11/10/2018

Caminho da Fé 2018

CAMINHO DA FÉ 2018

"O Caminho da Fé é um trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de Santiago de Compostela. Inicialmente feito por alguns peregrinos em direção ao Santuário de Aparecida, em uma rota alternativa a outras, predominantemente, pavimentadas, a rota foi oficializada, em 2005". Wikipédia

Caros Rapaduras:

Hoje a noite embarco com destino a São Paulo Capital e de lá sigo de ônibus até Águas da Prata-SP, iniciando no dia seguinte o Caminho da Fé - Ramal: Águas da Prata-Aparecida. Serão 318 Km, com passagem pela Serra da Mantiqueira (cerca de 90 % por estradas vicinais), passando por pontes e trechos estreitos e com uma altimetria bastante considerável.

O Caminho da Fé é um dos trajetos que tenho listado para fazer de bicicleta e agora surgiu uma excelente oportunidade. Desta feita não vou acompanhado de outros integrantes do Grupo Rapadura Biker, pois decidi tudo rapidamente e também pelo fato de querer retomar minhas experiências solitárias do início dos "pedais".

Na minha ausência o grupo continua pedalando, seja nos pedais urbanos ou nas trilhas.

Enfim, deixo aqui o link para quem desejar maiores informações sobre o Caminho  (https://caminhodafe.com.br/ptbr/) e vou tentar enviar informações diárias seja pelo Instagram, Facebook ou aqui no blog.

Um forte abraço.

Benilton de Lima Souza, do Grupo Rapadura Biker.


Dia 12/10/2018 - Natal-Águas da Prata

Escolhi o dia de Nossa Senhora Aparecida para iniciar o Caminho da Fé. Sai de Natal no vôo da meia noite com destino ao aeroporto de Guarulhos. No meu caso a escolha do aeroporto foi por ter adquirido as passagens com milhas e a melhor oportunidade foi essa. Há também a hipótese de vir até Campinas, mas isso fica a critério de cada um, dependendo inclusive do ramal escolhido para iniciar o Caminho.
Cheguei em Guarulhos e segui para o Terminal Rodoviário do Tietê e no guichê da Viação Cometa encontrei ônibus de hora em hora com destino à Águas da Prata. A bicicleta foi muito bem recebida pela empresa e foi tudo tranquilo durante a viagem de aproximadamente quatro horas.
Desci na rodoviária e ali já montei a bicicleta, encontrando com um trio de ciclistas paranaenses que também estavam montando suas bikes e iam começar o Caminho imediatamente.
Da rodoviária até o local de credenciamento é muito perto, cerca de 200 metros. Cheguei na Pousada Anjos do Caminho e fui acolhido por Tina, contando-me rapidamente sobre como surgiu o Caminho da Fé, fazendo o meu credenciamento e dando dicas de locais para refeições. Um verdadeira "anja". Mais tarde conheci seu Almiro, outra figura sensacional, tudo conforme mencionado no Guia do Antônio Olinto.
Fiz um pequeno tour pela cidade, revisei a bicicleta e o material para começar amanhã o  meu primeiro dia, passando por Andradas e pousando na Serra dos Limas.
Agora é hora de repousar a carcaça.
Até amanhã.
Credenciamento com Tina.





Ciclistas do Paraná prestes a iniciar o Caminho.
Dia 13/10/2018 - Águas da Prata-Andradas-Serra dos Limas.

