventura (logisticaaventura@gmail.com).
Sempre que possível o blog será atualizado durante o trajeto, possibilitando ao seguidor acompanhar conosco essa aventura incrível.
Segue o folder da programação
Aguardem cartas!!!!

21/02/2016

Pedal da Cachaça Extrema e Olheiro de Pureza

Explicações aos seguidores:

O ano de 2015 teve alguns complicadores na vida pessoal e isso com certeza contribuiu para a redução das atividades ciclísticas do grupo. Basta verificar quando foi a última postagem do blog para constatar o que acabei de dizer. Confesso que já estava cogitando não fazer mais postagens, entretanto, recebi um e-mail carinhoso de uma pessoa desconhecida dizendo-se "encantada com os pedais" após visitar o blog do Rapadura Biker. Senti-me na obrigação de continuar alimentando nossa "revista virtual", compartilhando com vocês as nossas experiências com a bicicleta e quem sabe possibilitando a uma pessoa que seja descobrir dentro de si a vontade de pedalar.

O pedal do sábado (20/02/16): muito verde, lama e trilhas inéditas.

Escolhemos a região do Vale do Ceará-Mirim para iniciar as trilhas sabáticas de 2016. Saímos de Natal às 05h45min, da Praça Augusto Leite, no Tirol. Seguimos de carro até a praça localizada na parte frontal da Igreja Matriz de Ceará-Mirim, ali deixamos os carros estacionados e seguimos já de bicicleta para o famoso e esperado café da manhã no Mercado Público. Dentre os vários pontos comerciais ali existentes a nossa escolha recaiu sobre o quiosque de jovens bastante simpáticas, com atendimento de excelente qualidade (Bia - Box 11 - (84)99196-7004).
Concentração na praça da Matriz.


Café da manhã no Mercado.

Ele voltou!!!

Enquanto aguardava o grupo do lado de fora e "reparava" as bicicletas puxei conversa com dois motociclistas para saber como estava as condições das estradas em razão das fortes chuvas do dia anterior. Um dos rapazes foi explicando que tinha uma "laminha", mas nada demais. Enquanto a conversa rendia, um senhor recém saído do Mercado parou e sem pedir licença entrou na conversa, logo dizendo: "Se vão passar por Capela tenham muito cuidado". Perguntei o motivo e ele respondeu sorrindo, saindo rapidamente: "Ali só tem bicho de chifre". Não tive nem tempo de responder, pois o homem sumiu no meio do povo com as sacolas de produtos comprados na feira.
As bicicletas aguardando o término do café.

Iniciamos o pedal às 07h30min e optamos por desbravar caminhos, evitando o máximo possível pedalar nas rodovias, principalmente pela falta de acostamento. Saímos margeando a linha férrea e o Rio Ceará-Mirim, com uma estrada de barro ainda molhada das chuvas recentes. Não demorou e entramos à direita em direção ao Distrito de Capela e de imediato lembrei do comentário do transeunte na porta do Mercado. Resolvi não passar por dentro da comunidade e fizemos uma alça pela esquerda, enfrentando um terreno de barro escuro e bastante lama. Não demorou e nos deparamos com um pequeno rebanho de vacas no meio do caminho e foi então que tive certeza a qual "bicho de chifre" o homem se referiu.
Região do "bicho de chifres"

Paisagem do Vale.

Saímos da trilha e pedalamos um pouco pelo asfalto, somente para tirar o barro dos pneus. Logo voltamos à trilha e dessa vez o terreno já era mais parecido com arisco. Não demorou e chegamos em uma pequena comunidade, atravessada rapidamente por sua rua principal. A nossa frente surgiu imponente a Lagoa do Mineiro, não estava totalmente cheia, mais o verde ao seu redor possibilitou uma bela paisagem. Deixamos a lagoa para trás e iniciamos um trecho de "corredor", desta feita com areia mais solta, sendo necessário um pequeno empurrão em alguns trechinhos. Quando terminou o trecho de "corredor" nos deparamos com uma bifurcação em T e um estradão vermelho. Seguimos pela esquerda e após uns 500 metros entramos à direita em um single-track muito bom, sempre beirando uma cerca e desviando da vegetação. Ao término da cerca seguimos pela direita e logo encontramos uma trilha, saindo na comunidade de Manimbu e novamente seguimos pelo asfalto.
O movimento na estrada estava muito pequeno e o vento favorável nos empurrou até a Comunidade de Tabúa, local com uma pequena igreja, uma casinha intitulada Castelinho e um Casarão imponente, ainda com resquícios do período áureo dos senhores de engenho, mas habitado atualmente por morcegos.
Igrejinha em Tabúa.

Casarão ao fundo.

O Castelinho.

Interior do Casarão.

Nossa próxima parada foi em Olho D´água e ali abastecemos com suco de acerola e água gelada.
Um pouco mais de asfalto e logo estávamos novamente no barro. Pedalamos por cerca de 2 Km e logo chegamos à Fazenda Jardim e ali tivemos informações sobre todo o processo de produção da Cachaça Extrema (www.cachacaextrema.com.br).
Entrada da Extrema.

Prestando atenção.

Com Dona Suely.

Após uma hidratação com frutas e os devidos agradecimentos à acolhida , seguimos até a cidade de Pureza, indo direto ao Olheiro. O local é um balneário público, cercado por bares e restaurantes. Logo na entrada uma enorme piscina, cuja cor da água causa uma péssima impressão, mas segundo o dono do bar a "água estava baldeada em razão da chuva". Por trás do piscinão fica o Olheiro e aí a água é cristalina e o banho muito agradável. A impressão é que o lugar carece de cuidados, pois não vimos ninguém para fiscalizar as regras contidas nas placas e também percebemos total descaso com a infraestrutura.
O Olheiro.

Vai um caldinho?

Muita placa e pouca fiscalização.

Aos poucos fomos nos despedindo e a sensação que ficou foi de um excelente pedal, mais um trajeto para inserir no nosso "cardápio".
Quem tiver interesse em receber o trajeto é só enviar um e-mail para rapadurabiker@gmail.com


O trajeto.