Zinco-Dr. Pedrinho-Alto Cedros-Palmeiras-Timbó
O trecho entre o Campo do Zinco e Dr. Pedrinho é muito bom de pedalar e também é muito bonito. O trajeto do Circuito vai margeando a rodovia e novamente a presença das águas é marcante, permitindo lindos registros fotográficos. Apesar de muitas madeireiras no caminho, o trânsito nesse dia foi bastante tranquilo.
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Muito lindo o trecho. |
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Madeeeeeiiiiiiira. |
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Chamou a atenção a arquitetura dos cemitérios da região. Muito bonitos. |
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Bendita água. |
Chegamos em Benedito Novo e nem tivemos necessidade de abastecimento, pois os lanches trazidos do Zinco foram bem utilizados no caminho.
Não demorou e chegamos em Doutor Pedrinho, uma cidade pequena e bastante simpática. A hospedagem foi no Hotel Dona Hilda e chegamos justamente no horário do almoço, ou seja, o melhor horário para chegar a um destino. A comida é deliciosa e o atendimento muito bom. Você se sente em casa. Nos hospedamos e fomos conhecer a cidade andando, o que durou cerca de dez minutos. É interessante visitar o prédio da Prefeitura, pois lá eles dispõem de muito material informativo, inclusive mapas da região.
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Olha as caras de felicidade. |
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Ponte na entrada da cidade. |
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Aquelas garrafinhas são de suco. |
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Deixando nossa marca. |
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Eis Doutor Pedrinho. |
Dona Hilda é uma simpatia e nos acolheu carinhosamente. Em troca deixamos nossos agradecimentos, um pequeno tablete de rapadura e uma aula rápida de como preparar tapioca.
Após uma noite bem dormida, exceto por uma TV que alguém esqueceu ligada, acordamos cedo, tomamos café e fizemos a tradicional foto na saída.
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Registro com Dona Hilda. |
Por orientação do pessoal do hotel optamos pelo caminho novo, via Gruta de Santo Antônio, tendo em conta a informação de que as obras na rodovia tornam o Trajeto via Cachoeira Véu da Noiva muito complicado (poeira e trânsito), pelo grande volume de caminhões.
Para quem optar por esse trecho é preciso ter em mente a total ausência de estabelecimentos comerciais no caminho. O tráfego de veículos é diminuto e o silêncio do mato somente é quebrado pelo canto de algum pássaro. Depois de pedalar alguns quilômetros sem encontrar nenhuma habitação, finalmente encontramos algumas casas, mas apenas os cachorros estavam disponíveis, por sinal bem comportados.
Não demorou e encontramos a placa de acesso à Gruta de Santo Antônio. Aqui você deixa a bicicleta e caminha uns 300 metros até a gruta, onde tem um pequeno altar e uma água caindo gotejando do alto da pedra.
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Trecho bastante desabitado. |
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É sempre bom agradecer. |
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Caminhar um pouco para relaxar a musculatura.
Saindo da gruta encontramos mais fazendas no caminho e mais adiante iniciamos uma subidinha razoável, cujo fim não aparecia nunca. Adiante nos deparamos com um carro e nele um casal de paulistas admirados com nossa "pedalada". Conversamos um pouco e ouvimos a notícia boa: "agora é só descendo". Tais palavras serviram como um bálsamo, mas infelizmente ainda existiam alguns "morrinhos" para subirmos.
Finalmente, após passarmos por um trecho com precipícios perigosos, começamos a avistar os lagos e percebemos a proximidade de Alto Cedros, nosso destino daquele dia.
Na verdade a chegada na placa indicativa de Alto Cedros é apenas uma parcial, pois ainda tínhamos uma pequena travessia de barco a ser feita, pois optamos pela hospedagem na casa da Família Duwe.
Pedalamos ainda uns 3 Km até encontrarmos um portão servindo de moldura para um quadro de bicicleta, nosso ponto de encontro com o senhor Raulino Duwe, responsável pela travessia de barco e dono da propriedade em que nos hospedaríamos aquela noite.
Atravessamos três pessoas e respectivas bicicletas de cada vez. Todo mundo com colete e tudo feito com muita calma e cuidado. Mesmo para mim que não sei nadar, considerei tranquila a travessia, especialmente pela calma e segurança do senhor Raulino.