Agora começou pra valer. Acordei às 06 da matina, organizei tudo na bicicleta e sai em busca do café da manhã. A minha escolha foi de acordo com a dica de Tina. Local que abre cedo (05h30min) e fica no trajeto. Sai juntamente com dois peregrinos de São Paulo e tomamos um café simples e gostoso, com suco de morango orgânico (não era polpa).
O Caminho já começa com subida e nos primeiros quilômetros praticamente acompanhei os peregrinos. Surgiu então a primeira descida e nos despedimos. A partir de então não nos encontramos mais.
Cheguei na Ponte de Pedra e vale à pena sair uns 15 metros do Caminho para conhecê -la e tomar um banho de Cachoeira.
Logo a seguir vem o Pico do Gavião. A visitação é paga e para chegar lá tem que sair um pouco do trajeto. Não vai ser dessa vez que irei conhecê-lo.
Pedalei muito tempo perto de uma turma que veio do Paraná. Simpáticos e prestativos.
Aproximando-se de Andradas, que já é Minas Gerais, avista-se de longe a cidade e o trecho é praticamente descendo, com algumas pedrinhas soltas (exige cuidado).
O Caminho dentro da cidade é praticamente uma reta e existe uma padaria muito legal ao lado da praça da igreja Matriz, com várias opções, inclusive o pão de queijo mineiro. Lá você pode carimbar a credencial.
Deixando a cidade você segue pela esquerda e as subidas ressurgem, sendo esse trecho por asfalto. Logo você encontra o acesso à vinícola e segue pela direita, voltando ao trecho de chão. A partir de então é subida e mais subida.
Quando inicia o trecho da Serra dos Limas surge o asfalto novamente. Se a água tiver acabando, logo após o primeiro topete tem uma gruta de Nossa Senhora de Lourdes, com uma bica de água geladinha. Uma verdadeira bênção.
Sobe-se mais por aproximadamente um quilômetro no asfalto e chega-se à chã da serra. Aqui já tem casario e agora é só chegar na Pousada de Dona Natalina, ambiente simples e aconchegante. Tem cerveja, água gelada e refrigerante na geladeira, além de wi-fi, lavagem de roupa e todas as refeições.
Hoje foram 46 Km. Agora é relaxar e cumprir os 56 Km de amanhã.
P.S.: Existe uma lógica na quantidade de subidas, pois afinal Nossa Senhora Aparecida reside no alto.









Dia 14/10/2018. Segundo dia: Serra dos Limas-Barra-Crisólia-Ouro Fino-Inconfidentes e Borda da Mata

Como o trajeto de hoje tinha 10 Km a mais do que ontem o despertador tocou mais cedo. Dona Natalina já tinha deixado o café pronto e servido na mesa. Despedi-me do Véio Massa e pegamos estrada.
Logo no início já tem subida e depois começa a descida até Barra. O lugar é bem simples e de um povo simpático. Precisei dar ar em um dos pneus e uma família me acolheu, somente me liberando após conseguirem um compressor feito com motor de geladeira. Agradecido e calibrado, segui o Caminho.
Sobe-se por cerca de um quilômetro e meio e depois começa o trecho de descida até Crisólia. No meio da descida encontrei Zacarias, simpático proprietário da Pousada Santa Catarina. Tomamos café e proseamos.
Em Crisólia a passagem é rápida, mas tive a oportunidade de assistir uma missa em andamento. Foi edificante.
A próxima cidade é Ouro Fino, que respira o Menino da Porteira, o Touro Malvado e o Berrante. Gostei da arquitetura preservada e das comidas da padaria.
Depois cheguei em Inconfidentes e apenas passei. Logo na saída encontrei algo interessante: um caminho que homenageia os Santos Negros. Parei em uma pousada para tomar um suco e o carinho dos proprietários foi tão grande que quase eu ficava.
O trecho até Borda da Mata tem umas três subidas "médias", mas as descidas são bem compensatórias. Cheguei às 14h50min e fui direto ao local de hospedagem. Fiz um tour rápido na cidade, tomei sorvete e mais tarde vou comer pizza.
Segue o Caminho.










Dia 15/10/2018. Terceiro dia: Borda da Mata-Estiva.

Ainda no Estado de Minas Gerais. O dia amanheceu com chuva e na saída do Hotel Village, o proprietário que também pedala, desejou boa sorte, pois com chuva o pedal na região é mais difícil ainda.
Deixei a zona urbana e logo comecei a encontrar os peregrinos. Pra não perder o costume as subidas já vão mostrando a cara. Uma das vantagens desse trecho são os pontos de apoio: iniciativa de moradores que disponibilizam água potável, banheiro e até banho. Utilizei um dos pontos e foi muito bom. 
A quantidade de aves diferentes que encontrei no caminho é algo fantástico. É uma verdadeira sinfonia e se você não tiver cuidado passa o dia todo ouvindo a música da natureza.
Depois de muito esforço você chega à Porteira do Céu, cujo nome dispensa explicações.
Algumas descidas e Toko do Moji aparece para saciar sua fome. O lugar é pequeno, mas conta com boa estrutura de comércio. A dica é a seguinte: somente siga o Caminho em direção à igreja (que fica no alto), após fazer o seu abastecimento de água ou comida. Uma vez na parte alta, se quiser comprar algo, tem que descer.
Nesse trecho encontrei um grupo de ciclistas do Mato Grosso - Pata da Onça. Todos muito simpáticos e solícitos. Viajam com apoio e ofereceram ajuda quando viram minha "carga". Agradeci, mas vou ver até onde aguento.
Depois de Tokos tem um lugar chamado Fazenda Velha e logo na entrada, do lado direito, tem a Padaria Recreio, merecedora de uma parada para lanchar e prosear com o dono.
Em seguida vem a Serra do Pantano (foi assim que os locais me disseram). É um aclive sem fim. Para resumir, basta dizer que ao chegar no topo passou por cima da minha cabeça um avião vindo de São Paulo com destino à Paraíba. Na janelinha vi um primo meu e ele ainda mandou um zap perguntando o que eu fazia alí sozinho.
Quando começar a descer preste atenção na placa indicando o caldo de cana com pastel. Deveria ser uma parada obrigatória. Pense num negócio bom.
Desce-se um pouco mais, entretanto, para entrar em Estiva tem que subir uma ladeira.
Enfim, cheguei às 15 horas e fui me hospedar. Agora, como diz o poeta Bené de Cachoeira: "É só alegria!".
Ah, hoje foram 40 Km.







Dia 16/10/2018. Quarto dia: Estiva-Consolação-Paraisopólis.

Dormi um pouco mais e saí somente às 07h00min. Ao deixar a cidade atravessei uma rodovia por uma passarela. Só então me dei conta de quão violento é nosso trânsito. Os carros passam "voando". Bom mesmo é pedalar no mato e é pra lá que eu vou.
O trecho é muito bonito e o clima ideal para pedalar, nublado e com vontade de chover. Cheguei a um bairro de Estiva e fiz um registro fotográfico.
Após uns 10 Km tem início a famigerada Serra do Caçador. Estava preparado fisicamente e psicologicamente e, principalmente, sem nenhuma vergonha de empurrar a bicicleta.
No caminho vou cumprimentando os peregrinos e lá do alto observo o pessoal do Pata de Onça chegando. Como estou carregado, resta-me tão somente saudá-los e fazer uns retratos.
Antes de chegar em Consolação vi uma placa que me chamou atenção: "Bar do Moita". Fiquei curioso pra conhecer o lugar. Cheguei e fui atendido pelo próprio Moita, a simpatia em pessoa. 
Em Consolação a passagem foi rápida. Parada na Praça da Matriz para descansar e prosear com peregrinos.
A saída da cidade é por um trecho de asfalto e depois o Caminho segue novamente por estradas de barro. Foi seguramente o trajeto mais bonito, na minha opinião.
Algumas subidinhas e descidinhas. Ao longe avistei uma enorme pedra no alto. Admirei e deixei de lado. O que eu não sabia é que estava subindo pra lá, a Pedra Branca. No caminho encontrei água potável e o Bar Azul, duas paradas imprescindíveis.
Começa a descida e a impressão é que Paraisópolis está logo abaixo. Ledo engano, pois ainda tem umas boas ladeiras pela frente.
Cheguei ao meu destino às 13h00min e vi que a cidade é bem movimentada. Fui direto me hospedar e o atendimento na recepção foi incrível. 
Roupa lavada, tomado banho e cheiroso agora é hora de almoçar e passar na igreja para agradecer. Tudo pertinho, não precisei caminhar 100 metros.
Agora é descansar e preparar o esqueleto pra enfrentar a Luminosa amanhã.