Na outra margem conhecemos os demais integrantes da família Duwe, nos hospedamos e ainda tivemos tempo para admirar um lindo por do sol. A noite o jantar foi servido na própria casa da família, inclusive com direito a aquecimento no fogão à lenha. Aqui tivemos também a agradável companhia de Aurélio e Keila, dois ciclistas de São Paulo que conhecemos em Dr. Pedrinho
Dormimos bem e acordamos dispostos para encarar o penúltimo dia de pedalada. Fizemos a travessia de volta e nos despedimos do senhor Raulino, com a promessa de que voltaremos um dia.
Partimos então em direção ao lugar chamado Palmeiras, nosso sétimo destino. Novamente tínhamos duas opções de caminho: Pedra Preta e Mergulhão. Seguimos a orientação do Sr. Raulino e fomos por Pedra Preta, margeando inicialmente os lagos e depois pedalando o tempo todo entre enormes árvores, o que provavelmente contribui para o lugar chamar-se Alto Cedros.
Tínhamos nos prevenido e levado lanche, pois novamente o trecho não tem estabelecimentos comerciais e pouquíssimo movimento de pessoas e veículos.
Em determinado momento encontramos Aurélio e Keila com outros ciclistas de São Paulo. Conversamos um pouco, pedalamos um pedaço juntos, tiramos umas fotos e depois seguimos o nosso caminho até Palmeiras, chegando também na hora do almoço.
A hospedagem em Palmeiras foi no Cama e Café Vitorino. Logo na chegada tivemos um pouco de estresse, muito embora as reservas tenham sido feitas desde maio e tudo pago antecipadamente. Com conversa e paciência tudo foi resolvido e conseguimos arrumar todo mundo. Fiquei imaginando como teria sido se o grupo estivesse completo, pois nesse momento tínhamos o desfalque de quatro. Deu certo, mas fica o recado para quem for se hospedar no local: ligue no dia anterior confirmando o número de hóspedes.
Acordamos cedo e cheios de expectativas com o último dia do Circuito. Sabíamos de uma grande descida, sobre a qual tivemos várias recomendações. Também na lista a temida subida do Rio Cunha.
O clima estava frio, mas suportável. Estávamos todos empolgados e felizes. Foi com esse espírito que saímos pedalando todos juntos e tranquilos.
Antes do início da grande descida fizemos uma parada para fotografia e mais uma vez conversamos sobre a necessidade de ninguém ter pressa e ter muita cautela.
Descemos, encontramos uma mercearia para abastecimento e logo alcançamos a ponte do Rio Cunha. Aqui uma parte do grupo optou por seguir pelo asfalto (diminui o trajeto em 10 Km) e outra resolveu enfrentar a famigerada subida. Optei pelo segundo grupo e não vi muita vantagem nisso. A subida é extremamente íngreme para o último dia e ao meu ver é um esforço desnecessário.
Superado o morro o restante do trajeto é descida e plano até Timbó. Chegamos ao Restaurante Thapyoka e os demais colegas que vieram pelo asfalto já estavam esperando com uma cerveja gelada, um sorriso no rosto e nossos passaportes. Nos abraçamos, agradecemos ao bom Deus e consideramos encerrado o Circuito. Agora é relaxar no hotel, preparar as malas e voltar ao lar. Mais um pedal para nosso catálogo. Que venha o próximo.
Valeu Rapaduras!!!
P.S.: A nossa viagem foi toda feita com base em informações obtidas no site oficial do Circuito do Vale Europeu (http://circuitovaleeuropeu.com.br/) e optamos por não contratar pacote de agência, nem serviço de guia, objetivando baratear os custos. Para quem sai do Nordeste, como no nosso caso, o grande lance é escolher bem o período de viagem e aproveitar uma boa promoção de passagem áerea, pois aí reside a grande vilã. No nosso caso conseguimos passagem ida e volta no valor de R$ 700,00 (setecentos reais) por pessoa, contratamos serviço de transfer da LCM Executivo, capitaneado por Laércio e foi tudo muito bom (https://www.facebook.com/lcm.executivo/?fref=ts). Enfim, o custo da viagem por cabeça saiu por menos de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Quem precisar de qualquer informação adicional é só solicitar via e-mail: rapadurabiker@gmail.com
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Um comentário:
Muito bom, fiquei interessado em fazer esse passeio com a minha esposa. Estamos iniciando no mundo da MTB, então gostaria de saber,a princípio, se há exigência de grande preparo físico para encarar os trajetos e se as bikes podem ser alugadas.
Obrigado
Gustavo
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