Dia 17/10/2018. Quinto dia: Paraisopólis-Campos do Jordão.

Acordei cedinho, rapidamente tomei café e deixei a simpática Paraisópolis. Logo você chega ao Estado de São Paulo, mas não demora já está novamente em Minas Gerais.
O trecho até o Bairro do Canta Galo é muito bonito. De fato você escuta o galo cantar e percebe a razão do nome do lugar. A subida é boa, sendo possível fazê-la sem descer da bicicleta. Lá tem opção de pousadas e lanches, mas gostei mesmo do Bar do Gato, com um som legal e várias opções para hidratação, inclusive a tal da água.
Descendo você começa a ver a igreja e as casinhas da Luminosa e lá na parte de trás a temível serra do mesmo nome. Entrei no povoado e parece que o tempo parou, tem até umas placas interessantes proibindo estacionamento de animais. Resolvi fazer um lanche na Padaria Millenium, experimentando o legítimo pão de queijo mineiro, com café e suco de laranja. Enquanto lanchava começou a chuva e um mineirinho que estava na padaria recomendou outro caminho, pois com a chuva vinha a lama e o pneuzão da minha bicicleta ia "garrar demais da conta". Agradeci, mas disse que o meu objetivo era encarar a Luminosa.
Logo no primeiro topete encontro um trator trabalhando. Estavam colocando pedras na estrada, pois senão fica impossível de subir.
Com muita luta e esforço consegui subir (empurrar) a bike por dois quilômetros, chegando à Pousada de Dona Inez. Lá almocei com o esposo e o filho dela, aproveitando para lavar a bicicleta e colocar uma camisa seca.
Depois a situação somente complica. São uns oito quilômetros de subidas intensas e terreno acidentado, sem falar que demasiadamente escorregadio. Fica aqui uma dica: evite subir com chuva.
Foram aproximadamente três horas de desce e sobe da bicicleta, sem ver um ser humano.
Finalmente cheguei ao Bairro Campista, saindo próximo ao local em que participei do Encontro Nacional de Cicloturismo. Depois de muita luta cheguei ao asfalto e finalmente peguei uma "banguela" boa até o local de hospedagem. Aqui estou dividindo quarto com dois peregrinos, jantamos juntos e conversamos sobre as aventuras do Caminho.
Agora é dormir que amanhã tem mais. Tá acabando.






Dia 18/10/2018. Sexto dia: Campista (Campos do Jordão)-Pindamonhangaba.

Não precisei nem do despertador, os trovões cuidaram de me acordar. Encontrei os peregrinos Marcelo e Lucas ainda dormindo, também esperando uma trégua da chuva. Tomei café e agasalhado peguei a estrada. É praticamente descida (asfalto) até a entrada de Campos do Jordão. Dalí em diante o Caminho segue por uma trilha, evitando o trânsito intenso. Depois de algumas subidinhas e descidas você volta à realidade da cidade grande, exigindo do ciclista (peregrino) total atenção. Para carimbar a credencial ainda tive força para subir uma ladeira e chegar à Pousada dos Peregrinos. Aproveitei, peguei informações e comprei uns adesivos. A partir daí você escolhe por onde quer seguir: Guaratinguetá (Pedrinhas) ou Pindamonhangaba (mais asfalto). Optei pelo segundo.
O trecho de descida é um espetáculo, sempre ao lado da ferrovia. A vontade é parar e ficar admirando.
Em determinado momento surge a opção de trajetos, um para peregrinos e outro para ciclistas. Fui pelo segundo e quando estava perto de Piracuama resolvi deixar o asfalto e seguir pelo Caminho sinalizado dentro do Mato. Foi uma péssima opção. A chuva arrastou tudo e o trecho estava péssimo. Com muito esforço e todo sujo de barro  cheguei ao Barraco do Pesão, estrategicamente localizado perto de uma cachoeira e do rio. Mandei pra dentro dois copos de caldo de cana com limão, acompanhados de umas batatas em conserva feitas pelo Chefe Pezão. Uma delícia.
Não demorou cinco minutos e cheguei no asfalto novamente, já em Piracuama. A pousada estava fechada e toquei a campainha por várias vezes. Nem o cachorro me atendeu.
Segui pelo asfalto e quando me dei conta já estava em Pinda. Como estava muito sujo de barro, resolvi me hospedar na primeira pousada que achei. Lavei a roupa para amanhã entrar na Basilíca limpinho.









Dia 19/10/2018. Sétimo dia: Pindamonhanga-Aparecida.

Dormi muito bem e acordei às 07h30min. Verifiquei se tudo estava "em ordem" com a bicicleta, joguei a chave da pousada por debaixo da porta (sim, foi desse modelo: confiança total no cliente) e segui até a padaria na mesma rua para um café rápido. Deixei "Pinda" com o trânsito tranquilo e logo na saída da cidade segui por uma ciclovia larga, bastante utilizada por ciclistas trabalhadores, corredores de rua e romeiros.
No caminho a emoção aumentava cada vez que me deparava com uma placa indicando a distância de Aparecida. Percebi também o mesmo sentimento nas outras pessoas. Alguns ciclistas treinando na ciclovia faziam questão de me cumprimentar e desejar boa viagem, outros apenas enviavam um breve sorriso, como se dissessem o quão próximo eu estava.
Quanto mais você se aproxima de Aparecida mais setas indicativas vão surgindo. Algumas brancas, outras azuis, pretas e as já conhecidas amarelas. Não há como errar o trajeto, pois compreendi que mesmo se não tivesse sinalizado fisicamente, sobressai uma energia maior guiando o romeiro/peregrino.
Após subir um elevado cheguei à Aparecida. Segui as setas, entrei em uma avenida principal e já de longe vi a cúpula da Basílica. Mais lágrimas verteram e por mais que eu tentasse me controlar, aquele choro era natural.
Cheguei ao estacionamento e o guarda na portaria me recebeu com um sorriso e respondeu ao meu bom dia. Disse-me que poderia seguir de bicicleta até o interior da Basílica, apontando-me o local para aposição do último carimbo e recebimento do certificado. 
Antes de adentrar na Casa da Mãe gravei dois vídeos, um para os Rapaduras e outro para minha família.
Entrei, acompanhado por olhares admirados pelo porte da bicicleta e bagagem. Todos queriam saber minha história e a resposta a mesma de todo Caminho: Sou do Grupo Rapadura Biker, venho do Nordeste Brasileiro e estou aqui em nome da minha fé.
Acompanhei a missa sentado no chão frio e delicioso da Basílica. Entoei os cânticos cujas letras não conhecia direito. Compartilhei sorrisos e lágrimas. Orei muito e agradeci profundamente por ter chegado.
Energizado, segui pedalando até a rodoviária (uns 700 metros). Desmontei a bicicleta ali mesmo, acompanhado pelo olhar atento de um senhor idoso com uma bengala. Em algum momento ele puxou conversa e disse-me que tinha sido campeão de ciclismo nos anos 50. Estava deveras admirado com a Fat Bike.
De ônibus até São Paulo e de lá o Grande Pássaro até o lar. Na bagagem a roupa suja de lama e no pensamento o planejamento da próxima viagem.
Um forte abraço: "Rapadura é doce, mas não é mole".